No segundo domingo da quaresma a liturgia da palavra nos traz o exemplo de Abrãao de sua obediência. Deus lhe pede Isaac, o filho da promessa, em sacrifício. Abrãao não nega, pronto estava para obedecer esse pedido, porém Deus intervém no momento derradeiro impedindo esse holocausto, providenciando o cordeiro a ser imolado. Esse grande gesto de obediência de Abrãao é fruto de uma vida de renúncia, tiveram momentos em que ele fez pequenas renuncias: saiu de sua terra ( Gn 12, 1), teve que fazer Sara se passar por sua irmã ( Gn 12, 10-20), expulsou seu filho Ismael ( Gn 21, 9-21) . O exemplo de Abrãao nos ensina que para chegarmos a grandes respostas de obediência precisamos passar pelas pequenas renúncias. O sacrifício de Isaac é uma prefiguração de Jesus, daquilo que viveremos na sexta feira da paixão, o filho de Abrãao foi poupado mas Deus não poupa seu filho amado da cruz, que morre por amor a nós para nos salvar.
Conduzidos pelo Amor - Primeiro Domingo da Quaresma
Nesse primeiro domingo da Quaresma, a liturgia nos
convida a nos deixarmos ser conduzidos pelo Espírito Santo até o deserto, tal
como Jesus o foi. Ele nos mostra os seus caminhos e nos ensina as suas veredas
(Sl 24,4). A caminhada quaresmal nos direciona a renuncia, a conversão por isso
tal como nosso senhor também passamos por tentações, mas não podemos nos deixar
abater. Jesus hoje nos ensina a vencer as tentações, permanecendo na obediência
ao Pai e tendo a sua Palavra como alimento.
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Livre Acesso
O Tempo Quaresmal se iniciou e estamos caminhando
provavelmente, com aquele desejo forte de cumprir os propósitos penitenciais e
de oração feitos diante de Deus. Vivendo-os não apenas como práticas religiosas
temporais, mas como uma busca de um profundo relacionamento com o Deus vivo que
nos conduz ao deserto quaresmal para falar ao nosso coração. (Cf Os 2,16).
As
ações quaresmais precisam gerar frutos, é próprio de uma ação de fé gerar amor
a ponto de semeá-lo em outros corações. A pessoa penitente consegue por ação da
graça divina, gerar em si, pouco a pouco, um coração caridoso e orante, que
sabe renunciar-se e tudo faz não por vaidade, mas pelo amor Deus que primeiro o
alcançou.
É tempo de conversão, tempo oportuno de se diminuir e dar
livre acesso ao Senhor para que Ele entre e faça morada. Muitos poderão dizer:
"mas a conversão de deve ser todo dia independente da Quaresma". É
uma fala compreensível, mas não completa. A Santa Mãe Igreja nos ensina a viver
cada Tempo Litúrgico, cada qual com sua beleza, objetivo e riqueza.
O Tempo Litúrgico não são memórias meramente repetidas, pelo
mistério da fé somos chamados a viver em nosso tempo tudo o que Jesus viveu, a
liturgia atualiza o mistério de Cristo, torna-o presente. Viver esse tempo da
salvação é assumir a nossa cruz e completar na carne o que faltou nas tribulações
de Cristo, por Seu corpo que é a Igreja. (conf.
Col1,24).
Que nesse breve tempo, você possa
dar livre acesso ao Senhor, no hoje de sua vida, permitindo que Sua Palavra te
toque. Seja esse um período de dar tudo o que se tem, tempo de
renunciar a si próprio, de fidelidade, obediência a Deus e de amor ao próximo.
Pois a conversão acontece quando Deus tem caminho livre ao nosso coração, quando somos terra boa a semente da palavra.
Conduzidos pelo Amor
“Por isso, agora ainda – oráculo do Senhor –, voltai a mim de
todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto. Rasgai vossos
corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor, vosso Deus, porque ele é bom e
compassivo, longânime e indulgente, pronto a arrepender-se do castigo que
inflige.” (Jl 2,
12-1). Com essa Palavra iniciamos o tempo da Quaresma, tempo em que o Senhor
nos exorta a voltar para Ele de todo o nosso coração; a viver a oração, o jejum
e a esmola; a nos assemelharmos a Jesus, purificando-nos para celebrar o
mistério de sua paixão, morte e ressurreição.
Todos nós pedimos sempre
ao Senhor que nos dê a graça de crescer em intimidade e conhecimento dEle.
Nossas orações são quase sempre pedindo intimidade e conhecimento de Deus,
porque esse é o anseio de nosso coração e também o motivo pelo qual fomos
criados: Deus nos criou para conhecê-lo
e amá-lo. Sabendo deste anseio, o Bom Deus – que continuamente nos dá seus
favores para estarmos com Ele – dá-nos o seu favor de forma especial na Quaresma:
um “tempo favorável” (cf. 2 Cor 6,
2) para estarmos com Ele, sendo conduzidos
pelo Amor. Isso nos mostra o quanto o Bom Deus está atento aos nossos
anseios e necessidades. Sabendo que desejamos e necessitamos conhecê-lo, ter o
nosso coração purificado e convertido, Ele nos conduz à vivência deste tempo.
Por vezes achamos que no
tempo da Quaresma o Senhor nos conduz ao deserto para encontrar com a nossa
perfeição, para encontrar com seres impecáveis. Não. Na Quaresma, o Senhor não
deseja encontrar nada além de nossa humanidade. Ele deseja tocar no barro de
nossa vida e modelá-la conforme a sua imagem, Ele deseja unir a Sua humanidade
à nossa. Além de desejar encontrar a nossa humanidade, nossa pequenez, o Senhor
também deseja encontrar em nós um amor grato, um amor que nos move a dar respostas concretas de gratidão e
fidelidade ao Senhor.
A Quaresma é o tempo de
conversão, sim! Mas uma conversão impulsionada por um coração grato e cheio de
fé, que mantém os olhos no Amor e no Reino que Ele nos mereceu. A Quaresma é o
tempo de gratidão ao Senhor, que mais uma vez olha para os seus pequeninos e
nos estende o Seu favor. Que nós não recebamos a graça de Deus em vão – como
nos exorta São Paulo, em 2 Cor 6, 1. Mas, com fé, respondamos ao Amor que não
se poupou para nos dar a vida. E se nós cairmos, que a graça do perdão e do
recomeço também não seja em vão. “Seja
qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente.” (Fl
3, 16).
Conduzidos pelo Amor - Quarta Feira de Cinzas
Iniciamos hoje,
Quarta-Feira de Cinzas, a Quaresma. Tempo de conversão, tempo de penitência em
preparação para a Santa Páscoa, Ressurreição de Nosso Senhor. Hoje o Espírito
Santo, através desse Tempo Litúrgico, nos leva ao deserto para lá encontrarmos
Jesus e vivermos a radicalidade do Evangelho sendo verdadeiros imitadores de
Cristo mergulhando a fundo nas obras Quaresmais: oração, penitência e caridade.
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