Sobre a cabeça de Jesus
preso na cruz pendia essa inscrição, ali posta por ordem de Pilatos. Jesus é
rei, sim o rei dos reis, mas não apenas dos judeus, mas de toda a humanidade,
porém na cruz Jesus viveu mais uma vez a realidade que desde o seu nascimento
experimentou: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. (Jo 1, 11).
Não havia lugar para eles
na hospedaria, diz o evangelista (Lc 2,7) e Maria a mãe do Rei dos reis dá a
luz a seu filho numa gruta junto de animais, O filho de Deus repousa numa
manjedoura, local onde os animais se alimentavam. Os anos passam o menino
cresce em estatura, sabedoria e graça (Lc 2,52), ele inicia um vida pública,
anuncia o Reino, convida a conversão, faz milagres, mas não tem nem mesmo onde
reclinar a cabeça (Mt 8,20).
Que rei estranho é Jesus,
Ele não tem palácio, trono, cedro, poder, desde o nascimento rejeitado e aqueles
que lhe eram mais próximos, a quem ele chamou de amigos, O abandonam na sua
hora mais difícil. E agora do alto da cruz, mais uma vez é renegado, zombado
por aqueles para quem Ele veio salvar.
Ao seu lado dois ladrões,
um blasfemava, mas o outro reconhece sua indignidade e quem estava ao seu lado.
Esse bom ladrão reconheceu que Jesus era rei e por isso dirige sua petição a vossa
majestade: “Jesus lembra-te de mim, quando tiveres entrado em teu Reino!”
(Lc 23, 42). E do seu trono, que é a cruz, o Rei do Reis concede a esse homem mais
do que ele pediu, concede o Reino, o seu Reino: ”Em verdade te digo: hoje estarás
comigo no paraíso”. (Lc 23,46).
Esse é o nosso Rei,
pequeno, humilde, servo de todos, seu Reino é a vida eterna, sua glória é fazer
a vontade do Pai. Estamos no tempo do advento em que a liturgia da Igreja nos
prepara para bem vivermos o natal, Jesus, o Rei, vem como uma criança indefesa
e ele deseja nascer em nosso coração, tornemos nosso coração uma manjedoura
para o menino Deus, acolhamos o salvador que vem.
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