YouCat Online - A Eucaristia, o Cristão não católico e a antecipação da vida eterna



A Eucaristia pode ser dada ao Cristão não Católico? 
Em que medida a Sagrada Eucaristia é a antecipação da Vida eterna?



A Sagrada Comunhão é expressão da unidade do "corpo de Cristo" À Igreja Católica pertence quem está batizado nela, partilha de sua fé e vive em união com ela. Seria uma contradição se a Igreja  convidasse à Comunhão pessoas que (ainda) não partilham da fé e da vida da Igreja. A credibilidade do sinal eucarístico, neste caso, seria abalada. [1398-1401] 


Os cristãos ortodoxos podem pedir individualmente para receber a Sagrada Comunhão numa celebração católica, porque eles partilham da fé eucarística da Igreja Católica, ainda que a sua comunhão ainda não esteja em plena unidade coma Igreja Católica. Quanto aos membros de outras confissões cristãs, a Sagrada Comunhão pode ser dada em circunstâncias pontuais, nomeadamente em caso de necessidade grave ou se existe a fé integram na presença eucarística. Celebrações comuns da Ceia do Senhor entre cristãos católicos e evangélicos são uma meta e um desejo de todos os esforços ecumênicos; antecipá-las, porém, sem se ter construído a realidade do "corpo de Cristo" numa fé e numa Igreja únicas, constitui uma falsidade e não é, portanto, permitido. Outro tipo de celebrações ecumênicas, em que os cristãos de diversas confissões oram juntos são boas e inclusivamente desejadas pela Igreja Católica.

Jesus prometeu aos Seus discípulos – e por eles também a nós – sentarem-se à mesa com Ele. Por isso, cada Santa Missa é “memorial da Paixão, plenitude da graça, penhor da futura glória” (Oração Eucarística Romana). [1402-1405]

Motivação na Caminhada





"Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria." (I Timóteo 1, 4).



        Essa passagem a principio parece demonstrar certa insensibilidade de São Paulo que fala do sofrimento de Timóteo que vive em lágrimas (logo imaginamos algo triste), mas Paulo o quer ver para se alegrar.
Temos que refletir  as lágrimas nessa passagem não tem a ver com tristeza  mas sim com o processo de busca pela santidade. Paulo não despreza as lágrimas de seu discípulo, como se ele fosse se alegrar com a tristeza alheia. A alegria de Paulo vem das lutas de Timóteo, esse é o motivo das suas lágrimas. Lágrimas derramadas pelos combates enfrentados, desertos desbravados, a busca da santidade, isso é o que alegra o coração de São Paulo perceber que Timóteo completava em sua carne os sofrimentos de Cristo (Cl 1,24), tal como ele mesmo vivia.
Assim também é a nossa caminhada cristã, nem todo caminho é sempre de alegria como parece ser nos inícios. Participar desse processo de renúncia de si mesmo (cf. Lc 9, 18-24) é um caminho árduo, de muitas lágrimas sim, mas também de uma alegria, por saber que se está perseguindo a vontade de Deus. Pois primeiro devemos buscar o seu Reino. 

Essa alegria que Paulo busca viver ao contemplar os sofrimentos de Timóteo em sua caminhada cristã, é para se motivar cada vez mais em seu caminho rumo ao céu. Nós também podemos olhar para nossos irmãos, na Igreja em especial aqueles que hoje dão o sangue por Cristo e nos alegrar, nos motivar a nos mantermos de pé e continuar nossa luta para viver a santidade. 

YouCat Online - Como me preparar para receber a Eucaristia?




Quem deseja receber a Sagrada Eucaristia tem de ser católico. Se estiver consciente de algum pecado grave, deve previamente confessar-se. Antes de se aproximar do altar, deve reconciliar-se com o próximo. [1389, 1417]

Até a poucos anos era habitual não comer nada pelo menos três horas antes da celebração eucarística; assim se preparava para o encontro com Cristo na Comunhão. Hoje, a Igreja recomenda pelo menos uma hora de jejum. Outro sinal de reverência é um vestuário selecto e belo, pois temos um rendez-vous com o Senhor do Universo.

Cada Comunhão sagrada liga-me mais profundamente a Cristo, faz de mim um membro vivo no "corpo de Cristo", renova os dons que obtive no Batismo e na Confirmação, e fortalece-me no combate contra o pecado. [1391-1397, 1416]

Cercado de Amor

“Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar,
é ainda vossa mão que lá me levará e vossa destra que me sustentará ”. Sl 138, 7-12

Faça a seguinte experiência, imagine o mundo, em toda a sua dimensão, os países, continentes, cidades, os lugares mais distantes, mais escondidos. Agora grave em seu coração que não há, não existe lugar algum nesse mundo, por mais escondido que seja em que o amor de Deus não possa te alcançar.
Talvez essa tenha sido essa a experiência do salmista ao contemplar a vastidão da criação de Deus, ele se viu cercado de Amor, levado pela mão, sustentado pela destra amorosa desse Pai misericordioso. Sim, misericordioso! Tal como a imagem que nosso Senhor Jesus Cristo no mostra pela parábola do filho pródigo (Lc 15,11-32), um pai que mesmo diante de uma ofensa grave de seu filho, que exigiu a herança, estando o Pai ainda vivo, concedeu o pedido, deu liberdade aquele filho e esperava por ele e quando o viu chegar de longe correu e o cobriu de beijos. Esse é o amor de Deus, imenso, inesgotável, incansável, misericordioso.
Pela graça de Deus estamos no ano da misericórdia, ano em que pela Igreja somos convidados a nos permitirmos ser: levados pela mão, sustentados, cobertos de beijos. Somos chamados a abrir o coração e não importa, nem mesmo se estivermos na mesma condição do filho pródigo, sujos pelo pecado, por escolhas erradas que fizemos nada disso importa para Deus, basta darmos apenas um passo e ele vem correndo em nossa direção e faz uma festa pelo nosso retorno.

Vivamos intensamente essa experiência com esse amor, o único que verdadeiramente nos completa.  

Vem e segue-me


“Vem e segue-me!” 
(Mt 19, 21) 

Encontramos hoje, em nossa sociedade moderna uma grande preocupação na capacitação  em uma profissão, em sermos especia-listas em um determinado assunto ou  pelo menos fazer bem, algo que nos dê destaque, para que possamos ter o nosso sustento. Muitas vezes ouvimos que a solução para esta preocupação está em encontrarmos aquilo que gostamos de fazer, pois será este o requisito que contribuirá para o sucesso do nosso trabalho.

Tudo isso que expusemos é verdadeiro e tem seu valor em nossa vida. Contudo, Nosso Senhor nos aponta uma realidade muito mais profunda, que não se exprime somente em realizar bem um trabalho, mas torna-se um chamado a sermos alguém e isso toca mais profundo de nossa identidade. Em nossos dias os meios de comunicação ou a própria mentalidade social não propõem um questionamento do que sou chamado a ser, no mínimo, a sociedade nos impõem padrões de capacidade profissional que devem ser cumpridos como meio de  uma realização pessoal. O Senhor vem nos indicar que o “nosso coração está inquieto e só repousará Nele”, assim, a capacitação em uma área profissional é de grande importância, no entanto, é muito pouco para saciar o coração humano do desejo de plenitude, isto é, de realização.

Devemos nos perguntar: - Qual é o sentido da minha vida? - O que Deus  quer de mim? Pois o Senhor veio ao mundo para nos ensinar a sermos verdadeiros homens e mulheres. Nossa vida será realmente fecunda quando  nos decidimos responder a vontade de Deus a nosso respeito. Por isso, não tenhamos medo em escutar a voz do Senhor que nos oferece o tesouro da nossa vocação, sim é um tesouro escondido, que necessita ser descoberto, mesmo que para isso tenhamos que  nos esforçar, gastar tempo e até perdermos outras coisas, com a certeza da alegria em permanecermos só com o Senhor, nossa maior riqueza, e assim, seremos o que Deus pensa de nós, seremos felizes! Deus te chama para vida com Ele!

YouCat Online - Com que frequência devemos ir à missa?



O compromisso de um cristão católico é ir à Santa Missa todos os domingos e festas de guarda. Quem realmente procura a amizade com Jesus aceita, sempre que pode, o convite pessoal de Jesus para a Ceia. [1389, 1417]

Na verdade, "obrigação de ir à Missa" é para um cristão autêntico uma expressão tão inadequada como "obrigação de dar um beijo" para quem está realmente apaixonado. Ninguém consegue ter uma relação viva com Cristo se não vai onde Ele espera por nós. Portanto, desde muito cedo a celebração da Missa é, para os cristãos, o "coração do domingo" e o encontro mais importante da semana.

YouCat Online : Como devemos venerar corretamente o Senhor presente no pão e no vinho?



218 - Como devemos venerar corretamente o Senhor presente no pão e no vinho?

Porque Deus está realmente presente nas espécies consagradas do pão e do vinho, devemos guardar os dons sagrados com elevada veneração e adorar nosso Senhor e Redentor presente no Santíssimo Sacramento. [1378-1381, 1418]'

Se ainda sobrarem hóstias após a celebração da Sagrada Eucaristia, elas são conservadas no sacrário, em vasos sagrados. Visto que nele está presente o Santíssimo, o Sacrário é um dos lugares mais veneráveis em cada igreja. Diante do sacrário, fazemos uma genuflexão (isto é, dobramos o joelho direito). Quem realmente segue Cristo reconhece-O certamente nos mais pobres e serve-O neles; além disso, ele encontrará também tempo para permanecer no silêncio da adoração diante do sacrário, oferecendo seu amor ao Senhor eucarístico.
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Sede Santos!


“A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos , porque eu sou santo (Lv 11,44)” 1 Pd 1 , 15-16

São Pedro nesse trecho de sua carta vai falar, em especial, a comunidades de maioria composta de cristãos convertidos do paganismo, ele vai recordá-los quem o salvou, quem os chamou e qual é o real chamado de todos os cristãos. Pedro o príncipe dos apóstolos , nosso primeiro papa , segue na missão que Jesus lhe confiou cuidava das ovelhas do Senhor (Conf Jo 21, 15-19).
Na época em que foi escrito essa carta, ser cristão não era fácil, custava à própria vida, como custou para Pedro, além do mais o ambiente que cercava os recém- convertidos, não favorecia o enraizamento de sua fé, viviam numa cultura pagã, não havia ainda os evangelhos para todos lerem, os apóstolos eram itinerantes, não ficavam muito tempo nas comunidades, havia grandes dificuldades de comunicação que era feita por cartas, que demoravam a chegar. Dado a essas dificuldades é muito comum vermos nas epístolas católicas, como nas cartas paulinas essa exortação para os cristãos permanecerem firmes nas tribulações, para não desviarem do rumo e seguir no caminho de santidade.
A palavra de Deus é viva e nos incomoda, com isso não podemos deixar de analisar a nossa vida e perceber o quão facilmente esmorecemos na vida de santidade, o quanto nossas ações são pautadas por outros valores que não os do Evangelho.
Nosso Senhor veio até nós, se encarnou, se fez igual a nós exceto no pecado, amou-nos intensamente até a morte e morte de cruz, morreu para nos salvar, ressuscitou e subiu aos céus , guarda-nos lá um lugar, enviou o Espírito Santo para nos auxiliar na caminhada e nós simplesmente não fazemos a nossa parte. Não avançamos, na verdade muitas vezes retrocedemos, ao menor obstáculo desistimos, somos chamados a santidade, essa é meta de nossa vida, nada pode nos fazer tirar olhos desse premio.
Na certeza de que quem nos chama nos capacita, possamos fazer como São Paulo que consciente estava que ainda não chegara a perfeição, se empenhava em conquistá-la: "Consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para a frente, persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo." (Fl 3,13-14).
E se já nos empenhamos que o façamos mais ainda pois : "Contudo, seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente." (Fl 3, 16).