Os lugares centrais de uma Casa de Deus são o altar com a cruz, o Sacrário, a cadeira do presidente, o ambão, a pia batismal e o confessionário. [1182-1188]
O altar é o ponto central da igreja; sobre ele torna-se presente, na celebração eucarística, a imolação da cruz e a ressurreição de Jesus Cristo; é também a mesa a que está convidado o Povo de Deus. O Sacrário, uma espécie de tesouro sagrado, num local o mais possível digno e destacado da igreja, hospeda o Pão Eucarístico, em que o próprio Senhor está presente; a chamada luz permanente mostra que o sacrário está “habitado”; se está apagada, o Sacrário está vazio. A cadeira (lat. cathedra) do Bispo ou do presbítero, em lugar de destaque, deve dizer que, no fundo, é Cristo que conduz a comunidade. O ambão (gr. anabainein = subir), a estante de leitura da Palavra de Deus, deve permitir reconhecer o valor e a dignidade das leituras bíblicas, que contém a Palavra do Deus vivo. Na pia batismal celebra-se o Batismo e as pias de água benta refrescam-nos a memória de das nossas promessas batismais. O confessionário (ou outro espaço reservado à penitência sacramental) existe para confessar a culpa e receber o perdão.
Com a Sua vitória, Cristo entrou em todos os espaços do mundo. Ele próprio é o verdadeiro “templo”, e a adoração de Deus “em Espírito e em Verdade” (Jo 4, 24) já não está mais ligada a um sítio particular. No entanto, o mundo cristão está marcado por igrejas e sinais sagrados, porque as pessoas precisam de locais concretos para se encontrarem, e de sinais, para se lembrarem da nova realidade. Cada Casa de Deus é uma imagem da Casa Celestial do Pai, para onde caminhamos. [1179-1181, 1197-1198]
Certamente podemos orar em qualquer parte: na floresta, na praia, na cama. Mas porque nós, seres humanos, não somos apenas espirituais, mas temos corpo, precisamos de nos ver, ouvir e sentir, quando nos queremos encontrar, precisamos de um local concreto para sermos “corpo de Cristo”; precisamos de nos ajoelhar quando queremos adorar Deus; precisamos de comer o Pão transformado, onde ele é oferecido. Precisamos nos deslocar corporalmente, quando Ele nos chama; e uma “via-sacra” lembrar-nos-á a quem pertence o mundo e para onde caminhamos.
No dia 8 de dezembro,
solenidade da Imaculada Conceição de Maria, foi inaugurado oficialmente o
Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Mas para bem vivermos este tempo,
precisamos compreender o que é um Jubileu, especialmente um Jubileu
Extraordinário.
Na Sagrada Escritura, no
capítulo 25 do livro do Levítico, encontramos a raiz dos anos jubilares: a
Bíblia nos diz que o ano jubilar dos judeus era como um ano sabático, que
acontecia a cada 50 anos, em que eles descansavam e restituíam a igualdade
entre si, libertando os escravos, perdoando as dívidas, deixando de semear e
tomando como alimento somente o que a terra lhes dava espontaneamente. A Igreja
tomou como influência o jubileu dos judeus, dando, porém, um sentido mais
espiritual. Um Jubileu é, portanto, um tempo especial de graça. Em 1300, foi
convocado pelo Papa Bonifácio VIII o primeiro jubileu, sendo estabelecido
posteriormente que os seguintes jubileus seriam celebrados a cada 25 anos, para
que cada geração pudesse experimentar ao menos um. Os jubileus são celebrados
ordinariamente a cada 25 anos, por isto o Jubileu da Misericórdia, que estamos
vivendo, é chamado “extraordinário”.
O Papa Francisco, em sua
catequese do dia 9 de dezembro, nos explica o motivo deste Jubileu
Extraordinário: “Por que um Jubileu da Misericórdia? O
que significa isto? A Igreja tem necessidade deste momento extraordinário. Não
digo: é bom para a Igreja este momento extraordinário. Digo: a Igreja tem
necessidade deste momento extraordinário” [1]. Para bem viver um Ano Santo, em
especial o que estamos vivendo, a Igreja nos convida a vivência das obras de
misericórdia, ações pelas quais nós vamos em auxílio do próximo nas suas
necessidades, sejam elas corporais ou espirituais; nos dá a graça de ganharmos
indulgências, que são graças especiais que a Igreja concede e que podem ser
aplicadas à remissão dos próprios pecados ou pelas almas do purgatório; e nos convida a viver com mais fervor o jejum,
oração e a caridade na Quaresma.
Neste tempo favorável de graça, em que somos
convidados a experimentar da misericórdia de Deus e nos tornar suas “testemunhas
mais convictas e eficazes” [1], que nós
possamos nos lançar nos ternos braços do Bom Pastor, que nos busca através da
Santa Igreja, e ser para o próximo local de encontro com Sua misericórdia.
Por que um Jubileu da Misericórdia?Esta pergunta guiou a catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (09/12), na Praça S. Pedro.
Um dia depois da abertura da Porta Santa da Basílica de S. Pedro, o Pontífice voltou a se reunir com milhares de fiéis e motivou a convocação deste Ano Jubilar afirmando que a Igreja necessita deste momento extraordinário, enfatizando a palavra "necessidade".
“Na nossa época de profundas mudanças, a Igreja é chamada a oferecer a sua contribuição peculiar, tornando visíveis os sinais da presença e da proximidade de Deus. E o Jubileu é um tempo favorável para todos nós, porque contemplando a Misericórdia Divina, que ultrapassa todo e qualquer limite humano, podemos nos tornar testemunhas mais convictas e eficazes.
Toque suave e doce
Dirigir o olhar a Deus, explicou o Papa, significa concentrar a atenção no conteúdo essencial do Evangelho, isto é, Jesus Cristo. Ele é a misericórdia feita carne. “Este Ano Santo nos é oferecido para experimentar na nossa vida o toque doce e suave do perdão de Deus, a sua presença ao nosso lado e sua proximidade sobretudo nos momentos de maior necessidade.”
Para Francisco, este Jubileu é uma momento privilegiado para que a Igreja aprenda a escolher unicamente “aquilo que mais agrada a Deus”.
E o que é que mais agrada a Deus é perdoar os seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de que possam, por sua vez, usar de misericórdia e perdoar os seus irmãos.
Citando Sto. Ambrósio, o Papa disse que Deus ficou ainda mais satisfeito por ter criado o homem e a mulher porque, assim, tinha a quem perdoar. “A alegria de Deus é perdoar. A essência de Deus é a misericórdia.”
Inclusive a obra de renovação das instituições e das estruturas da Igreja é um meio de experimentar a misericórdia de Deus, afirmou o Papa.
Misericórdia para um mundo mais humano
A misericórdia, acrescentou, pode realmente contribuir para a edificação de um mundo mais humano, especialmente neste nosso tempo, em que o perdão é um hóspede raro nos âmbitos da vida humana.
A quem objeta que haveria coisas mais urgentes do que contemplar a misericórdia de Deus, o Papa responde que na raiz do esquecimento da misericórdia, sempre está o amor próprio, o egoísmo.
No mundo, isso toma a forma de busca exclusiva dos próprios interesses, prazeres e honras, juntamente com a acumulação de riquezas, enquanto na vida dos cristãos aparece muitas vezes sob a forma de hipocrisia e mundanidade.
Estas investidas do amor próprio, que alienam a misericórdia do mundo, são tais e tantas que frequentemente nem sequer somos capazes de as reconhecer como limite e como pecado. Este é o motivo pelo qual é preciso reconhecer que somos pecadores para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina. E ensinou aos fiéis uma “oração fácil”, ao reconhecer diariamente nossa condição de pecadores, devemos implorar a Deus: “Senhor, vem com a tua misericórdia”.
E concluiu:
“Queridos irmãos e irmãs, faço votos de que, neste Ano Santo, cada um de nós faça experiência da misericórdia de Deus. É ingênuo acreditar que isso possa mudar o mundo? Sim, humanamente falando é loucura, mas “o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”
"A
"Liturgia das Horas" é a oração universal e pública da Igreja. Os
textos bíblicos introduzem cada vez mais profundamente o orante no mistério de
Jesus Cristo. Mundialmente e a cada hora é dado a Deus trino o espaço para
transformar gradualmente o orante e o mundo. Oram pela liturgia das Horas não
apenas os SACERDOTES e os monges; muitos cristãos para quem a fé é importante,
juntam a sua voz aos muitos milhares de vozes que por todo o mundo se elevam a
Deus. [1174-1178,1196]"
O domingo é o centro do tempo cristão, pois aos domingos celebramos a ressurreição de Cristo, e cada domingo é uma pequena Páscoa. [1163-1167, 1193]
Quando o domingo é menosprezado ou suprimido, só existem na semana dias de trabalho. O ser humano, que foi criado para alegria, degenera-se em animal trabalhador e pateta consumista. Temos de aprender na Terra a celebrar autenticamente, pois, caso contrário, não sabemos o que fazer no Céu, onde o domingo não tem ocaso. >>> 104 - 107
"O Ano Litúrgico é a sobreposição do percurso do ano normal com os mistérios da vida de Cristo, desde a encarnação até o regresso glorioso. O Ano Litúrgico começa com o Advento (o tempo da espera do Senhor), tem o seu primeiro clímax no tempo do Natal e o segundo, ainda mais alto, na celebração da Paixão, Morte e Ressurreição redentora de Cristo, na Páscoa. O tempo Pascal termina com o Pentecostes (a descida do Espírito Santo sobre a Igreja). O Ano Litúrgico é continuamente interrompido por festas de Maria e dos Santos, nas quais a Igreja exalta a graça de Deus, que conduz a humanidade à salvação. [1158-1173, 1194-1195]
"O Ano Litúrgico com as suas sempre novas atualizações e exposições da vida de Cristo, é a maior obra de arte da humanidade; e Deus mostra-Se favorável a isso, consentindo-o a cada ano e concedendo-o numa luz sempre nova, como se fosse a primeira vez." Jochen Klepper (1906-1942, escritor alemão).
"O Ano Litúrgico que a Igreja celebra começa no primeiro domingo do Advento, tem o seu ponto mais alto na Páscoa e termina na solenidade de Cristo Rei.
"Tal como anualmente celebramos o dia do nosso nascimento ou de casamento, também a LITURGIA celebra, a um ritmo anual, os mais importantes acontecimentos salvífico do cristianismo. Todavia, com uma diferença decisiva: todo o tempo é tempo de Deus. "Memórias" da mensagem e da vida de Jesus são simultaneamente encontros com o Deus vivo. [1163-1165, 1195]"
"O filósofo dinamarquês Sörem Kierkegaard disse uma vez: 'Ou somos contemporâneos de Jesus ou é melhor deixar isso.' Realmente o Ano Litúrgico faz-nos efetivamente, contemporâneos de Jesus. Não porque entramos, com o nosso pensamento ou até todo o nosso ser, no Seu tempo e na Sua vida, mas porque Ele, quando Lhe dou espaço, entra no meu tempo e na minha vida com a Sua presença que cura e perdoa, com a força explosiva da Sua ressurreição."
"A eternidade de Deus não é simplesmente atemporalidade, negação do tempo, mas 'espessura temporal', que se realiza como 'ser com' e ' ser em'. Cardeal Joseph Ratzinger / Bento XVI, em O Espírito da Liturgia.
“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa”
Filipenses 2, 1-2
Vamos aprender com São Paulo os pensamentos para novas comunidades.
Seja unido, um só pensamento. Uma comunidade não pode ter nada de posse, mas que se amam, aí está uma comunidade. Ter o mesmo pensando, deixando o eu, para pensar em nós. Se na comunidade pensamos o eu, haverá divisão na sua comunidade. Deus se encanta com nós mesmo na nossa limitação
Vida fraterna
“Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija- te, e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum. Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” Sofonias 3:14-16 Deus fala não há uma comunidade perfeita, e essa Palavra é atualizada os dias de hoje, Deus estar conosco. Precisamos aceitar o nosso próprio limite. Não importa como você estar, Ele estar no meio de nós.
Gere alegria na sua comunidade. A alegria deixa uma marca, mesmo quando viemos o desafio do dia dia.
Precisamos nos aceitar, aceitar os nossos limites, cuidado com as comparações. Foi na comparação que Caim matou Abel. Não entendemos nossa maior riqueza e a vida fraterna. Para crescermos é preciso cuidar do interno que é a vida fraterna. Precisamos viver alegria de estar juntos. Cada um é responsável pelo irmão, você é o guarda do seu irmão. Se você não cuida do seu irmão, você não cuida do seu carisma. Tenha o mesmo pensamento de Cristo!
Confira um trecho da pregação:
Transcrição e adaptação: Elcka Torres
Adquira esta pregação pelo telefone (12) 3186 – 2600
Frequentemente não conseguimos ocupar todo o nosso tempo; procuramos, então, um passatempo. Na Liturgia, o tempo torna-se denso, porque cada segundo está cheio de sentido. Quando celebramos a Liturgia, compreendemos que Deus santificou o tempo e fez de cada segundo uma porta para a eternidade.
Quando, para louvar a Deus, as palavras não bastam, a música ajuda-nos. [1156-1158, 1191]
Quando nos dirigimos a Deus, fica sempre um resto que não se disse ou não se conseguiu dizer. Aí a música pode substituir-nos. A linguagem converte-se jubilosamente em canto, daí que os anjos cantem. Nas celebrações litúrgicas, a música deve tornar nossa oração mais bela e interior, agarrar profundamente os corações dos presentes e levá-los a Deus, proporcionando-Lhe uma festa de sons.
Sou sou missionário da Comunidade do Pequeno Rebanho, sou casado e tenho dois filhos. Há mais de 20 anos, atuo na Renovação Carismática Católica e vivo o carisma da minha comunidade.
O tema da nossa palestra de hoje é inspirado no livro ‘Cristão de atitude’ escrito pelo padre Mário Bonatti. Ser discípulo de Jesus é ser um cristão de atitude.
Vamos abrir o Evangelho de São Marcos 3,13-14: “Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia”.
Deus nos chama a sermos discípulos e missionários; portanto, vamos juntos repetir: “Jesus Cristo é sempre o mesmo de ontem, hoje e por toda a eternidade”. Devemos perceber que Jesus não mudou e continua chamando os Seus discípulos da mesma forma. Hoje, o Senhor está atualizando o Seu chamado.
Jesus nos diz que passou uma noite orando por nós. Ele fez uma vigília de oração por cada um de nós, para chamar cada um pelo nome. Quando esquecemos esse chamado, corremos o risco de a nossa caminhada perder o ritmo.
Jesus não se enganou a nosso respeito, por isso reservou um momento para orar, junto de Seu Pai, por cada um de nós. Cristo passa para o Pai o nome dos discípulos que Ele quer alcançar com o Seu amor.
Por que o Senhor escolhe Seus discípulos? É simples! Porque nós somos chamados e escolhidos por Ele e Seu amor transborda por cada um de nós.
Sabemos o quanto é ruim não ser escolhido por alguém. Mas quando o Senhor nos escolhe, Ele apaga todas as rejeições que sofremos ao longo da vida. Deus nos quis e nos escolheu.
Ao sermos chamados para ser discípulos de Jesus, nos tornamos seguidores d’Ele. O nosso discipulado serve para recebermos os ensinamentos, aprender, acolher e nos deixarmos transformar por Jesus.
Quando somos escolhidos para ser missionários, Ele deseja que sejamos íntimos d’Ele e sigamos os Seus passos. Jesus não coloca barreiras para estarmos em Sua companhia. Não podemos esfriar o nosso relacionamento com Jesus, esta é a tentação daqueles que já caminham com o Senhor há algum tempo.
Com o passar do tempo, acabamos nos contentando com aquilo que recebemos do Senhor. A intimidade com Jesus precisa ser crescente e relevada para nós. Um verdadeiro discípulo tem uma sede insaciável de “beber” mais de Seu mestre.
Há quanto tempo Deus não o surpreende? Não o deixa de boca aberta com algo que Ele fez na sua vida? Se há muito tempo o Senhor não o surpreende, talvez seja porque você tenha parado no caminho, sem permitir que Ele lhe faça surpresas.
A postura de um discípulo é estar aos pés de Jesus para ouvi-Lo e compreender os Seus ensinamentos. Como queremos ser missionários de Cristo se não temos intimidade com a Palavra de Deus? A Sagrada Escritura não pode ser enfeite na nossa casa, mas precisa ser o Deus se revelando a nós por meio da oração.
Nos dias de hoje, não podemos deixar de ter intimidade com a Palavra. A fé vem por meio das palavras de Deus! Como vamos viver o combate espiritual e vencê-lo se não temos a Palavra de Deus conosco?
Precisamos ouvir a Sagrada Escritura e colocá-la em prática. Não podemos abrir mão de termos a Palavra como a coluna central da nossa casa. Devemos ser homens e mulheres que tenham a Bíblia em mãos, porque sem ela não há discipulado.
Ser cristão de atitude é ser santo! Quanto melhor a nossa qualidade de vida cristã mais perto estaremos da santidade. E ser santo é não desistir da proposta que o Senhor lhe fez.
Não podemos desistir do chamado que o Senhor tem para nós. Mesmos quando caímos é preciso se levantar e voltar a seguir o caminho proposto por Cristo.
Este caminho é de configuração a Cristo, porque o iniciamos no discipulado, mas a nossa meta é sermos como Jesus. A santidade contempla a realidade missionária, porque precisamos ir ao encontro do outro.
Nós temos de evangelizar e fazer da nossa vida uma missão anunciadora! Devemos ter o amor como alicerce principal e não podemos ser egoístas de querer apenas receber as bênçãos, mas sim desejar transbordar o amor de Deus.
Para que precisam também de palavras os sinais sagrados da Liturgia?
Celebrar a Liturgia é encontrar-se com Deus: deixá-lO agir, escutá-lO, responder-Lhe. Tais diálogos exprimem-se por gestos e palavras. [1153-1155, 1190]
Jesus falou às pessoas por sinais e por palavras. O mesmo acontece na Igreja quando o sacerdote mostra os dons e diz: “Isto é o meu corpo. [...] Este é o cálice do Meu sangue. [...]” Só a palavra explicativa de Jesus permite aos sinais tornarem-se sacramentos, sinais que fazem o que significam.
"Eles, [os Serafins] clamavam alternadamente: 'Santo, Santo, Santo é o Senhor do Universo. A Sua glória enche toda a terra!" (Is 6,3).
Deus sabe que nós, humanos, somos seres não apenas espirituais, mas também corporais; precisamos de sinais e de símbolos para conhecer e indicar realidades espirituais ou íntimas. [1145-1152]
Sejam rosas vermelhas, alianças, vestuário negro, grafitos ou o laço vermelho do HIV, expressamos as nossas realidades interiores por meio de sinais e somos imediatamente entendidos. Deus, que Se fez carne, dá-nos sinais humanos em que Ele está vivo e ativo entre nós: o pão e o vinho, a água do Batismo, a unção com o Espírito Santo. A nossa resposta aos sinais sagrados de Deus consiste em sinais de veneração: dobrando o joelho, levantando-nos para ouvir o Evangelho, fazendo uma vênia, juntando as mãos. E, por ocasião de um casamento, enfeitamos o lugar da presença divina com as coisas mais belas: flores, velas e música. No entanto, os sinais precisam, de quando em vez, de palavras explicativas.
"DE JOELHOS: Posição comum diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. Significa adoração a Deus. São Paulo diz: "Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra" (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. "Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar" (At 9,40). "
"A liturgia constitui o âmbito privilegiado onde Deus nos fala no momento presente da nossa vida: fala hoje ao Seu povo que escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura. [...] A celebração litúrgica torna-se uma contínua, plena e eficaz proclamação da Palavra de Deus. (Verbum Domini, nº 52.")
“Serviço Divino” é, acima de tudo, o serviço que Deus nos faz; só depois é o nosso serviço a Deus. Deus oferece-Se a nós nos sinais sagrados, para que façamos o mesmo, ou seja, para que, sem reservas, nos ofereçamos a Ele. [1145-1192]
Jesus está na Palavra e no Sacramento – Deus está presente. Isto é o principal e o mais importante em cada celebração litúrgica. Depois, entramos nós: Jesus imola a Sua vida por nós, para que nos imolemos a Ele espiritualmente. Na Sagrada Eucaristia, Cristo dá-Se a nós, para que nos demos a Ele. Por assim dizer, nós passamos a Cristo um “cheque em branco” sobre a nossa vida. Desta forma, participamos na imolação redentora e transformadora de Cristo. A nossa vida abre-se ao Reino de Deus e Deus pode viver no seio da nossa vida.
Deus é amor. E no Seu amor, sonhou com cada um de nós. Sonhou com cada detalhe do nosso ser, da nossa identidade e nos deu todas as bençãos necessárias para que sejamos santos.
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: Ele nos abençoou com toda benção espiritual, no céu, em Cristo. Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1, 3-4).
Deus nos cumulou com toda sorte de bençãos.
Porque não percebemos o quanto Deus nos abençoa? Porque não vivemos o chamado de amor de Deus para cada um de nós.
Teresinha desde o 4 anos de idade já tinha o desejo de viver o chamado de Deus para ela e já queria fazer sua primeira comunhão. Suas irmãs diziam que ela precisava perder os dentes de leite para que pudesse fazer a primeira comunhão. Sedenta de Deus, ela batia com uma pedrinha nos dentes para que caíssem mais rápido, tal era o seu desejo de viver com Deus.
Os pais de Santa Teresinha, Luís e Zélia Martin tinham um enorme desejo de ser religiosos. Porém, o chamado de amor de Deus para eles é que fossem pais. Eles foram escolhidos por Deus para trazer ao mundo Santa Teresinha, doutora da Igreja, e sua irmãs, que foram todas religiosas.
O chamado de Deus para nós tem um propósito. De que sejamos santos, de que sejamos felizes e que tenhamos a graça da salvação. Quantos de nós ainda não tem o desejo de céu. Quantas vezes nos frustramos porque limitamos a nossa visão às coisas terrenas. Quantas vezes nos afastamos de Deus por causa de nossas tribulações, porque perdemos a visão de que a ressurreição vem depois da cruz.
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8,35).
Ninguém pode nos separar do amor de Deus. Nenhuma tribulação ou dificuldade pode nos separar da graça que é estar nos braços do Pai.
Que o Espírito Santo nos ajude a entender que o caminho do amor para nós é a santidade, é o céu!
É o próprio Cristo Senhor que em todos os eventos
litúrgicos terrenos celebra a LITURGIA cósmica, que envolve anjos e
seres humanos, vivos e falecidos, passado, presente e futuro, o Céu e a Terra.
Os SACERDOTES e os crentes tomam parte de diversos modos na
celebração litúrgica. [1136-1139]
Quando celebramos a LITURGIA, temos de nos
preparar interiormente para o que de grande aí acontece; Cristo está agora aqui
e, com Ele todo o Céu, onde todos estão cheios de alegria inefável e,
simultaneamente, de cuidado amoroso por nós. O último livro da Sagrada
Escritura, o Apocalipse de São João, ilustra com misteriosas imagens essa LITURGIA
celeste, a que juntamos aqui na Terra a nossa voz. (146, 170)
Por isso, com os Anjos e os Santos e todos
os coros celestes, proclamamos a Vossa glória, cantando numa só voz: Santo
" Felizmente, o Bom Deus que enxerga o fundo dos corações, sabe da pureza de minha intenção, e que por nada deste mundo quereria desagradar-lhe. Para com Ele procedia como criança que julga ser-lhe tudo permitido, e considera como próprios os tesouros de seu pai." (Santa Teresinha do Menino Jesus - H.A. 183)
Não. Os Sacramentos agem por força do ato sacramental realizado (ex opere operato), isto é, independentemente da atitude moral ou da orientação espiritual do ministro. Basta ele querer fazer o que a Igreja faz. [1127-1128, 1131]
Em todo caso, os ministros dos Sacramentos devem ser pessoas exemplares. No entanto, não é por causa da Santidade dos seus ministros que os sacramentos se tornam eficazes, mas porque é o próprio Cristo que age por eles. Além disso, Ele tem em conta a nossa liberdade quando recebemos os sacramentos, pelo que ele só têm efeito se nos entregarmos a Cristo.
“Os discípulos partiram e
percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os
lugares”. (Lc 9,6)
Jesus envia seus discípulos para anunciarem o Evangelho, eles
obedientes atendem ao chamado do mestre. Nós também somos discípulos de
Cristo, chamados a anunciar o Reino de Deus, cabe-nos também partir, há um mundo
para ganharmos pra Deus e Ele conta conosco nessa missão. Precisamos tornar
cada vez mais conhecido Jesus Cristo Ele é a luz que deve brilhar sobre o mundo.