Oração e maternidade

Essas realidades se entrelaçam de maneira perfeita e sobrenatural.
Sabemos pela experiência ou pela observação, que a maternidade é um dom de Deus, uma maravilhosa oportunidade, concedida às mulheres, de amar sem limites, doando-se de tal modo que o prazer de uma mãe é ver a felicidade de seu filho.
A Graça de Deus se estende, vai além da maternidade biológica, Ele ainda proporciona que as mulheres tenham a possibilidade da maternidade espiritual, onde acolhem filhos advindos do Espírito. E a fecundidade desse dom cresce na oração de intercessão por cada um desses que Deus as confia.  Através da oração de intercessão a confiança da realização é depositada no Senhor, o Único que tem poder sobre todas as coisas, ela é um ato concreto de amor, o melhor que se pode fazer perante os desafios e tribulações que se levantam em nossas vidas.
Aqui não podemos deixar de lembrar-nos do grande e belo exemplo de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho. Ela rezou durante anos incansavelmente com muitas lágrimas, clamando a Deus por sua conversão, e este filho não se perdeu e tornou-se um grande Santo e Doutor da mãe Igreja.
        A exemplo desta mãe, Santa nos altares da Igreja, sejamos levados a vivência dessa fecunda realidade que leva o Céu vir em favor da terra.

  “... Orai uns pelos outros para serdes curados.” Tg 1, 16b 

A oração na família - Catequese Papa Francisco


brasão do Papa Francisco
CATEQUESE

Praça São Pedro – Vaticano 
Quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Depois de ter refletido sobre como a família vive os tempos da festa e do trabalho, consideramos agora o tempo da oração. A queixa mais frequente dos cristãos diz respeito ao tempo: “Deveria rezar mais…; gostaria de fazê-lo, mas muitas vezes me falta o tempo”. Ouvimos isso continuamente. O arrependimento é sincero, certamente, porque o coração humano procura sempre a oração, mesmo sem sabê-lo; e se não a encontra não tem paz. Mas para que se encontre, é preciso cultivar no coração um amor “quente” por Deus, um amor afetivo.
Podemos nos fazer uma pergunta muito simples. Tudo bem acreditar em Deus com todo o coração, tudo bem esperar que nos ajude nas dificuldades, tudo bem sentir-se no dever de agradecê-Lo. Tudo certo. Mas queremos também um pouco de bem ao Senhor? O pensamento de Deus nos comove, nos surpreende, nos suaviza?
Pensemos na formulação do grande mandamento, que sustenta todos os outros: “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as forças” (Dt 6, 5; cfr Mt 22, 37). A fórmula usa a linguagem intensiva do amor, derramando-o em Deus. Bem, o espírito de oração mora antes de tudo aqui. E se mora aqui, mora todo o tempo e não sai nunca. Conseguimos pensar em Deus como uma carícia que nos dá em vida, antes da qual nada existe? Uma carícia da qual nem a morte nos pode separar? Ou pensamos Nele apenas como um grande Ser, o Onipotente que fez todas as coisas, o Juiz que controla toda ação? Tudo verdade, naturalmente. Mas somente quando Deus é o afeto de todos os nossos afetos, o significado destas palavras se tornam plenos. Então nos sentimos felizes, e também um pouco confusos, porque Ele pensa em nós e, sobretudo, nos ama! Isso não é impressionante? Não é impressionante que Deus nos acaricie com amor de pai? É tão belo! Podia simplesmente se fazer reconhecer como o Ser supremo, dar os seus mandamentos e esperar os resultados. Em vez disso, Deus fez e faz infinitamente mais que isso. Acompanha-nos no caminho da vida, nos protege, nos ama.
Se o afeto por Deus não acende o fogo, o espírito da oração não aquece o tempo. Podemos também multiplicar as nossas palavras, “como fazem os pagãos”, diz Jesus; ou até mesmo exibir os nossos ritos, “como fazem os fariseus” (cfr Mt 6, 5.7). Um coração habitado pelo afeto por Deus faz transformar em oração também um pensamento sem palavras, ou uma invocação diante de uma imagem sagrada, ou um beijo mandado para a igreja. É belo quando as mães ensinam os filhos pequenos a mandar um beijo a Jesus ou a Nossa Senhora. Quanta ternura há nisso! Naquele momento, o coração das crianças se transforma em lugar de oração. E é um dom do Espírito Santo. Não esqueçamos nunca de pedir este dom para cada um de nós! Porque o Espírito de Deus tem aquele seu modo especial de dizer nos nossos corações “Abbà” – “Pai”, nos ensina a dizer “Pai” propriamente como o dizia Jesus, um modo que nunca poderemos encontrar sozinhos (cfr Gal 4, 6). É na família que se aprende a pedir e apreciar este dom do Espírito. Se o aprende com a mesma espontaneidade com a qual aprende a dizer “papai” e “mamãe”, aprendeu-se para sempre. Quando isso acontece, o tempo de toda a vida familiar é envolvido no colo do amor de Deus e procura espontaneamente o tempo da oração.
O tempo da família, sabemos bem disso, é um tempo complicado e cheio, ocupado e preocupado. É sempre pouco, não basta nunca, há tantas coisas a fazer. Quem tem uma família aprende a resolver uma equação que nem mesmo os grandes matemáticos sabem resolver: dentro das vinte e quatro horas se faz o dobro! Há mães e pais que poderiam vencer o Nobel, por isso. De 24 horas fazem 48: não sei como fazem, mas se movem e o fazem! Há tanto trabalho em família!
O espírito da oração volta o tempo para Deus, sai da obsessão de uma vida à qual sempre falta o tempo, reencontra a paz das coisas necessárias e descobre a alegria de dons inesperados. Boas guias para isso são as duas irmãs, Marta e Maria, da qual fala o Evangelho que escutamos; elas aprendem de Deus a harmonia dos ritmos familiares: a beleza da festa, a serenidade do trabalho, o espírito da oração (cfr Lc 10, 38-42). A visita de Jesus, ao qual queriam bem, era a festa delas. Um dia, porém, Marta aprendeu que o trabalho da hospitalidade, mesmo sendo importante, não é tudo, mas que escutar o Senhor, como fazia Maria, era realmente o essencial, a “melhor parte” do tempo. A oração surge da escuta de Jesus, da leitura do Evangelho. Não se esqueçam, todos os dias leiam um trecho do Evangelho. A oração surge da intimidade com a Palavra de Deus. Há esta intimidade na nossa família? Temos em casa o Evangelho? Nós o abrimos algumas vezes para lê-lo juntos? Nós o meditamos rezando o Rosário? O Evangelho lido e meditado em família é como um pão bom que alimenta o coração de todos. E pela manhã e à noite, e quando sentamos à mesa, aprendamos a dizer juntos uma oração, com muita simplicidade: é Jesus que vem entre nós, como ia à família de Marta, Maria e Lázaro. Uma coisa que tenho muito no coração e que vi nas cidades: há crianças que não aprenderam a fazer o sinal da cruz! Mas você mãe, pai, ensina a criança a rezar, a fazer o sinal da cruz: esta é uma tarefa bela das mães e dos pais!
Na oração da família, nos seus momentos fortes e nas suas passagens difíceis, nos confiemos uns aos outros, para que cada um de nós na família seja protegido pelo amor de Deus.

Fonte: http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-sobre-a-oracao-na-familia/

YouCat Online - Nós precisamos dos sacramentos?


Precisamos dos Sacramentos para crescermos para além desta nossa vida humana pequena e para nos tornarmos, através de Jesus e como Jesus, filhos de Deus em liberdade e glória. [1129]

No Batismo, passamos de "ameaçados filhos humanos" a "protegidos filhos de Deus"; através da Confirmação, passamos de "pessoas que procuram" a "pessoas decididas"; mediante a Confissão passamos de "culpados" a "reconciliados"; pela Eucaristia passamos de "famintos" a "pão para os outros"; no Matrimônio e na Ordem passamos de "individualistas" a "servos do amor"; através da Unção dos Enfermos passamos de "desesperados" a "pessoas confiantes". Em todos os sacramentos, o Sacramento é o próprio Cristo. N'Ele crescemos da inutilidade do egoísmo para a verdadeira Vida, que não mais acaba.

Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade

Hoje celebramos a memória de um apóstolo, São Bartolomeu (Natanael), um dos doze escolhidos para ser sustentáculo da fé da Igreja de Jesus.

“Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”.
Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”.Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”.  Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.
Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!”E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.(Jo 1, 45-47)
  

Essa celebração deve nos fazer refletir em como estamos vivendo o nosso seguir a Jesus, pois um dia também Ele foi-nos apresentado. Talvez algum ‘Filipe’ nos disse "Vem e vê". A partir dessa experiência, de um encontro pessoal com Jesus, somos chamados a viver de maneira completamente diferente do que vivíamos. O chamado de Cristo para nós tem que ser um novo nascimento, que também deve ser atualizado diariamente.

Outro aspecto importante dessa leitura, é a frase de Jesus, que olhando para o coração de Natanael vê quem ele realmente era e diz " Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade "(João 1, 47).
É sempre o Senhor quem revela quem nós realmente somos. Não o mundo ou as pessoas. O chamado ao seguimento de Jesus é um chamado a viver a verdade, o apóstolo tem que viver a verdade. É a característica que devemos manifestar. Então ,como quem quer viver a mesma vida do Evangelho, dos apóstolos também precisamos ser verdadeiros.
O verdadeiro significa aquele que exprime a verdade, autêntico, real, não é enganoso ou fictício. Somos chamados a assumir essa postura diante de Deus, na vida de oração, nos colocar diante de Deus como realmente o que somos, necessitados, pecadores;  com nossas fraquezas. E diante dos homens assumindo uma postura de anúncio da verdade evangélica, a favor da vida, do bem comum e da salvação das almas.

Que sejamos hoje os sustentáculos da verdade, anunciando com nossa vida o Evangelho .


A importância da festa na família


brasão do Papa FranciscoCATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje abrimos um pequeno percurso de reflexão sobre três dimensões que articulam, por assim dizer, o ritmo da vida familiar: a festa, o trabalho, a oração.
Comecemos pela festa. Hoje falaremos da festa. E logo dizemos que a festa é uma invenção de Deus. Recordemos a conclusão do relato da criação, no Livro do Gênesis, que ouvimos: “Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da Criação” (2, 2-3). O próprio Deus nos ensina a importância de dedicar um tempo para contemplar e desfrutar daquilo que no trabalho foi bem feito. Falo de trabalho, naturalmente, não só no sentido do ofício e da profissão, mas no sentido mais amplo: toda ação com que nós homens e mulheres podemos colaborar para a obra criadora de Deus.
Portanto, a festa não é a preguiça de sentar em uma poltrona, ou a sensação de uma vã evasão, não, a festa é, antes de tudo, um olhar amoroso e grato sobre o trabalho bem feito; festejamos um trabalho. Também vocês, recém-casados, festejam o trabalho de um belo tempo de noivado: e isso é belo! É o tempo de olhar os filhos, os netos, que estão crescendo, e pensar: que belo! É o tempo de olhar para a nossa casa, os amigos que hospedamos, a comunidade que nos cerca, e pensar: que coisa boa! Deus fez assim quando criou o mundo. E continuamente faz assim, porque Deus cria sempre, também neste momento!
Pode acontecer que uma festa chegue em circunstâncias difíceis ou dolorosas, e se celebra talvez com “nó na garganta”. No entanto, mesmo nestes casos, pedimos a Deus a força de não esvaziá-la completamente. Vocês mães e pais sabem bem disso: quantas vezes, por amor aos filhos, são capazes de sugar o sofrimento para deixar que eles vivam bem a festa, saboreiem o sentido bom da vida! Há tanto amor nisso!
Também no ambiente de trabalho, às vezes – sem omitir os deveres! – nós sabemos “infiltrar” qualquer faísca de festa: um aniversário, um matrimônio, um novo nascimento, bem como uma despedida ou uma chegada…é importante. É importante fazer festa. São momentos de familiaridade na engrenagem da máquina produtiva: nos faz bem!
Mas o verdadeiro tempo da festa suspende o trabalho profissional e é sagrado, porque recorda ao homem e à mulher que foram feitos à imagem e semelhança de Deus, que não é escravo do trabalho, mas Senhor, e portanto também nós nunca devemos ser escravos do trabalho, mas “senhor”. Há um mandamento para isso, um mandamento que diz respeito a todos, ninguém excluído! E em vez disso sabemos que há milhões de homens e mulheres e até mesmo crianças escravos do trabalho! Neste tempo há escravos, são explorados, escravos do trabalho e isso é contra Deus e contra a dignidade da pessoa humana! A obsessão do lucro econômico e a eficiência da técnica colocam em risco os ritmos humanos da vida, porque a vida tem os seus ritmos humanos. O tempo do repouso, sobretudo aquele dominical, é destinado a nós para que possamos desfrutar daquilo que não se produz e não se consome, não se compra e não se vende. E em vez disso vemos que a ideologia do lucro e do consumo quer “abocanhar” também a festa: também essa às vezes é reduzida a um “negócio”, a um modo de fazer dinheiro e de gastá-lo. Mas é para isso que trabalhamos? A ganância de consumir, que comporta o desperdício, é um vírus ruim que, entre outros, nos faz reencontrar-nos, ao final, mais cansados que antes. Prejudica o trabalho verdadeiro e consome a vida. Os ritmos indisciplinados da festa fazem vítimas, muitas vezes os jovens.
Enfim, o tempo da festa é sagrado, porque Deus o habita de modo especial. A Eucaristia dominical leva à festa toda a graça de Jesus Cristo: a sua presença, o seu amor, o seu sacrifício, o seu fazer-se comunidade, o seu estar conosco…. E assim cada realidade recebe o seu sentido pleno: o trabalho, a família, as alegrias e os cansaços de cada dia, também o sofrimento e a morte; tudo é transfigurado pela graça de Cristo.
A família é dotada de uma competência extraordinária para entender, orientar e apoiar o autêntico valor do tempo da festa. Mas que belas são as festas em família, são belíssimas! E em particular de domingo. Não é por acaso que as festas em que há lugar para toda a família são as que têm mais sucesso!
A própria vida familiar, olhada com os olhos da fé, nos parece melhor que os cansaços que nos custa. Aparece-nos como uma obra de arte de simplicidade, bela justamente porque não é artificial, não é fingida, mas capaz de incorporar em si todos os aspectos da vida verdadeira. Aparece-nos como uma coisa “muito boa”, como Deus disse ao término da criação do homem e da mulher (cfr Gen 1, 31). Portanto, a festa é um precioso presente de Deus; um precioso presente que Deus deu à família humana: não a estraguemos!

Fonte:http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-sobre-a-festa-na-familia-120815/

YouCat Online - O que é essencial na Liturgia?



A Liturgia é, acima de tudo, comunhão com Jesus Cristo. Cada celebração litúrgica, e não apenas a eucarística, é uma pequena festa pascal. Jesus celebra conosco a passagem da morte à Vida, abrindo-a a nós. [1085]
A celebração litúrgica mais importante era a liturgia pascal, que Jesus celebrou com os Seus discípulos, na sala de jantar, na véspera da Sua morte. Os discípulos pensavam que Jesus ia libertar Israel do Império Romano, como outrora Deus libertou do Egito. Jesus celebrou, porém, a libertação de toda humanidade do poder da morte. Antes, fora o “sangue do cordeiro” que preservou os israelitas do anjo da morte; agora, seria Ele próprio o cordeiro cujo o sangue salvaria a humanidade da morte. Portanto, a morte e a ressurreição de Jesus são um testemunho de que se pode morrer e, apesar disso, voltar à vida. Este é o conteúdo próprio de cada celebração litúrgica cristã. O próprio Jesus comparou a Sua morte e a Sua ressurreição com a libertação de Israel da escravidão do Egito. Por isso, a ação redentora da morte de Jesus é designada por “mistério pascal”. Assim como o sangue do cordeiro salvou a vida dos israelitas aquando da sua saída do Egito, também Jesus, enquanto verdadeiro cordeiro pascal, redimiu a humanidade do seu envolvimento na morte e no pecado.

YouCat Online - Qual a origem última da Liturgia?




A origem última da Liturgia é Deus, no qual acontece uma festa de amor eterno e celestial, a alegria do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Porque Deus é amor, quer fazer-nos participar na festa da Sua alegria e conceder-nos a Sua Bênção. [1077-1109]


As nossas celebrações litúrgicas terrenas têm de ser festas cheias de beleza e de vigor: festas do Pai, que nos criou – daí que os dons da terra desempenhem um papel tão grande: o pão, o vinho, o óleo e a luz, o incenso, a música sacra e as cores esplêndidas; festas do Filho, que nos redimiu – daí que nós rejubilemos pela nossa libertação, sentindo-nos serenos quando ouvimos a Palavra e fortalecendo-nos quando tomamos os dons eucarísticos; festas do Espírito Santo, que nos vivifica – daí a transbordante riqueza de consolo, conhecimento, coragem, força e Bênção, que emana da assembléia sagrada.