YouCat Online - Quem pode receber o Sacramento da Ordem?


“É admitido à Ordem do Diácono, do Presbítero e do Episcopado qualquer homem batizado e católico que a Igreja chamar a este ministério.” [177-1578]
Ninguém teria sido melhor sacerdote do que ela [Maria] foi. Ela podia ter dito sem hesitar: ‘Isto é o Meu corpo’ porque ela realmente ofereceu a Jesus o Seu próprio corpo. E, no entanto, Maria permaneceu a despretensiosa serva do Senhor, para que pudéssemos recorrer sempre a ela como nossa Mãe. Ela é uma de nós e estamos sempre unidos a ela. Depois da morte de Seu Filho, ela continuou a viver na Terra,  para fortalecer os Apóstolos no seu serviço, sendo sua mãe, até que a jovem igreja adquirisse forma.” Beata Madre Teresa.  

“A decisão de admitir apenas homens às ordens sacras não constitui uma desvalorização da mulher. Diante de Deus, o homem e a mulher têm a mesma dignidade, mas têm missões e Carismas diferentes. A Igreja vê-se induzida por Jesus ter eleito exclusivamente homens quando, na última ceia, instituiu o sacerdócio. O Papa João Palo II definiu em 1994 que a Igreja ‘não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal  às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja’ “.
“Como ninguém na Antiguidade, Jesus valorizou as mulheres de uma forma provocante, fez amizade com elas e e protegeu-as. Havia mulheres entre os Seus discípulos e Jesus apreciou a sua fé. Foi inclusivamente uma mulher as primeira testemunhas da ressurreição, pelo que Maria Madalena é chamada a ‘apóstola dos Apóstolos’. Não obstante, o sacerdócio ordenado e o ministério pastoral foram sempre transmitidos a homens. No Sacerdócio masculino a comunidade encontrar representado Jesus Cristo. A  sacerdócio é um serviço especial que o homem também exerce na sua dimensão masculina e paternal. Isto não é, porém, uma forma de submissão masculina das mulheres. As mulheres desempenham na Igreja, como vemos em Maria, um papel que não é menos central que o masculino, mas é um papel feminino. Eva tornou-se a mãe de todos os viventes (Gn 3,20); como ‘mãe de todos os viventes’ as mulheres têm dons e capacidades especiais. Sem o seu ensino, o seu anúncio e a sua caridade, a sua Espiritualidade e o seu cuidado pastoral especial, a Igreja seria ‘meia paralítica’. Sempre que os homens na Igreja usam o seu serviço sacerdotal como instrumento de poder, ou não permitem que as mulheres exerçam os seus Carismas, eles repudiam o amor e o Espírito Santo de Jesus”. 64.

E O VERBO SE FEZ CARNE...

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho Único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1, 14). 

Chegamos ao fim de mais um ano, e com o fim de ano, chegamos também à comemoração do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por tanto nos amar, o Pai enviou Seu Filho único, para que, crendo Nele, tenhamos a vida, e vida eterna (cf. Jo 3, 16). Nos dias atuais, facilmente caímos no espírito consumista que, infelizmente, acompanha e nos distrai da profunda riqueza desta época... Da profunda e assustadora realidade de um Deus que, por tanto nos amar, se faz homem como nós para a nossa Salvação. Nós, cristãos católicos, sabemos que Natal é mais do que os presentes, mais do que roupas novas. Sabemos que Natal é Jesus, o Filho de Deus que nasce para a nossa salvação. Precisamos sempre fazer memória desta Verdade, para que, expostos aos perigos de uma sociedade fria e consumista, não percamos o maior dos presentes que alguém pode receber: o Reino de Deus.

Mas, se nós, que estamos com Jesus, humanos, fracos e limitados que somos, podemos nos esquecer de tão grande amor, pensemos naqueles que ainda não experimentaram o amor de Deus, nos pequenos herdeiros que ainda não descobriram tão grande herança! Neste Natal, somos chamados a recordar e louvar a Deus por seu amor, pela encarnação do Verbo, mas, àquele que experimenta o amor de Deus, Nosso Senhor o envia. São Francisco de Assis apenas caminhava e sua vida, na simplicidade, era uma pregação, um anúncio da Palavra de Deus. Nós somos chamados a deixar que o Verbo Divino se torne carne também em nós, chamados a lutar para viver a Palavra de Deus encarnada, nos configurando a Jesus em tudo.

Dar a Jesus um lugar para Ele nascer em nosso coração é sobretudo deixar Jesus fazer de nossa vida o Evangelho vivo. Portanto, que neste Natal façamos memória do amor de Deus, mas que também possamos renovar o nosso desejo de nos configurar, em tudo, a Jesus. Assim, outros conhecerão a Salvação que veio a nós por um Menino. Um santo e feliz Natal!

RETIRO DE JOVENS!



RETIRO PARA JOVENS!

'Torna-te modelo para os fiéis'. Tm 4, 12b


Dias 27, 28 e 29/01, no Aprisco!*

As vagas são limitadas, então, garanta já a sua!
As inscrições são por e-mail: eventospequenorebanho@gmail.com (informar: nome, telefone, idade e e-mail).


*Aprisco, nossa casa de evangelização, que fica no Bairro da Vila da Penha.
** O retiro é 'fechado'.
*** O retiro é destinado para jovens de 16 aos 28 anos.

Natal é Jesus!


YouCat Online - Para um cristão católico, qual a importância do Bispo?



Um cristão católico assume o seu compromisso perante o seu Bispo, que se encontra ao seu serviço, como representante de Cristo. Para mais, o bispo, que exerce o ministério pastoral como os seus Presbíteros e Diáconos, como seus assistentes ordenados, é o princípio visível e o fundamento da Igreja local (chamada também diocese)”. [1560-1561].  

Nota em defesa da dignidade da Vida Humana

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Diante da decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal, no último dia 29 de novembro, não considerando mais o aborto cometido até os três meses de vida do feto como crime, o Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, com seus Bispos Auxiliares e Eméritos, vem lamentar tal sentença e reafirmar o valor incondicional e inviolável da vida humana, desde o momento da sua concepção até o seu termino natural, pois ela é um direito fundamental de toda a pessoa humana, razão de ser de todos os outros direitos e base da sociedade.
Recordamos aqui as corajosas palavras de São João Paulo II escritas na sua encíclica Evangelho da vida parágrafo 11:
“Nossa atenção quer concentrar-se, em particular, num outro gênero de atentados relativos a vida nascente e terminal, que apresentam características novas com respeito ao passado e suscitam, o caráter de delito e a assumir, paradoxalmente, o de direito, até ao ponto de pretender com isso um verdadeiro e próprio reconhecimento legal por parte do Estado e a sucessiva execução por meio da intervenção gratuita dos próprios agentes sanitários. Estes atentados golpeiam a vida em situações de máxima precariedade, quando está privada de toda capacidade de defesa.”
Afirmamos também com o Papa Francisco, no seu recente documento Misericórdia et Misera, número 12:
“Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente.”
Nesses momentos de aumento da violência urbana e de guerras em várias partes do mundo, a proclamação, a valorização e a defesa da dignidade da vida humana é uma exigência ética, humanitária e religiosa para cada cidadão brasileiro.
Confiamos ao Coração maternal de Nossa Senhora da Conceição Aparecida a vida de cada brasileiro desde os primeiros meses até os últimos instantes da sua existência.
Rio de Janeiro (RJ), 1º de dezembro de 2016.
Cardeal Orani João Tempesta, O.Cit.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

Dom Roque Costa Souza Bispo
Auxiliar do Rio de Janeiro

Dom Luiz Henrique da Silva Brito
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

Dom Assis Lopes
Bispo Auxiliar Emérito do Rio de Janeiro

Dom Karl Josef Romer
Secretário Emérito do Pontifício Conselho para a Família

Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/5167/nota-em-defesa-da-dignidade-da-vida-humana

Este é o rei dos Judeus – (Lc 23, 38)


Sobre a cabeça de Jesus preso na cruz pendia essa inscrição, ali posta por ordem de Pilatos. Jesus é rei, sim o rei dos reis, mas não apenas dos judeus, mas de toda a humanidade, porém na cruz Jesus viveu mais uma vez a realidade que desde o seu nascimento experimentou: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. (Jo 1, 11).

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Não havia lugar para eles na hospedaria, diz o evangelista (Lc 2,7) e Maria a mãe do Rei dos reis dá a luz a seu filho numa gruta junto de animais, O filho de Deus repousa numa manjedoura, local onde os animais se alimentavam. Os anos passam o menino cresce em estatura, sabedoria e graça (Lc 2,52), ele inicia um vida pública, anuncia o Reino, convida a conversão, faz milagres, mas não tem nem mesmo onde reclinar a cabeça (Mt 8,20).

Que rei estranho é Jesus, Ele não tem palácio, trono, cedro, poder, desde o nascimento rejeitado e aqueles que lhe eram mais próximos, a quem ele chamou de amigos, O abandonam na sua hora mais difícil. E agora do alto da cruz, mais uma vez é renegado, zombado por aqueles para quem Ele veio salvar.

Ao seu lado dois ladrões, um blasfemava, mas o outro reconhece sua indignidade e quem estava ao seu lado. Esse bom ladrão reconheceu que Jesus era rei e por isso dirige sua petição a vossa majestade: “Jesus lembra-te de mim, quando tiveres entrado em teu Reino!” (Lc 23, 42). E do seu trono, que é a cruz, o Rei do Reis concede a esse homem mais do que ele pediu, concede o Reino, o seu Reino: ”Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc 23,46).


Esse é o nosso Rei, pequeno, humilde, servo de todos, seu Reino é a vida eterna, sua glória é fazer a vontade do Pai. Estamos no tempo do advento em que a liturgia da Igreja nos prepara para bem vivermos o natal, Jesus, o Rei, vem como uma criança indefesa e ele deseja nascer em nosso coração, tornemos nosso coração uma manjedoura para o menino Deus, acolhamos o salvador que vem. 

O sentido do Louvor!


Pregação de Alessandra Freitas, Comunidade Remidos no Senhor*, no Encontro de Novas Comunidades 2016

*http://remidosnosenhor.com.br/

YouCat Online - O Sacramento da Ordem



Quem é ordenado recebe o dom do Espírito Santo, que lhe é concedido por Cristo através do bispo e que lhe dá uma autoridade sagrada. 

Ser Sacerdote não implica apenas assumir uma função ou um ministério. Pela ordenação, o ministro ordenado obtém gratuitamente uma certa força e um envio aos seus irmãos na fé. (150, 215, 228, 236) 

Os Sacerdotes da Antiga Aliança encararam a sua missão como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu Povo. Sendo Cristo o único "mediador entre Deus e a humanidade" (1Tm 2, 5), Ele aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e através do chamamento e do envio apostólico de Cristo. [1539-1553, 1592]

Um ministro católico ordenado não celebra os sacramentos por força própria ou por perfeição moral (que ele, frequentemente e infelizmente, não tem), mas in persona Christi. Pela sua ordenação, cresce nele a força de Cristo, que transforma, cura e salva. Porque um ministro ordenado de si nada tem, é acima de tudo um servo. Por isso, o sinal de reconhecimento de um autêntico ministro ordenado é o humilde assombro pela sua própria vocação. (215)

Como filhos amados andai em amor

Deus quer que nós como filhos das novas comunidades, como filhos amados, andemos em amor.

Juan Carlos Ortiz, um pastor evangélico que atuou na época em que nosso papa ainda era um bispo, realizou uma grande obra, sendo muito ecumênico e pregando a união. Ele dizia que as denominações eram questões humanas, pois como cristãos somos todos espiritualmente um único corpo. Valendo-se do texto de Hebreus 5, 12:
“A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido!”
Ele explicava que mesmo o dom de falar em línguas é leite, pois é o dom inicial. Mas por que estou citando isso? Por que na vida em comunidade por vezes vivemos conflitos e desentendimentos, mas ao se dispor a entrar numa comunidade nós assumimos o compromisso de viver uma vida fraterna, uma vida de amor e comunhão.

É preciso aprender na raça
Quando recebi a inspiração para fundar a Comunidade Canção Nova eu não tinha consciência da existência de outras comunidades. Diferente de outros que hoje podem ter contato com várias comunidades, inspirar-se nelas e isso facilita muito as coisas. No entanto aqui nós acabamos por fazer isso “na raça”. Isso nos faz melhores? Não, mas não podemos nos limitar a apenas seguir exemplos, temos que ter personalidade e viver o autentico carisma, pois é ralando que se aprende a ser fraterno, é ralando que se constrói uma identidade como comunidade.

A vivência da vida fraterna

Ingressando numa comunidade cada um abraça conscientemente o compromisso de vida fraterna. Nela todos somos irmãos e nossos relacionamentos devem ser marcados por esta realidade, não precisamos nos chamar de irmãos, mas devemos ser marcados por essa realidade. Com atitude de dialogo aberto e familiar, com amizade fraterna e sinceridade. A primeira coisa é esta: na comunidade precisamos ser amigos.
Amizade é como uma planta, precisa ser cultivada, adubada e regada para que possa sobreviver. Em comunidade precisamos nutrir amizade uns com os outros. Entretanto é importante dizer que dentro da comunidade vamos encontrar pessoas perfeitas e santas. Pessoas não são como balas, doces ao paladar, as quais podemos escolher pelo sabor e pela doçura. Muitas pessoas vivem essa ilusão, e toda ilusão trás decepção, e estas caem na desilusão, se tornam azedas e ácidas.
Outra ilusão é pensar que no ceio da comunidade seremos amados e valorizados do jeito que sempre desejamos, o problema é que diferente disso, na realidade, vai se encontrar pessoas que estão sendo transformadas, na raça, e essas são imperfeitas. As consequências desses enganos é uma sensação de decepção.
O que torna diferentes esses seres humanos falhos e frágeis? A disposição para buscar viver em fraternidade, buscar amar e ser amado. Esse é um processo que demanda tempo, suor e lágrimas. Mas este processo dá grandes frutos, pois ali se põe em comum os dons e qualidades que recebeu de Deus, é a coroa da comunidade.

Sempre dar o melhor de mim e valorizar o que o outro oferece

Devemos sempre dar o melhor de nós! Pois a nossa comunidade merece e nós precisamos dos nossos irmãos. Precisamos sempre dar o melhor de nós e valorizar o que o outro oferece. Cada um se disponha a aceitar o bem que o outro se dispõe a oferecer e dar o seu melhor. Está é uma regra mestra, uma regra de ouro “Hoje mais do que ontem e hoje não mais do que amanhã, por que amanhã eu vou dar mais a minha comunidade!”.
Precisamos sempre ter consciência que aquilo que podemos mudar está em nós, pois mais do que querer mudar os outros, temos que buscar realizar mudança em nós mesmos!
Como diz o refrão da conhecida melodia: “A começar em mim, quebra corações, para que sejamos todos um, como tu és senhor!”.
É importante lembra que a comunidade lida com seres humanos, logo lidamos com pecados e erros. Logo precisamos sempre construir o alicerce do perdão, o alicerce da compreensão e da misericórdia. Sempre lembrando do que disse Jesus a respeito de uma casa cujas bases não são sólidas, na parábola da casa construída sobre a areia. Colocando em prática o que acabamos de dizer, ou seja, começar em nós, nunca tenhamos o orgulho de não ser capazes de pedir perdão. Parece simples, não? Mas temos mais dificuldade muitas vezes em pedir perdão, em receber perdão, do que perdoar.

Volta aos princípios básicos do evangelho

Sei que aquilo que ressaltei parece elementar, mas nossas comunidades muitas vezes sofrem por que não colocamos estas coisas simples em prática! A comunidade sobrevive não quando inexistem os erros e pecados de uns para os outros, mas quando cada um aprende a perdoa setenta vezes sete! Queremos muitas vezes viver uma super-espiritualidade, mas deixamos de lado o básico do evangelho!
É de capital importância que cada um se exercite naquilo que está escrito em Efésios 4, 26: “não se ponha o sol sobre o seu ressentimento”. Buscar a reconciliação, a prática do perdão e da comunhão são questões elementares do evangelho. Lembremo-nos sempre: a reconciliação é um dever meu, não do outro!
Partilha e transparência são elementos chave na realidade da comunidade. São realidades chave na conquista da fraternidade, nas reuniões e nas convivências. Não devemos entulhar nossos corações, devemos sempre limpar-nos, partilhando e sendo transparentes. Essa prática é tão importante quanto a oração! Precisamos buscar do Espirito Santo que ele nos ajude a buscar a prática destes elementos.
Busquemos viver na práticas as coisas básicas do evangelho, o alimento sólido, procurando a vida fraterna e o perdão.

Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: http://eventos.cancaonova.com/pregacoes/como-filhos-amados-andai-em-amor/

YouCat Online - Quais são os sacramentos de serviço à comunhão?


Quem é batizado e confirmado pode também assumir um envio especial, pondo-se ao serviço de Deus. Isso acontece mediante dois sacramentos próprios: a Ordem e o Matrimônio. [1533-1535]

Ambos os sacramentos têm algo em comum: são instituídos para os outros. Ninguém é simplesmente ordenado para si mesmo, como ninguém entra no estado matrimonial apenas para proveito próprio. Os Sacramentos da Ordem e do Matrimônio visam a construção do Povo de Deus, isto é, eles são um canal através do qual Deus faz o amor fluir para o mundo. 
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“Senhor, que eu veja” (Lc 18, 41).

Um cego, que estava sentado à beira do caminho que Jesus fazia rumo a Jericó, ao descobrir que Jesus passava por ali exclama: “Jesus filho de Davi tem piedade de mim!” (Lc 18,38). É severamente repreendido para se calar, no entanto, ele grita ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” (Lc 18, 39).

Resultado de imagemJesus para e manda chamar aquele homem, pergunta o que ele quer que Jesus faça, ele de maneira direta e com muita fé responde: “Senhor que eu veja”. (Lc 18,41). A figura desse cego muito tem a nos ensinar, ele era alguém a beira do caminho, pedia esmolas para sobreviver e quando descobre que Jesus estava próximo não mede esforços para chamar sua atenção, mesmo repreendido não tem vergonha de gritar por Aquele que pode verdadeiramente ajudá-lo. Seu pedido a Jesus é direto e sem rodeios, sem muitas formalidades, ele pede para ver e é atendido, após voltar a enxergar ele segue a Jesus glorificando a Deus.

Também somos cegos que deveriam gritar por Jesus para poder ver, pois por muitas vezes não enxergamos a presença de Deus junto de nós, não visualizamos o caminho de Deus, não percebemos o seu plano amoroso em nossas vidas, preferimos ficar a beira do caminho, pedindo esmolas de amor e nos calando, por vergonha do que os outros vão falar ou pensar, ao invés de gritar por aquele que pode nos dar uma nova e verdadeira visão.

Aprendamos com esse cego de Jericó, gritemos o mais alto possível por aquele que tudo pode, sem se importar com possíveis reprimendas, para que Ele verdadeiramente nos faça ver e assim O sigamos glorificando a Deus com a nossa vida.

YouCat Online - De que forma atua e quem pode ministrar a Unção dos Enfermos?



A  Unção dos Enfermos concede consolação, paz e força, e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento. Na verdade, o Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre o Seu corpo as nossas dores. Em alguns, a Unção dos Enfermos provoca a cura corporal. Se Deus chamar alguém à Sua Casa, Ele concede-lhe, na Unção dos Enfermos, a força para todas as lutas corporais e espirituais no seu último caminho. Em todo caso, a Unção dos Enfermos tem como efeito o perdão dos pecados [1520-1523, 1532]

Muitos doentes têm medo deste Sacramento e adiam-no para o fim, porque pensam tratar-se de uma espécie de "sentença de morte". O contrário é que está certo: a Unção dos Enfermos é uma espécie de "seguro de vida". Quem, como cristão, acompanha um doente deve libertá-lo deste falso temor. A maior parte das pessoas que estão em risco tem a intuição de que nada mais é mportante nesse momento que se apertarem imediatae incondicionalmente Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Jesus, o Salvador.

A presidência da celebração da Unção dos Enfermos está reservada aos bispos e aos presbíteros. É Cristo que, por força da sua ordenação, age através deles. [1516-1530]

YouCat Online - Por que a Igreja deve se interessar especialmente pelos doentes?


Jesus mostra-nos que o Céu sofre quando sofremos. Deus até quer ser reconhecido no "menor dos irmãos" (Mt 25, 40). Por isso, Jesus determinou o cuidado pelos doentes como tarefa central dos Seus discípulos. Ele exortou "Curai os doentes!" (Mt 10, 8) e prometeu-lhes poder divino: "Em Meu nome, expulsarão demônios... Imporão as mãos aos doentes e os doentes ficarão curados." (Mc 16, 17 ss.) [1506, 1510]

Sempre foi uma característica decisiva do Cristianismo estarem no centro os idosos, os doentes e os portadores de deficiência. Madre Teresa, que acolheu os moribundos das valetas de Calcutá, é apenas uma longa cadeia de cristãs e cristãos que efetivamente descobriram Cristo nos que foram excluídos e evitados. Se os cristãos fossem realmente cristãos, sairia deles uma força que cura. A alguns é mesmo dada a possibildade de curar outras pessoas corporalmente, na força do Espírito Santo. (Carisma da cura) 

YouCat Online - Por que Jesus revelou tanto interesse pelos doentes?



Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente o fez onde nos sentimos especialmente ameaçados: na fragilidade da nossa vida, através da doença. Deus quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma, reconhecendo nisso a vinda do Reino de Deus. [1503-1505]

Por vezes, só com a experiência da doença percebemos que, saudáveis ou doentes, precisamos de Deus, mais do que tudo. Não temos vida, a não ser n'Ele. Por isso é que os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial. Já no Novo Testamento eram os doentes que procuravam a proximidade de Jesus; eles procuravam "tocá-lO, pois d'Ele saía uma força que a todos curava" (Lc 6, 19). (91) 

YouCat Online - Que significado tinha a doença no Antigo Testamento?



No Antigo Testamento, a doença foi frequentemente experienciada como uma dura prova, contra a qual se podia rebelar, mas em que se podia reconhecer a mão de Deus. Já com os profetas, emergiu a ideia de que o sofrimento não é apenas uma maldição e nem sempre uma consequência de um pecado pessoal, e que uma pessoa também pode ser para os outros num sofrimento assumido com paciência.

YouCat Online - Um sacerdote pode divulgar algo que soube na confissão?



Não, de maneira alguma. O segredo da Confissão é absoluto. Um Sacerdote seria excomungado ser revelasse a outras pessoas algo algo que tivesse ouvido na Confissão. Nem à polícia o sacerdote pode dizer ou insinuar algo. [1467]

Dificilmente um Sacerdote leva algo mais a sério que o segredo de Confissão. Há sacerdotes que por isso foram torturados e mortos. Portanto, pode falar-se sem reservas e confiar com grande tranquilidade num sacerdote, cuja a única missão nesse momento é ser totalmente o "ouvido de Deus".

Novena de Santa Teresinha



Você também poderá acompanhar a Novena, diariamente, a partir do dia 23/09, em nossa página no Facebook: www.fb.com/comunidadecatolicapequenorebanho


YouCat Online - Há pecados tão graves que nem sequer um presbítero pode absolver?



Há pecados em que o ser humano se afasta totalmente de Deus provocando a excomunhão devido à gravidade do ato. Na circunstância dos pecados que implicam excomunhão, a absolvição só pode ser concedida pelo Bispo ou até, em certos casos, pelo Papa. Em caso de morte, qualquer sacerdote pode absolver de todos os pecados e da excomunhão.

YouCat Online - Podemos nos confessar sem pecado grave?


A Confissão é também o maior dom da cura e de uma crescente união com o Senhor, mesmo que, em sentido estrito, não tenhamos de confessar.

Em Taizé, nos acontecimentos católicos nacionais, nas Jornadas Mundiais da Juventude - por todo o lado se vêem jovens a reconciliar-se com Deus. Os cristãos que levam a sério o seguimento de Jesus procuram a alegria que provém de um radical reinício com Deus. Mesmo os santos confessavam-se regularmente, quando era possível. Eles precisavam disso para crescerem na humildade e no amor, e se deixarem tocar pela Luz de Deus, que cura até o último recanto da alma.

"Não se pode confundia a confissão com a abertura a um irmão. A confissão é prestada ao Senhor do céu e da terra, na presença de uma pessoa encarregada disso."Irmão Roger Schutz.

YouCat Online - Quando e com que frequência se devem confessar os pecados graves?



Os pecados graves devem ser confessados a partir da idade da razão. A Igreja recomenda vivamente fazê-lo uma vez em cada ano. Em todo o caso, devemos confessar-nos antes de receber a Sagrada Comunhão, se houvermos cometido algum pecado grave. [1457]

 
Por "idade da razão" a Igreja entende a idade na qual se atingiu o uso das faculdades racionais e o discernimento entre o bem e o mal.

YouCat Online - Que pecados temos que confessar?


Os pecados graves que forem recordados num exame de consciência pormenorizado e que ainda não foram confessados só podem ser confessados, em circunstâncias normais, numa Confissão individual. [1457]

Certamente existem embaraços quanto à Confissão. Superá-los é já o primeiro passo para se tornar interiormente saudável. Frequentemente ajuda pensar que também o Papa tem de ter coragem para confessar os seus erros e fraquezas a outro sacerdote e, deste modo, a Deus. Só em circunstâncias existenciais graves (como na guerra, num ataque aéreo ou quando um grupo de pessoas se encontra em risco de vida) pode um sacerdote dar a absolvição a um grupo de pessoas, sem que antes tenha feito uma confissão pessoal dos pecados (é a chamada "absolvição geral"). (315-320) 

YouCat Online - Como se constitui a Confissão?


A cada Confissão pertencem o exame de consciência, o arrependimento, o propósito, a confissão e a penitência. [1450-1460, 1490-1492, 1494]

O exame de consciência deve existir fundamentalmente, mas não tem de ser exaustivo. Sem um real arrependimento, isto é, apenas com uma confissão de lábios, ninguém pode ser absolvido do seu pecado. Igualmente imprescindível é o propósito de, no futuro, não mais cometer esse pecado. O penitente tem de expressar o seu pecado diante do confessor incondicionalmente; portanto, tem de confessar disso. Pertence à Confissão, finalmente, a reparação ou penitência, que o confessor ordena ao penitente, para reparar o dano causado.

YouCat Online - O que é a penitência?


A penitência é a reparação de uma injustiça cometida. Ela não deve acontecer apenas na cabeça, mas tem de se exteriorizar em atos de amor e em compromisso a favor dos outros. Também se faz penitência rezando, jejuando e promovendo os pobres espiritual e materialmente. [1434-1439]

A penitência é com frequência entendida falsamente. Ela nada tem a ver com autoflagelação ou escrupulosidade. Não é a cisma de quem acha que é uma péssima pessoa. A penitência liberta-nos e encoraja-nos a recomeçar.

Pressupõe-se, para o perdão dos pecados, que haja um penitente, isto é, a pessoa que se converte, e o sacerdote, que lhe dá a absolvição dos pecados em nome de Deus. [1448]

YouCat Online - O que faz uma pessoa arrependida?



Do exame da culpa pessoal surge o desejo de se melhorar; a isto se chama "arrependimento". A ele chegamos quando reparamos na contradição entre o amor de Deus e o nosso pecado. Então, enchemo-nos de dor pelo nosso pecado, propomo-nos a mudar a nossa vida e depositamos toda a nossa esperança na ajuda de Deus. [140-1433, 1490]

A  realidade do pecado é frequentemente suplantada. Alguns acreditam até que o sentimento de culpa deve ser tratado apenas psicologicamente. No entanto, os autênticos sentimentos de culpa são importantes. É como um automóvel: quando o velocímetro mostra que a velocidade foi excedida, não é o velocímetro que tem a culpa, mas o condutor. Quanto mais perto estivermos de Deus, que é todo luz, tanto mais nítidos se revelam os nossos lados sombrios. Deus, contudo, não é uma luz que queima, mas uma luz que cura, daí que o arrependimento nos impele a caminhar para a Luz em que nos tornamos totalmente saudáveis. (312)

"Depois de cada pecado reconhecido, ressuscitemos! Pecados, nem um instante os deixemos no coração." Santo Cura D'Ars.  

"A penitência é o segundo batismo, o batísmo de lágrimas." São Gregório Nazianzo.

JMJ 2016 - Jovens são esperança para o futuro

Antes de voltar para o Vaticano após a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco encontrou-se com cerca de 20 mil voluntários que trabalharam no evento. A eles, o Santo Padre deixou sua palavra de agradecimento.
Quero agradecer a vocês voluntários, bem feitores. Quero agradecer as horas de oração, porque eu sei que essa Jornada aconteceu devido a muito trabalho e oração. Obrigada aos voluntários que dedicaram seu tempo (…) Obrigada também aos sacerdotes que nos acompanharam. Obrigada as religiosas, aos consagrados, e obrigada a vocês que se envolveram nessa aventura, com a esperança de chegar adiante.”
Eis que o Papa lança uma pergunta aos jovens: “querem ser a esperança para o futuro?”. Ao responder que sim, Francisco afirma que para isso acontecer, é necessária duas condições: a memória de um passado e a coragem do presente.
“Memória do passado das pessoas, da família, de toda a sua história (…) Memória de um caminho andado, memória do que recebi dos meus antepassados. Um jovem desmemoriado não é esperança para o futuro.”
Francisco acrescenta dizendo que se querem ser a esperança do futuro, é necessário conversar com os pais, sobretudo, os avós. “Me prometem que para preparar Panamá, vão falar mais com seus avós? Pergunte-os, pois eles são a sabedoria de um povo. Para fazer esperança, a primeira condição é a memória. Vocês são a esperança para o futuro.”
Após citar a memória, o Santo Padre indica a segunda condição: ter coragem, ser valente!
“Escutamos o testemunho de despedida desse nosso companheiro, que era para estar aqui e não chegou, mas a sua coragem de seguir lutando na pior condição fez esse jovem ser exemplo de esperança para os outros.”
Ao concluir, Francisco frisou: “memória do que passou, coragem e valentia para o hoje.” Após essas palavras, rezou uma Ave-Maria com todos ali presentes e os abençoou.

Fonte: http://papa.cancaonova.com/papa-francisco-diz-que-jovens-sao-esperanca-para-o-futuro/

JMJ 2016 - Angelus com o Papa Francisco

brasão do Papa Francisco
Viagem do Papa Francisco à Polônia – JMJ 2016
Angelus
Campus Misericordiae
Domingo, 31 de julho de 2016
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos e irmãs!
No final desta Celebração, desejo unir-me a todos vós em ação de graças a Deus, Pai de misericórdia infinita, porque nos concedeu viver esta Jornada Mundial da Juventude. Agradeço ao Cardeal Dziwisz e ao Cardeal Rylko, incansáveis trabalhadores nessa jornada, pelas palavras que me dirigiram e sobretudo pelo trabalho e a oração com que prepararam este evento; e agradeço a todos quantos contribuíram para o seu bom êxito. Um «obrigado» imenso digo-o a vós, queridos jovens! Enchestes Cracóvia com o entusiasmo contagiante da vossa fé. São João Paulo II rejubilou do Céu, e ajudar-vos-á a levar por todo o lado a alegria do Evangelho.
Nestes dias, experimentamos a beleza da fraternidade universal em Cristo, centro e esperança da nossa vida. Ouvimos a sua voz, a voz do Bom Pastor, vivo no meio de nós. Falou ao coração de cada um de vós: renovou-vos com o seu amor, fez-vos sentir a luz do seu perdão, a força da sua graça. Fez-vos experimentar a realidade da oração. Foi uma «oxigenação» espiritual, para poderdes viver e caminhar na misericórdia quando voltardes aos vossos países e às vossas comunidades.
Aqui, ao lado do altar, está a imagem da Virgem Maria venerada por São João Paulo II no Santuário de Kalwaria. Nossa Mãe, ensina-nos o modo como pode ser fecunda a experiência vivida aqui na Polônia; diz-nos para fazer como Ela: não perder o dom recebido, mas guardá-lo no coração, para que germine e dê fruto, com a ação do Espírito Santo. Assim, cada um de vós, com as suas limitações e fragilidades, poderá ser testemunha de Cristo no local onde vive, na família, na paróquia, nas associações e nos grupos, nos ambientes de estudo, trabalho, serviço, entretenimento, em todo o lado para onde vos guiar a Providência no vosso caminho.
A Providência de Deus sempre nos precede. Pensai que já decidiu qual será a próxima etapa desta grande peregrinação iniciada em 1985 por São João Paulo II! E, por isso, é com alegria que vos anuncio que a próxima Jornada Mundial da Juventude – depois das duas a nível diocesano – será em 2019, no Panamá. Convido os bispos do Panamá a se aproximarem para dar comigo a benção.
Pela intercessão de Maria, invocamos o Espírito Santo para que ilumine e sustente o caminho dos jovens, na Igreja e no mundo, a fim de serdes discípulos e testemunhas da Misericórdia de Deus.
Rezemos agora juntos a oração do Angelus.

JMJ 2016 - Homilia do Papa Francisco na Missa de envio

brasão do Papa Francisco
Viagem do Papa Francisco à Polônia – JMJ 2016
Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude
Campus Misericordiae

Domingo, 31 de julho de 2016
Boletim da Santa Sé
Queridos jovens, viestes a Cracóvia para encontrar Jesus. E o Evangelho de hoje fala-nos precisamente do encontro entre Jesus e um homem, Zaqueu, em Jericó (cf. Lc 19, 1-10). Aqui, Jesus não Se limita a pregar ou a saudar alguém, mas quer – diz o Evangelista – atravessar a cidade (cf. v. 1). Por outras palavras, Jesus deseja aproximar-Se da vida de cada um, percorrer o nosso caminho até ao fim, para que a sua vida e a nossa se encontrem verdadeiramente.
E assim acontece o encontro mais surpreendente, o encontro com Zaqueu, o chefe dos «publicanos», isto é, dos cobradores de impostos. Zaqueu era, pois, um rico colaborador dos odiados ocupantes romanos; era um explorador do seu povo, alguém que, pela sua má reputação, não podia sequer aproximar-se do Mestre. Mas o encontro com Jesus muda a sua vida, como sucedeu ou pode sucede cada dia com cada um de nós. Entretanto Zaqueu teve de enfrentar alguns obstáculos para encontrar Jesus: pelo menos três, que podem dizer algo também a nós.
O primeiro é a baixa estatura: Zaqueu não conseguia ver o Mestre, porque era pequeno. Também hoje podemos correr o risco de ficar à distância de Jesus, porque não nos sentimos à altura, porque temos uma baixa opinião de nós mesmos. Esta é uma grande tentação, que não tem a ver apenas com a autoestima, mas toca também a fé. Porque a fé diz-nos que somos «filhos de Deus; e, realmente, o somos» (1 Jo 3, 1): fomos criados à sua imagem; Jesus assumiu a nossa humanidade, e o seu coração não se afastará jamais de nós; o Espírito Santo deseja habitar em nós; somos chamados à alegria eterna com Deus. Esta é a nossa «estatura», esta é a nossa identidade espiritual: somos os filhos amados de Deus, sempre. Compreendeis então que não aceitar-se, viver descontentes e pensar de modo negativo significa não reconhecer a nossa identidade mais verdadeira? É como voltar-se para o outro lado enquanto Deus quer pousar o seu olhar sobre mim, é querer apagar o sonho que Ele tem para mim. Deus ama-nos assim como somos, e nenhum pecado, defeito ou erro Lhe fará mudar de ideia. Para Jesus – assim noso mostra o Evangelho –, ninguém é inferior e distante, ninguém é insignificante, mas todos somos prediletos e importantes: tu és importante! E Deus conta contigo por aquilo que és, não pelo que tens: a seus olhos, não vale mesmo nada a roupa que vestes ou o celular que usas; não Lhe importa se andas na moda ou não, importas-Lhe tu. A seus olhos, tu vales; e o teu valor é inestimável.
Quando acontece na vida diminuirmo-nos em vez de nos enobrecermos, pode ajudar-nos esta grande verdade: Deus é fiel em amar-nos, até mesmo obstinado. Ajudar-nos-á pensar que Ele nos ama mais do que nos amamos nós mesmos, que crê em nós mais de quanto acreditamos nós mesmos, que sempre nos apoia como o mais irredutível dos nossos fãs. Sempre nos aguarda com esperança, mesmo quando nos fechamos nas nossas tristezas e dores, remoendo continuamente as injustiças recebidas e o passado. Mas, afeiçoar-nos à tristeza, não é digno da nossa estatura espiritual. Antes pelo contrário; é um vírus que infecta e bloqueia tudo, que fecha todas as portas, que impede de reiniciar a vida, de recomeçar. Deus, por seu lado, é obstinadamente esperançoso: sempre acredita que podemos levantar-nos e não Se resigna a ver-nos apagados e sem alegria. Porque somos sempre os seus filhos amados. Lembremo-nos disto, no início de cada dia. Far-nos-á bem dizê-lo na oração, todas as manhãs: «Senhor, agradeço-Vos porque me amais; fazei-me enamorar da minha vida». Não dos meus defeitos, que hão de ser corrigidos, mas da vida, que é um grande dom: é o tempo para amar e ser amado.
Zaqueu tinha um segundo obstáculo no caminho do encontro com Jesus: a vergonha paralisadora. Podemos imaginar o que se passou no coração de Zaqueu antes de subir àquele sicómoro: terá havido uma grande luta; por um lado, uma curiosidade boa, a de conhecer Jesus; por outro, o risco de fazer triste figura. Zaqueu era uma figura pública; sabia que, tentando subir à árvore, se faria ridículo aos olhos de todos: ele, um líder, um homem de poder. Mas superou a vergonha, porque a atração de Jesus era mais forte. Tereis já experimentado o que acontece quando uma pessoa se nos torna tão fascinante que nos enamoramos: então pode suceder fazermos voluntariamente coisas que de outro modo nunca teríamos feito. Algo semelhante aconteceu no coração de Zaqueu, quando sentiu que Jesus era tão importante que, por Ele, estava pronto a tudo, porque Ele era o único que poderia retirá-lo das areias movediças do pecado e da infelicidade. E assim a vergonha que paralisa não levou a melhor: Zaqueu – diz o Evangelho – «correndo à frente, subiu» e depois, quando Jesus o chamou, «desceu imediatamente» (vv 4.6). Arriscou e colocou-se em jogo. Aqui está também para nós o segredo da alegria: não apagar a boa curiosidade, mas colocar-se em jogo, porque a vida não se deve fechar numa gaveta. Perante Jesus, não se pode ficar sentado à espera de braços cruzados; a Ele que nos dá a vida, não se pode responder com um pensamento ou com uma simples «mensagem».
Queridos jovens, não vos envergonheis de Lhe levar tudo, especialmente as fraquezas, as fadigas e os pecados na Confissão: Ele saberá surpreender-vos com o seu perdão e a sua paz. Não tenhais medo de Lhe dizer «sim» com todo o entusiasmo do coração, de Lhe responder generosamente, de O seguir. Não vos deixeis anestesiar a alma, mas apostai no amor formoso, que requer também a renúncia, e um «não» forte ao doping do sucesso a todo o custo e à droga de pensar só em si mesmo e nas próprias comodidades.
Depois da baixa estatura e da vergonha incapacitante, houve um terceiro obstáculo que Zaqueu teve de enfrentar, não dentro de si mesmo, mas ao seu redor. É a multidão murmuradora, que primeiro o bloqueou e depois criticou-o: Jesus não devia entrar na casa dele, na casa dum pecador. Como é difícil acolher verdadeiramente Jesus! Como é árduo aceitar um «Deus, rico em misericórdia» (Ef 2, 4)! Poderão obstaculizar-vos, procurando fazer-vos crer que Deus é distante, rígido e pouco sensível, bom com os bons e mau com os maus. Ao contrário, o nosso Pai «faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus» (Mt 5, 45) e convida-nos a uma verdadeira coragem: ser mais fortes do que o mal amando a todos, incluindo os inimigos. Poderão rir-se de vós, porque acreditais na força mansa e humilde da misericórdia. Não tenhais medo, mas pensai nas palavras destes dias: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7). Poderão considerar-vos sonhadores, porque acreditais numa humanidade nova, que não aceita o ódio entre os povos, não vê as fronteiras dos países como barreiras e guarda as suas próprias tradições, sem egoísmos nem ressentimentos. Não desanimeis! Com o vosso sorriso e os vossos braços abertos, pregais esperança e sois uma bênção para a única família humana, que aqui tão bem representais.
Naquele dia, a multidão julgou Zaqueu, mediu-o de cima a baixo; mas Jesus fez o contrário: levantou o olhar para ele (v. 5). O olhar de Jesus ultrapassa os defeitos e vê a pessoa; não se detém no mal do passado, mas entrevê o bem no futuro; não se resigna perante os fechamentos, mas procura o caminho da unidade e da comunhão; único no meio de todos, não se detém nas aparências, mas vê o coração. Com este olhar de Jesus, vós podeis fazer crescer outra humanidade, sem esperar louvores, mas buscando o bem por si mesmo, felizes por conservar o coração limpo e lutar pacificamente pela honestidade e a justiça. Não vos detenhais à superfície das coisas e desconfiai das liturgias mundanas do aparecer, da maquiagem da alma para parecer melhor. Em vez disso, instalai bem a conexão mais estável: a de um coração que vê e transmite o bem sem se cansar. E aquela alegria que gratuitamente recebestes de Deus, gratuitamente dai-a (cf. Mt 10, 8), porque muitos esperam por ela e esperam de vocês.
Ouçamos, por fim, as palavras de Jesus a Zaqueu, que parecem ditas de propósito para nós hoje: «Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa» (v. 5). Jesus dirige-te o mesmo convite: «Hoje tenho de ficar em tua casa». A JMJ – poderíamos dizer – começa hoje e continua amanhã, em casa, porque é lá que Jesus te quer encontrar a partir de agora. O Senhor não quer ficar apenas nesta bela cidade ou em belas recordações, mas deseja ir a tua casa, habitar a tua vida de cada dia: o estudo e os primeiros anos de trabalho, as amizades e os afetos, os projetos e os sonhos. Como Lhe agrada que tudo isto seja levado a Ele na oração! Como espera que, entre todos os contatos e os chat de cada dia, esteja em primeiro lugar o fio de ouro da oração! Como deseja que a sua Palavra fale a cada uma das tuas jornadas, que o seu Evangelho se torne teu e seja o teu «navegador» nas estradas da vida!
Ao pedir para ir a tua casa, Jesus – como fez com Zaqueu – chama-te por nome. Jesus nos chama a todos pelo nome. O teu nome é precioso para Ele. O nome de Zaqueu evocava, na linguagem da época, a recordação de Deus. Fiai-vos na recordação de Deus: a sua memória não é um «disco rígido» que grava e armazena todos os nossos dados, mas um coração terno e rico de compaixão, que se alegra em eliminar definitivamente todos os nossos vestígios de mal. Tentemos, também nós agora, imitar a memória fiel de Deus e guardar o bem que recebemos nestes dias. Em silêncio, façamos memória deste encontro, guardemos a recordação da presença de Deus e da sua Palavra, reavivemos em nós a voz de Jesus que nos chama por nome. Assim rezemos em silêncio, fazendo memória, agradecendo ao Senhor que aqui nos quis e encontrou.