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Uma pregação


Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? (Rm 10, 14).

Há várias linguagens, varias formas de se comunicar, e em todas elas devemos anunciar o verdadeiro Deus, aquele que se deve invocar e acreditar.

Nossa vida, não só com palavras, deve ser uma pregação! Que façamos Deus ser cada vez mais conhecido!

Paz e Bem.

Ser pequeno: porta de entrada para verdadeira alegria


(...) alegrai-vos de que os vossos nomes estejam escritos nos céus. Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. (Lc 10,20-21).

A Alegria não consiste em ser reconhecido como alguém importante, em ter status e certo poder. A alegria realmente está no fato de, pela misericórdia de Deus, termos nossos nomes escritos nos céus. E esse entendimento somente é dado aos pequenos, somente aqueles que são pequenos recebem do Pai do céu essa revelação. Portanto, o ser pequeno é porta de entrada para entender e viver a verdadeira alegria, que é ter o nome escrito nos céus.

Paz e Bem.

Conforme a tua fé


Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra (...). (Mt 8,8).

Jesus realmente não chegou a ir à casa do centurião que proclamou essas palavras. No entanto, a fé daquele homem, elogiada pelo Senhor, fez com que ele experimentasse o amor de Deus que concretamente atendeu ao seu pedindo, conforme a fé que foi testemunhada.

O certo é que Deus já está em nós pelo Espírito Santo que nos fez Sua morada. De nossa parte, que testemunhemos a fé em Jesus ao ponto de também ouvir o que o centurião ouviu: Vai, seja-te feito conforme a tua fé (Mt 8, 13).

Paz e Bem.

Eterno amor


Na medida em que formos constantes em Jesus, alcançaremos a salvação que é obra maravilhosa de Deus.

E justamente nos momentos de tribulações, perseguições, ameaças e dificuldades é que podemos buscar ânimo em quem é sempre o mesmo, aquele que não muda: Jesus Cristo.

Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade (Hb 13,8). E ele nos diz em sua Palavra: Amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi o meu favor. (Jr 31,3)

Jesus é o Emanuel, o Deus conosco, que nos ama constantemente e que estende seu favor e sua ajuda para que nós sejamos constantes nEle e alcancemos a salvação.

É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação. (Lc 21, 19).

Paz e Bem.

Habitação de Deus



Solta gritos de alegria, regozija-te, filha de Sião. Eis que venho residir no meio de ti - oráculo do Senhor. Naquele dia se achegarão muitas nações ao Senhor, e se tornarão o meu povo: habitarei no meio de ti, e saberás que fui enviado a ti pelo Senhor dos exércitos. O Senhor possuirá Judá como seu domínio, e Jerusalém será de novo (sua cidade) escolhida. Toda criatura esteja em silêncio diante do Senhor: ei-lo que surge de sua santa morada. (Zc 2,14-17).


Deus mesmo vem morar em meio a nós, homens! É iniciativa amorosa Dele.! E de nossa parte, é necessário fazer de nossas vidas a habitação mais digna possível deste divino hóspede, através de uma vida de santidade, de amor os irmãos e serviço.

Como não se alegrar com a certeza de que Deus está tão perto, que mora em nós?

Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo. (1 Cor 6,19-20).

Paz e Bem.

Templo do Espírito Santo


Em seguida, entrou no templo e começou a expulsar os mercadores. Disse ele: Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões (Is 56,7; Jr 7,11). (Lc 19,45-46). Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes. Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consome. (Jo 2, 15-17).

Também com energia e força devemos expulsar de nosso corpo e de nossas vidas tudo aquilo que quer nos corromper e profanar aquilo que, pelo méritos de Jesus, se tornou santo. “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1 Cor 6,19-20).

Paz e Bem.

DEUS PODERIA TER SALVADO O HOMEM SEM SACRIFICAR SEU FILHO?


            Deus poderia ter salvado o homem de outro modo? Mais especificamente, sem ter que fazer padecer o seu Filho? Alguns afirmam que um simples ato de vontade do Criador poderia ter salvado o mundo. A rigor, isto é verdade, considerando a onipotência de Deus. Contudo, devo ponderar que essa afirmação é, no mínimo, questionável. Explico o porquê.
            Deus é justiça. Mais que isso. Ele é, por assim dizer, o responsável por manter a ordem que provém da justiça. Deus não pode deixar de ser justo, ferindo esta ordem, pelo que tornaria as coisas sem sentido, uma vez que não há sentido na existência de todas as coisas, estando elas submetidas a uma desordem provinda da injustiça generalizada. Um ato de injustiça de Deus quebraria a ordem cósmica de um modo pleno e definitivo.
            Mas tal ato não seria de misericórdia? A misericórdia não existe dissociada da justiça. Essa é uma falsa misericórdia, provinda da ingenuidade. Obviamente, um ato de bondade pode prevalecer sobre um ato de justiça, porém, desde que este ato de bondade não altere a ordem da justiça. Assim, alguém pode optar por dispensar o pagamento de uma dívida da qual é credor, desde que não faça isso em sua condição de juiz. Se o fizer, estará legitimando a passividade do devedor e tornando normativo o perdão das dívidas.
            Ora, esta é a condição de Deus frente ao pecado humano: a de um juiz. Caso o perdoasse sem mais, tomaria uma atitude injusta, posto que o faria na qualidade de provedor da ordem de justiça, alterando-a e comprometendo-a. Abriria, por exemplo, a possibilidade de que os demônios fossem perdoados, uma vez que, apesar destes terem tomado uma decisão livre e irrevogável, o poder de Deus excederia a essa irrevogabilidade e a essa liberdade. E Deus poderia usar o seu poder desconsiderando a justiça.[1]
            Segundo a justiça, o homem deveria ser condenado por causa do pecado. Em sua misericórdia, Deus se pegou procurando a solução para um enigma: como reparar um erro de proporções infinitas,[2] não ferindo a ordem da justiça e, ao mesmo tempo, libertando o culpado. Foi então, que concebeu e executou um plano único, não podendo haver outro com maior perfeição: o plano da redenção. Quem, se não Deus, poderia ter concebido algo tão certeiro e sublime?
            Deus fez tudo como pensou, e o fez na história humana. A redenção foi cuidadosamente preparada mediante as prefiguras veterotestamentárias e as práticas religiosas da aliança com Israel. No momento certo (cf. Gl 4,4), cumpriu-se. Inicialmente, pela Encarnação do Verbo, que foi o ato mediante o qual Deus se fez homem, sem deixar de ser Deus, criando as condições para que uma pessoa humana fosse capaz de um amor infinito, porquanto esta pessoa também era infinita.
            Mas a Encarnação do Verbo não seria suficiente, pois ela por si só, não cumpre a justiça. Foi necessário o sacrifício, a condenação de Cristo, tornando-se Ele o anátema do Pai (cf. Mt 27,43). Só assim se fez justiça, pois Jesus pagou a dívida da humanidade para com Deus. Na verdade, “era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo” (2 Cor 6, 19). A expressão tão cara a Santo Anselmo e Santo Tomás (“satisfez por nossos pecados”) deve ser entendida antes como uma “satisfação de justiça” e não como um sentimento, um suposto estado emocional do Pai, aplacado em sua ira.

            O plano não só foi cumprido, como também, foi manifestado, visibilizado através da cruz. Tanto a justiça quando a misericórdia (e essas duas são uma só). É por isso que, ainda hoje, a cruz recorda: aos demônios, sua danação final; aos homens, sua salvação. O ato de amor do Filho não foi apenas suficiente, mas superabundante (cf. Rm 5, 15-20). Deus não só resolveu o enigma, como ainda aproveitou para revelar-se de um modo pleno, como ainda não tinha se revelado, e atestou novamente sua prodigalidade, demonstrando que não pode haver parceria entre o amor e a mesquinhez.
           
            Por fim, a ressurreição selou sua vitória, pois não era possível que ele fosse retido em poder da morte (cf. At 2,24). Devia haver outra maneira de salvar o homem, porém não mais perfeita do que esta. A ordem de justiça, mas também a beleza da redenção, tal como foi operada, atestam que Deus não poderia ter salvado o homem sem sacrificar seu Filho.
Ronaldo José de Sousa


[1] Alguém poderia suspeitar de que também não seria justo que todos os homens pagassem pelo pecado dos primeiros pais. Afirmo que sim, uma vez que todos, igualmente sem concorrer para isto, gozaria dos benefícios de sua fidelidade.
[2] O pecado contra Deus tem proporções infinitas por causa da infinita dignidade de quem foi ofendido.

Simplesmente como Jesus


“... aquele que afirma permanecer nele (Jesus) deve também viver como ele viveu” (1 Jo 2, 6).

Somente contando com a graça de Deus poderemos viver como Jesus viveu e dizer como o Apóstolo São Paulo: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim (Gl 2,20). Que possamos, com a ajuda do Espírito Santo, vivermos simplesmente como Jesus.

Paz e Bem.