Abatido?


O Senhor sustém os que vacilam, e soergue os abatidos (Sl 144, 14).



Quem nunca vacilou? Quem é tão forte que nunca ficou abatido?
Se por um acaso existisse alguém assim, perderia a grande graça de ser sustentado, mantido e erguido pelo próprio Deus.

Portanto, ao invés de nos condenarmos ainda mais quando vacilarmos ou nos abatermos, melhor é experimentar o amor de Deus que, diante de nossa fraqueza e pequenez, vem nos sustentar, manter e soerguer.



Paz e Bem.

Glorie-se no Senhor


Devemos nos orgulhar em alguma circunstância de nossas vidas?

A resposta é sim. Em uma específica! O Senhor nos ensina pela boca do Apóstolo Paulo que “quem se gloria, glorie-se no Senhor” (I Cor 1,31a). Como assim? Para nós cristãos não há dúvida que o caminho de santificação é aquele no qual a alma diante da grandiosidade Divina assume a sua pequenina condição de húmus (terra ou pó). Isto significa que tudo em nossas vidas - sejam as conquistas, fracassos, sofrimentos, alegrias e potencialidades - estão sob a graça da vontade amorosa de Deus.

Na parábola dos talentos narrada em Mt 25, 14-30, onde o Senhor, na figura do patrão, confia a três servos medidas diferentes de talentos, conforme a capacidade de cada um. A um, cinco; a outro, dois e por último, um talento. Os dois primeiros foram fiéis e deram bons frutos (o dobro), mas o último não quis arriscar, enterrou o talento e ainda procurou dar uma desculpa esfarrapada ao patrão.

Olhando para aqueles que deram frutos, percebemos que o Senhor os chamou de servos fiéis. O caminho de santificação leva-nos a meditar o quanto temos buscado a fidelidade aos talentos que nos foram confiados. Muitas vezes perdemos tempo mensurando a quantidade de talentos recebidos e comparando-os com os de outras pessoas que para nós receberam mais. Não podemos perder o foco contando os talentos e comparando-os com os dos outros, mas tomando aquilo que Deus nos reservou devemos buscar a fidelidade. Por vezes, o todo de talentos confiado pode ser pequeno, mas foi aquilo que Deus nos deu e o necessário para a nossa salvação.

Tenha certeza que Deus faz você, que busca a fidelidade, avançar neste caminho. É aí que deve residir o nosso orgulho, como disse São Paulo. Orgulhar-nos da graça de Deus que agiu e age nas nossas vidas, às vezes sem percebermos e mesmo com as nossas insuficiências. Como não se orgulhar de um Amor que não consegue parar de amar os seus pequenos filhos?

Portanto, peçamos a Deus que o seu Espírito Santo nos dê um coração fiel naquilo que nos foi confiado, sem se preocupar em comparar com os dos outros. E, assim, possa-nos ser derramada a graça de nos orgulharmos daquilo que foi feito e realizado em nossas vidas pela ação divina e amorosa do Senhor.

(Contribuição de Glauco Soares)


Paz e Bem.

Sem reservas


Jesus conta que dez virgens saíram à noite para celebração de um casamento. Cinco delas eram tolas e cinco prudentes. As tolas não levaram óleo para suas lâmpadas, mas as prudentes levaram as lâmpadas e vasos com óleo de reserva. Tardando o noivo a chegar, todas as virgens adormeceram. No meio da noite eis que o noivo surge, as virgens levantaram e prepararam suas lâmpadas. As tolas disseram as prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando. As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós (Mt 25, 8-9). Enquanto as tolas foram comprar óleo o noivo chegou, entrou com as cinco virgens prudentes na sala do banquete e a porta foi fechada. Chegando as tolas, bateram na porta, mas o noivo respondeu: não vos conheço! (Mt 25, 1-12).

O óleo é uma das imagens bíblicas que representam o Espírito Santo. Portanto, se haverá um tempo que necessitaremos ter reservas de óleo, é melhor que sempre clamemos pelo Espírito Santo que se derramará em nós sem reservas.

Paz e Bem.

Promessa de Deus e Bênção para as famílias

Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. Tua mulher será em teu lar como uma vinha fecunda. Teus filhos em torno à tua mesa serão como brotos de oliveira. Assim será abençoado aquele que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor para que em todos os dias de tua vida gozes da prosperidade de Jerusalém, e para que possas ver os filhos dos teus filhos. Reine a paz em Israel! (Sl 127).

Se você acredita... Tome posse!

Paz e Bem.

Alvo do olhar de Deus


Filipe encontra Natanael e diz-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José. Respondeu-lhe Natanael: Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré? Filipe retrucou: Vem e vê. Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro... e diz: Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade. Natanael pergunta-lhe: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira. (Jo 1, 45-48).

Os olhos de Jesus já estavam sobre Natanael antes mesmo que Felipe o tivesse convidado para conhecer o Senhor. O futuro Apóstolo segue Felipe para ver o Senhor, mas é Jesus que o vê primeiro. Assim também acontece conosco, antes mesmo de sermos convidados para conhecer Jesus, Ele já nos observava, Ele já mantinha o seu olhar sobre nossas vidas. Jesus também nos vê primeiro.

Eis os olhos do Senhor pousados sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua bondade (Sl 32,18).

Alegremo-nos, na certeza de que somos alvo do olhar amoroso de Deus!

Paz e Bem.

Destinatários do Amor de Deus


Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele (1 Jo 4, 9).

O Amor é Deus que nos fez destinatário de Seu maior Tesouro: Jesus Cristo.
Não somos nós que nos fazemos destinatário do amor de Deus. Não somos nós os remetentes. Simplesmente, Deus nos fez alvo do Seu amor eterno. O Amor é Deus que, por graça, nos fez destinatário de Seu Filho Único, para que vivamos por Ele.

Paz e Bem.

Falando sobre sexualidade e afetividade - Fecundidade em Deus e a Castidade

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine... sobre toda terra... Deus... criou o homem e mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos...” (Gn 1,26-28).

Deus, em Seu amor e misericórdia, quis criar o homem e a mulher com uma honra que não é encontrada em nenhuma outra de Suas obras. Originalmente, o homem e a mulher foram criados a imagem e a semelhança Deus. Realidade que foi manchada pelo pecado, mas que Jesus veio restaurar. A partir de então, os nascidos em Cristo, são chamados a viver a pureza de sua origem.

“Frutificai... e multiplicai-vos...” (Gn 1,28). É importante notarmos que a primeira ordem dada por Deus aos homens é um direcionamento voltado para fecundidade. Esta fecundidade não tem outra fonte se não o próprio Deus que, porque é infinitamente fecundo, cria.

No mistério da Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, se relacionam em perfeito amor, doação e comunhão. Baseado na realidade do Mistério da Santíssima Trindade o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem... Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão” (CIC 2331).

A Igreja entende que a sexualidade não se encerra somente nas genitálias, não está restrito somente ao ato sexual, mas “a sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros” (CIC 2332).

O pensamento do mundo somente valoriza o físico, o corpo. Já a Igreja, diferente do mundo, sabe que é necessário considerar o homem em sua totalidade, em sua plenitude. Por isso, afirma que “todo batizado é chamado à castidade” (CIC 2348), pois, a castidade “significa a integração correta da sexualidade na pessoa e com isso a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual” (CIC 2337), ou seja, a castidade também considera o homem como ser espiritual e não somente como ser corporal, e por isso é o caminho correto, caminho que reconhece a verdadeira importância física e biológica da sexualidade, mas submetendo-a a vontade de Deus.

Nosso Catecismo ainda diz que “todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo o seu específico estado de vida” (CIC 2348), onde os namorados e noivos são convidados a viver a castidade na continência, reservando para o tempo do casamento às manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Os consagrados religiosos são convidados a viver a castidade na virgindade ou no celibato, maneira eminente de se dedicar a Deus com um coração indiviso. Já as pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal, ou seja, a fidelidade, pois pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges na complementaridade e a transmissão da vida. Assim o amor conjugal entre o homem e a mulher abençoados pelo sacramento do matrimônio deve ser vivido em fidelidade, comunhão e aberta para multiplicação, ou seja, aberta para a procriação.

Portanto, somos chamados a participar da fecundidade de Deus, a participarmos de Sua obra criadora, mas de forma responsável e a castidade é um presente que o Senhor nos concede para vivermos a santidade em nossa afetividade e sexualidade. Que saibamos receber nossa sexualidade como bênção de Deus. “Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (I Cor 6, 20b). Amém!

Coração Novo



Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo (Mt 23, 26).

Jesus coloca o que é mais importante no seu devido lugar. Ele ordena a vida a partir daquilo que realmente é prioridade. Muito ao contrário do que faz o mundo em sua ditadura da moda, do superficial, da extrema valorização do visual e da aparência.

O mais importante não é cuidar da aparência, do superficial e do que é externo, mas do coração. E se nosso interior e nosso coração precisam de cuidados é bom saber o que Deus nos promete: “Dar-vos-ei um coração novo e em vós poreis um espírito novo” (Ez 36,26).

O Senhor não somente limpa nossos corações, mas nos concede um coração novo e não apenas uma aparência nova.

O Senhor sabe o que é mais importante.

Paz e Bem.

O cuidado de Deus


Pois, eis o que diz o Senhor Javé: vou tomar eu próprio o cuidado com minhas ovelhas, velarei sobre elas (Ez 34, 11).

O amor de Deus é eterno e por isso Ele não se cansa de cuidar, Ele próprio, de suas ovelhas. Ele é o Pastor que nada deixa faltar (conf. Sl 22). Se a ovelha tem tudo em seu Bom Pastor, o que mais ela poderia querer? Se Deus está cuidando de nós e se nEle temos tudo, o que mais eu e você poderíamos querer?

Paz e Bem.

A loucura da Cruz



Quando não passas de um homem e não és um deus, tu te julgas em teu coração igual a Deus (Ez 28, 2).

Apesar do mundo não assumir, a loucura do mundo está em fazer com que cada homem pense ser um deus e, portanto, que não necessita do verdadeiro e único Deus. Mas, nós, homens, não somos deuses. Somos chamados a seguir Deus, por isso Jesus Cristo nos diz: E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna (Mt 19,29). E isso para o mundo é loucura. Seguir Jesus é considerado loucura para os que são do mundo! No entanto, a linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina (1 Cor 1,18).

Existe uma loucura que leva a perdição e existe outra loucura que é caminho da vida eterna. Que saibamos escolher a loucura da Cruz, a loucura de um Deus que nos ama e nos salva por Sua cruz redentora.

Paz e Bem.

O júbilo de Deus

“... Um homem possui cem ovelhas: uma se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? E se a encontra, sente mais júbilo do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos.” (Mt 18,12-14).

Um Deus que se alegra com seus filhos! Hoje, por pura graça, podemos ser causa do júbilo de Deus, basta deixar que Ele nos encontre! Basta voltarmos a Ele pelo arrependimento e confissão.

Paz e Bem.

A anti-sala da fecundidade abundante


“... o anjo disse-lhe: ‘Não temas Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João. Ele... desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo’...” (Lc 1, 13-15).

Aquilo que é estéril em nossa vida, em Deus pode se tornar fecundidade. Assim aconteceu com Isabel, esposa de Zacarias. E não se trata somente de gerar um filho, mas de fecundidade abençoada, pois além de receberem João Batista, tiveram a graça dele ser cheio do Espírito Santo.

Que você tenha a certeza que por mais estéril que possa estar a sua vida, em Deus a vida nova surgirá e vida nova cheia do Espírito Santo! Pois, em Deus aquilo que é estéril se torna simplesmente a anti-sala da fecundidade abundante.

Paz e Bem.

A marca do verdadeiro Amor

...precavei-vos, todavia, de tocar em quem estiver assinalado por uma cruz. (Ez 9,6).

Na época do profeta Ezequiel, Deus poupou todos os que estavam assinalados pela cruz de receberem a devida consequência de seus pecados, ou seja: a morte. Muito mais agora, na nova aliança, serão poupados todos aqueles assinalados pela cruz redentora de Jesus Cristo. Estes não receberão a morte, mas a vida.

Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele (Jo 3, 16-17).

Na cruz de Jesus Cristo temos a marca do verdadeiro Amor, a marca da salvação!

Paz e Bem.

Crescimento? Só em Deus!


“A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra.” (Mc 4, 30-32).

O Reino de Deus é semelhante ao grão de mostarda que mesmo sendo a menor de todas as sementes, torna-se a maior de todas as hortaliças. Como participante do Reino de Deus aqui na terra, devemos ter a certeza de que, mesmo sendo pequenos, podemos nos tornar capazes de abrigar a muitos pelo amor de Deus. O certo é que “nem o que planta é alguma coisa nem o que rega, mas só Deus, que faz crescer.” (1 Cor 3, 7). O crescimento é Deus quem concede! Só Ele faz crescer!

Paz e Bem.

O que realmente não passará


Como lhe chamassem a atenção para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído.” (Lc 21,5-6).

Por mais belas que sejam, as coisas do mundo passarão e, em alguns casos, não ficará pedra sobre pedra. No entanto, assim como Jesus disse que as coisas passarão, Ele também indicou algo que não passará quando ensinou que “o céu e a terra passarão mas as minhas palavras não passarão” (Mt 24,35). Ter a Palavra de Deus é certeza de possuir o bem que nunca deixará de existir. Portanto, como Pedro devemos dizer: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (Jo 6,68). Sem saber para onde ir? Vá a Jesus e receba a Palavra que realmente nunca passará.

Paz e Bem.