Este é o rei dos Judeus – (Lc 23, 38)


Sobre a cabeça de Jesus preso na cruz pendia essa inscrição, ali posta por ordem de Pilatos. Jesus é rei, sim o rei dos reis, mas não apenas dos judeus, mas de toda a humanidade, porém na cruz Jesus viveu mais uma vez a realidade que desde o seu nascimento experimentou: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. (Jo 1, 11).

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Não havia lugar para eles na hospedaria, diz o evangelista (Lc 2,7) e Maria a mãe do Rei dos reis dá a luz a seu filho numa gruta junto de animais, O filho de Deus repousa numa manjedoura, local onde os animais se alimentavam. Os anos passam o menino cresce em estatura, sabedoria e graça (Lc 2,52), ele inicia um vida pública, anuncia o Reino, convida a conversão, faz milagres, mas não tem nem mesmo onde reclinar a cabeça (Mt 8,20).

Que rei estranho é Jesus, Ele não tem palácio, trono, cedro, poder, desde o nascimento rejeitado e aqueles que lhe eram mais próximos, a quem ele chamou de amigos, O abandonam na sua hora mais difícil. E agora do alto da cruz, mais uma vez é renegado, zombado por aqueles para quem Ele veio salvar.

Ao seu lado dois ladrões, um blasfemava, mas o outro reconhece sua indignidade e quem estava ao seu lado. Esse bom ladrão reconheceu que Jesus era rei e por isso dirige sua petição a vossa majestade: “Jesus lembra-te de mim, quando tiveres entrado em teu Reino!” (Lc 23, 42). E do seu trono, que é a cruz, o Rei do Reis concede a esse homem mais do que ele pediu, concede o Reino, o seu Reino: ”Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc 23,46).


Esse é o nosso Rei, pequeno, humilde, servo de todos, seu Reino é a vida eterna, sua glória é fazer a vontade do Pai. Estamos no tempo do advento em que a liturgia da Igreja nos prepara para bem vivermos o natal, Jesus, o Rei, vem como uma criança indefesa e ele deseja nascer em nosso coração, tornemos nosso coração uma manjedoura para o menino Deus, acolhamos o salvador que vem. 

O sentido do Louvor!


Pregação de Alessandra Freitas, Comunidade Remidos no Senhor*, no Encontro de Novas Comunidades 2016

*http://remidosnosenhor.com.br/

YouCat Online - O Sacramento da Ordem



Quem é ordenado recebe o dom do Espírito Santo, que lhe é concedido por Cristo através do bispo e que lhe dá uma autoridade sagrada. 

Ser Sacerdote não implica apenas assumir uma função ou um ministério. Pela ordenação, o ministro ordenado obtém gratuitamente uma certa força e um envio aos seus irmãos na fé. (150, 215, 228, 236) 

Os Sacerdotes da Antiga Aliança encararam a sua missão como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu Povo. Sendo Cristo o único "mediador entre Deus e a humanidade" (1Tm 2, 5), Ele aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e através do chamamento e do envio apostólico de Cristo. [1539-1553, 1592]

Um ministro católico ordenado não celebra os sacramentos por força própria ou por perfeição moral (que ele, frequentemente e infelizmente, não tem), mas in persona Christi. Pela sua ordenação, cresce nele a força de Cristo, que transforma, cura e salva. Porque um ministro ordenado de si nada tem, é acima de tudo um servo. Por isso, o sinal de reconhecimento de um autêntico ministro ordenado é o humilde assombro pela sua própria vocação. (215)

Como filhos amados andai em amor

Deus quer que nós como filhos das novas comunidades, como filhos amados, andemos em amor.

Juan Carlos Ortiz, um pastor evangélico que atuou na época em que nosso papa ainda era um bispo, realizou uma grande obra, sendo muito ecumênico e pregando a união. Ele dizia que as denominações eram questões humanas, pois como cristãos somos todos espiritualmente um único corpo. Valendo-se do texto de Hebreus 5, 12:
“A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido!”
Ele explicava que mesmo o dom de falar em línguas é leite, pois é o dom inicial. Mas por que estou citando isso? Por que na vida em comunidade por vezes vivemos conflitos e desentendimentos, mas ao se dispor a entrar numa comunidade nós assumimos o compromisso de viver uma vida fraterna, uma vida de amor e comunhão.

É preciso aprender na raça
Quando recebi a inspiração para fundar a Comunidade Canção Nova eu não tinha consciência da existência de outras comunidades. Diferente de outros que hoje podem ter contato com várias comunidades, inspirar-se nelas e isso facilita muito as coisas. No entanto aqui nós acabamos por fazer isso “na raça”. Isso nos faz melhores? Não, mas não podemos nos limitar a apenas seguir exemplos, temos que ter personalidade e viver o autentico carisma, pois é ralando que se aprende a ser fraterno, é ralando que se constrói uma identidade como comunidade.

A vivência da vida fraterna

Ingressando numa comunidade cada um abraça conscientemente o compromisso de vida fraterna. Nela todos somos irmãos e nossos relacionamentos devem ser marcados por esta realidade, não precisamos nos chamar de irmãos, mas devemos ser marcados por essa realidade. Com atitude de dialogo aberto e familiar, com amizade fraterna e sinceridade. A primeira coisa é esta: na comunidade precisamos ser amigos.
Amizade é como uma planta, precisa ser cultivada, adubada e regada para que possa sobreviver. Em comunidade precisamos nutrir amizade uns com os outros. Entretanto é importante dizer que dentro da comunidade vamos encontrar pessoas perfeitas e santas. Pessoas não são como balas, doces ao paladar, as quais podemos escolher pelo sabor e pela doçura. Muitas pessoas vivem essa ilusão, e toda ilusão trás decepção, e estas caem na desilusão, se tornam azedas e ácidas.
Outra ilusão é pensar que no ceio da comunidade seremos amados e valorizados do jeito que sempre desejamos, o problema é que diferente disso, na realidade, vai se encontrar pessoas que estão sendo transformadas, na raça, e essas são imperfeitas. As consequências desses enganos é uma sensação de decepção.
O que torna diferentes esses seres humanos falhos e frágeis? A disposição para buscar viver em fraternidade, buscar amar e ser amado. Esse é um processo que demanda tempo, suor e lágrimas. Mas este processo dá grandes frutos, pois ali se põe em comum os dons e qualidades que recebeu de Deus, é a coroa da comunidade.

Sempre dar o melhor de mim e valorizar o que o outro oferece

Devemos sempre dar o melhor de nós! Pois a nossa comunidade merece e nós precisamos dos nossos irmãos. Precisamos sempre dar o melhor de nós e valorizar o que o outro oferece. Cada um se disponha a aceitar o bem que o outro se dispõe a oferecer e dar o seu melhor. Está é uma regra mestra, uma regra de ouro “Hoje mais do que ontem e hoje não mais do que amanhã, por que amanhã eu vou dar mais a minha comunidade!”.
Precisamos sempre ter consciência que aquilo que podemos mudar está em nós, pois mais do que querer mudar os outros, temos que buscar realizar mudança em nós mesmos!
Como diz o refrão da conhecida melodia: “A começar em mim, quebra corações, para que sejamos todos um, como tu és senhor!”.
É importante lembra que a comunidade lida com seres humanos, logo lidamos com pecados e erros. Logo precisamos sempre construir o alicerce do perdão, o alicerce da compreensão e da misericórdia. Sempre lembrando do que disse Jesus a respeito de uma casa cujas bases não são sólidas, na parábola da casa construída sobre a areia. Colocando em prática o que acabamos de dizer, ou seja, começar em nós, nunca tenhamos o orgulho de não ser capazes de pedir perdão. Parece simples, não? Mas temos mais dificuldade muitas vezes em pedir perdão, em receber perdão, do que perdoar.

Volta aos princípios básicos do evangelho

Sei que aquilo que ressaltei parece elementar, mas nossas comunidades muitas vezes sofrem por que não colocamos estas coisas simples em prática! A comunidade sobrevive não quando inexistem os erros e pecados de uns para os outros, mas quando cada um aprende a perdoa setenta vezes sete! Queremos muitas vezes viver uma super-espiritualidade, mas deixamos de lado o básico do evangelho!
É de capital importância que cada um se exercite naquilo que está escrito em Efésios 4, 26: “não se ponha o sol sobre o seu ressentimento”. Buscar a reconciliação, a prática do perdão e da comunhão são questões elementares do evangelho. Lembremo-nos sempre: a reconciliação é um dever meu, não do outro!
Partilha e transparência são elementos chave na realidade da comunidade. São realidades chave na conquista da fraternidade, nas reuniões e nas convivências. Não devemos entulhar nossos corações, devemos sempre limpar-nos, partilhando e sendo transparentes. Essa prática é tão importante quanto a oração! Precisamos buscar do Espirito Santo que ele nos ajude a buscar a prática destes elementos.
Busquemos viver na práticas as coisas básicas do evangelho, o alimento sólido, procurando a vida fraterna e o perdão.

Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: http://eventos.cancaonova.com/pregacoes/como-filhos-amados-andai-em-amor/

YouCat Online - Quais são os sacramentos de serviço à comunhão?


Quem é batizado e confirmado pode também assumir um envio especial, pondo-se ao serviço de Deus. Isso acontece mediante dois sacramentos próprios: a Ordem e o Matrimônio. [1533-1535]

Ambos os sacramentos têm algo em comum: são instituídos para os outros. Ninguém é simplesmente ordenado para si mesmo, como ninguém entra no estado matrimonial apenas para proveito próprio. Os Sacramentos da Ordem e do Matrimônio visam a construção do Povo de Deus, isto é, eles são um canal através do qual Deus faz o amor fluir para o mundo. 
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“Senhor, que eu veja” (Lc 18, 41).

Um cego, que estava sentado à beira do caminho que Jesus fazia rumo a Jericó, ao descobrir que Jesus passava por ali exclama: “Jesus filho de Davi tem piedade de mim!” (Lc 18,38). É severamente repreendido para se calar, no entanto, ele grita ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” (Lc 18, 39).

Resultado de imagemJesus para e manda chamar aquele homem, pergunta o que ele quer que Jesus faça, ele de maneira direta e com muita fé responde: “Senhor que eu veja”. (Lc 18,41). A figura desse cego muito tem a nos ensinar, ele era alguém a beira do caminho, pedia esmolas para sobreviver e quando descobre que Jesus estava próximo não mede esforços para chamar sua atenção, mesmo repreendido não tem vergonha de gritar por Aquele que pode verdadeiramente ajudá-lo. Seu pedido a Jesus é direto e sem rodeios, sem muitas formalidades, ele pede para ver e é atendido, após voltar a enxergar ele segue a Jesus glorificando a Deus.

Também somos cegos que deveriam gritar por Jesus para poder ver, pois por muitas vezes não enxergamos a presença de Deus junto de nós, não visualizamos o caminho de Deus, não percebemos o seu plano amoroso em nossas vidas, preferimos ficar a beira do caminho, pedindo esmolas de amor e nos calando, por vergonha do que os outros vão falar ou pensar, ao invés de gritar por aquele que pode nos dar uma nova e verdadeira visão.

Aprendamos com esse cego de Jericó, gritemos o mais alto possível por aquele que tudo pode, sem se importar com possíveis reprimendas, para que Ele verdadeiramente nos faça ver e assim O sigamos glorificando a Deus com a nossa vida.

YouCat Online - De que forma atua e quem pode ministrar a Unção dos Enfermos?



A  Unção dos Enfermos concede consolação, paz e força, e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento. Na verdade, o Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre o Seu corpo as nossas dores. Em alguns, a Unção dos Enfermos provoca a cura corporal. Se Deus chamar alguém à Sua Casa, Ele concede-lhe, na Unção dos Enfermos, a força para todas as lutas corporais e espirituais no seu último caminho. Em todo caso, a Unção dos Enfermos tem como efeito o perdão dos pecados [1520-1523, 1532]

Muitos doentes têm medo deste Sacramento e adiam-no para o fim, porque pensam tratar-se de uma espécie de "sentença de morte". O contrário é que está certo: a Unção dos Enfermos é uma espécie de "seguro de vida". Quem, como cristão, acompanha um doente deve libertá-lo deste falso temor. A maior parte das pessoas que estão em risco tem a intuição de que nada mais é mportante nesse momento que se apertarem imediatae incondicionalmente Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Jesus, o Salvador.

A presidência da celebração da Unção dos Enfermos está reservada aos bispos e aos presbíteros. É Cristo que, por força da sua ordenação, age através deles. [1516-1530]