YOUCAT ONLINE - Porque Jesus se deixou ser batizado se Ele não tinha pecado?




Batizar significa "mergulhar". No Seu batismo, Jesus mergulhou simbolicamente na história do pecado de toda a humanidade. Para nos redimir dos nossos pecados, Ele seria um dia totalmente mergulhado na morte; porém, através do poder de Seu Pai seria novamente despertado para a Vida. [535-537, 565]

Vinham pecadores - soldados, prostitutas, aduaneiros - a João, o profeta batista, porque procuravam o «batismo da conversão para o perdão dos pecados» (Lc 3,3). Jesus não precisava, propriamente, deste batismo, porque Ele não tinha pecado. Por duas razões Jesus se submeteu a este batismo: Ele toma sobre si os nossos pecados e compreende o seu batismo como uma interpretação antecipada do Seu sofrimento e da sua ressurreição. Como expressão da Sua disponibilidade de morrer por nós, abre-se o Céu: «Tu és o Meu Filho amado.» (LC 3,22)

Existe uma comunhão entre pecadores e justos, porque, efetivamente, não existem justos. Gertrud von Le Fort (1876-1971, escritora alemã)

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Antes de dinheiro no bolso, um pai precisa de Deus no coração

É sempre bom ir a uma festa, participar de momentos importantes, principalmente se soubermos do cardápio que será servido. Estamos vivendo a festa do Natal e, dentro desta festa, há uma outra: a da Sagrada Família, que, como uma moldura de um belo quadro, nos revela o mistério do Natal. 

Deus não quis que o Menino Jesus nascesse de um laboratório nem de uma chocadeira, Deus quis para Ele uma mãe, um pai, uma família. E a liturgia de hoje nos dá, de bandeja, uma coisa que nós amamos: cuidar de quem nós amamos, cuidar de nosso pai, de nossa mãe, de nossa família. É fácil a sabermos qual o "peso" de amor que estamos dando à nossa família, é só ver como estamos cuidando dos mais novos e dos mais velhos. 

Vamos, nesta homilia, falar do Quarto Mandamento da lei de Deus. A primeira leitura fala sobre o respeito do filho para com seus pais."Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe".

Nenhum pecado dos pais nos dá o direito de os tratarmos como ''ex-pais''. Ainda que seu pai não tenha tido diploma, tenha cometido algum crime, seja o maior dos pecadores, isso não lhe dá o direito de ter vergonha dele, porque, por pior que seja um pai, ninguém pode fazer dele um "ex-pai". A Palavra diz que, quem respeita o pai, independentemente da qualidade deste, terá vida longa. 

"Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive".

Esta palavra ''amparar'' não significa ser uma muleta para seu pai e sua mãe, está falando sobre o acolhimento e o cuidado que você deve ter para com ele. Não adianta querer falar de acolhimento na paróquia se a pessoa não aprendeu isso em casa. Estas coisas não podem ser compradas! Dê sustento, dê apoio ao seu pai, ainda que ele esteja doente, ainda que esteja perdendo a lucidez. Se nós crescêssemos na qualidade do acolhimento dos filhos para com os pais os asilos estariam todos em crise. Mas também como é triste ver que os casados há mais tempo estão perdendo a qualidade do relacionamento dentro de casa, perdendo a sabedoria de ficar velhos! Por isso, muitos filhos dizem: "Vou ficar velho pra viver assim?". Os velhos não estão sabendo ficar sábios, estão cada vez mais de roupinhas curtas, curtindo as baladas, querendo ser adolescentes, trocando a esposa por duas menininhas de 20 anos... Os filhos estão colocando os pais nos asilos porque muitos destes não educaram os filhos com respeito dentro de casa. 


"[...] procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida".

Nada pode justificar a humilhação e o desrespeito de um filho a seus pais. A família é um laboratório; e se seu filho testemunhar, um dia, você humilhando os seus pais dentro de casa, provavelmente ele fará o mesmo quando você ficar velho. Existem pessoas que são uma beleza no trabalho e com os amigos, mas em casa descarregam o pior sobre o pai e a mãe. Toma vergonha na sua cara! 

"Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro". 

Algumas pessoas trouxeram um monte de roupas de várias cores para passar o Ano-Novo, vai até parecer uma escola de samba aqui, mas a leitura já nos dá uma lista de nossas vestes neste fim de ano: "Revesti-vos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência (Cl 3, 12). Quem dera se você se revestisse com essas vestas para passar o Ano-Novo! 
Quer começar o Ano-Novo com uma família renovada? Veja que não estou falando de nova família, não é para você trocar de marido ou mulher, eu estou falando de conversão, de mudança de vida dentro de sua casa. Se você quer entrar o ano com uma família renovada é preciso que você perdoe, pois se não houver o perdão vai ficar tudo do mesmo jeito. 

Que, em 2014, você não tenha o que deseja, mas o que você precisa! A Palavra diz o que você precisa: "Que a Palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós".
Um pai tem que ter muito mais do que dinheiro no bolso, ele tem que ter Deus no coração! É isso que São José tinha, a riqueza da Palavra de Deus e a obediência incondicional a ela. 

Se você quer ser feliz, volte a ser família. Não existe faculdade, mestrado ou doutorado que nos ensinem a ser pai, mãe e filhos. Quer aprender a ser família? Aprenda a pedir e dar perdão. Não importa com o que vai cobrir o seu corpo na passagem do ano, importa o que você vai trazer dentro do coração.

Transcrição e adaptação: Daniel Machado

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Padre Fabrício 

Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova


Angelus Papa Francisco - 26/12/2013

Angelus com o Papa Francisco nas oitavas de Natal - 26/12/2013ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs,
Vocês não têm medo da chuva, são bravos!
A liturgia prolonga a Solenidade do Natal por oito dias: um tempo de alegria para todo o povo de Deus! E neste segundo dia da oitava, na alegria do Natal se insere a festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. O livro dos Atos dos Apóstolos o apresenta como “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (6, 5), escolhido com outros seis para o serviço às viúvas e aos pobres na primeira comunidade de Jerusalém. E nos conta o seu martírio: quando, depois de um discurso inflamado que suscitou a ira dos membros do Sinédrio, foi arrastado para fora da cidade e apedrejado. Estêvão morre como Jesus, pedindo o perdão pelos seus assassinos (7, 55-60).
No clima alegre do Natal, esta comemoração poderia parecer fora de contexto. O Natal, na verdade, é a festa da vida e nos infunde sentimentos de serenidade e de paz; por que perturbar seu encanto com a recordação de uma violência tão atroz? Na realidade, na ótica da fé, a festa de Santo Estêvão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires seu “nascimento ao céu”. Celebramos, então, hoje o “natal” de Estêvão, que em profundidade nasce do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte de quantos o amam em aurora de vida nova!
No martírio de Estêvão se reproduz o mesmo confronto entre o bem e o mal, entre o ódio e o perdão, entre a brandura e a violência, que teve o seu ponto alto na Cruz de Cristo. A memória do primeiro mártir vem assim, imediatamente, dissolver uma falsa imagem do Natal: a imagem “mágica” e “adocicada”, que no Evangelho não existe! A liturgia nos leva ao sentido autêntico da Encarnação, ligando Belém ao Calvário e recordando-nos que a salvação divina implica a luta ao pecado, passa pela porta estreita da Cruz. Este é o caminho que Jesus indicou claramente aos seus discípulos, como atesta o Evangelho de hoje: “Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10, 22).
Por isso hoje rezemos de modo particular pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do seu testemunho dado de Cristo e do Evangelho. Sejamos próximos a estes irmãos e irmãs que, como santo Estêvão, são acusados injustamente e feitos objeto de violências de vários tipos. Estou certo de que, infelizmente, são mais numerosos hoje que nos primeiros tempos da Igreja. Há tantos! Isto acontece especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada. Acontece, porém, também em países e ambientes que, no papel, protegem a liberdade e os direitos humanos, mas onde de fato os crentes e, especialmente os cristãos, encontram limitações e discriminações. Eu gostaria de pedir para vocês rezarem pos estes irmãos e irmãs um instante em silêncio [...] E os confiemos à Nossa Senhora (Ave Maria…).
Para o cristão, isso não causa surpresa, porque Jesus já o havia preanunciado como ocasião propícia para dar testemunho. Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser denunciada e eliminada.
Maria Rainha dos Mártires nos ajude a viver o Natal com aquele ardor de fé e de amor que brilha em Santo Estêvão e em todos os mártires da Igreja.

"Ele é a nossa paz" - Homilia do Papa Francisco na Missa do Galo

Homilia
Primeira Missa do Galo celebrada pelo Papa Francisco
Terça-feira, 24 de dezembro de 2013

1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).
Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum fato emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.
Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e de povo errante.
E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11).
2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).
A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.
3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade:
Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois onipotente, e fizestes-Vos frágil.
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). E vo-lo repito também eu: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. . Amem!


YOUCAT ONLINE - Especial de Natal - O mistério de Natal



“Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite : 

Hoje a virgem traz ao mundo o Eterno
E a terra oferece uma gruta ao inacessível.
Os anjos e os pastores o louvam
E os magos caminham com a estrela.
Pois vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno! " 
(Catecismo da Igreja Católica 525).






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