A banalização do sexo feminino

Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?

A internet tem noticiado que uma jovem virgem catarinense colocou sua virgindade à leilão realizado por um reality show australiano (...) Segundo a notícia, a jovem diz que usará dinheiro para construir casas populares e outras atividades, como se fosse lícito fazer caridade através do pecado, como se os fins justificassem os meios. (...) O que mais nos impressiona e entristece e ver a Imprensa dar ênfase a uma proposta tão destruidora, e tão deprimente da mulher; mas tudo se passa nas redes sociais como se a coisa fosse “bonita”, e se brinca com algo tão sério que é o sexo e a dignidade da mulher. De uma lado a mídia quer valorizar a mulher, e esta exige seus “direitos”; mas, por outro lado, é ela mesma a propor a sua dignidade e sufocar a sua honra, oferecendo –se banalmente como um “pedaço de carne” a ser consumida.

Quanto mais os valores dos lances aumentam, mais atenção o leilão desperta na mídia internacional. (...)
O que pensar e dizer de tudo isso? Antes de tudo, uma triste banalização do sexo e da mulher, que se oferece como objeto de consumo e de prazer. É mais uma forma moderna de prostituição, onde o sexo é vivido sem amor, sem compromisso, sem filhos, sem família, sem responsabilidade.

O sexo é uma das mais belas realidades criadas por Deus para que o casal humano, homem e mulher, unidos pelo sacramento do matrimônio, vivam os aspectos unitivo e procriativo, que dão fundamento ao casamento e à família, projeto de Deus para a humanidade.

Cabe aqui recordar – ao menos aos cristãos – o que a Igreja ensina sobre a beleza da pureza. O Catecismo da Igreja ensina que a vida sexual é legítima e adequada “aos esposos”: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (Cat. §2362; GS, 49).

São Paulo há dois mil anos já ensinava aos coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa”  (1 Cor 7,4). A união sexual só tem sentido no casamento de um homem e uma mulher, porque só ali existe um “comprometimento” de vida conjugal, vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro, para sempre, gerando daí os filhos, que são, como diz o Catecismo da Igreja, “o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§1652).

A Palavra de Deus nos alerta pesadamente para o perigo do pecado da carne. São Paulo escreveu muito sobre isso; vejamos: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós” (1 Cor 3, 16-17).

Prof. Felipe Aquino


(fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino)

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