Você já conhece o INSTITUTO PARA A JUVENTUDE ?

Com o objetivo de dar sustento e seguimento aos legados da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), será criado o Instituto para a Juventude. Para a escolha de sua identidade visual foi lançado no dia 24 de janeiro umconcurso do logotipo.
A proposta do instituto ainda está em fase de finalização e será apresentada durante o evento “Doe de Coração”, que acontecerá entre 7 e 9 de março em Cachoeira Paulista, na sede da Canção Nova. O evento também pretende arrecadar fundos para saldar os últimos investimentos da JMJ.
O instituto, presidido pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, “é um espaço para ouvir, para discutir as questões da juventude”, explicou padre Márcio Queiroz, vice-presidente da entidade. De acordo com ele, a proposta de criação do instituto surgiu ainda durante os preparativos para a JMJ Rio2013. “Porque o maior legado da JMJ foi a própria Jornada, o trabalho com a juventude”, ressaltou.
O sacerdote explicou que o instituto terá uma vida jurídica própria e manterá o mesmo CNPJ do Instituto Jornada Mundial da Juventude, órgão criado para organizar a JMJ Rio2013. Deverá trabalhar em parceria com o Setor Juventude, que congrega todas as expressões jovens dentro da Igreja no Rio de Janeiro, como pastorais, novas comunidades, renovação carismática e demais ordens religiosas.
Padre Márcio disse ainda que o instituto foi pensado de forma ampla, mas ainda não existe um organograma fechado. A estrutura vai ser desenvolvida a partir das demandas que forem surgindo e das propostas do Setor Juventude. E a primeira demanda, segundo ele, é quitar os últimos investimentos da JMJ Rio2013.
Outros legados da JMJ foram o Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (PAI), que funciona em um dos prédios do Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus (HSF), na Tijuca. O espaço é voltado para o tratamento psiquiátrico, com atenção especial aos dependentes químicos, inclusive de crack. A evangelização da juventude e a sustentabilidade são outros legados.
Doe de coração
O evento “Doe de coração” foi pensado em dezembro, durante reunião que reuniu, na sede da Arquidiocese, algumas expressões católicas, como a Comunidade Canção Nova, o Instituto Santíssima Trindade e o Instituto Evangelizar, além dos veículos de comunicação da própria arquidiocese. A expectativa é de que as emissoras católicas de rádio e TV estejam juntas para a divulgação e transmissão.
A programação, que acontecerá entre os dias 7 e 9 de março, contará com shows e momentos de adoração, louvor, pregações, palestras e testemunhos. Já confirmaram presença os artistas católicos: Adriana, Banda Dominus, Ítalo Villar, Vida Reluz, Diego Fernandes, Eugênio Jorge, Olívia Ferreira e padre Omar.
Durante o evento, as doações para a JMJ Rio2013 poderão ser feitas pelo site ou por um call center 24 horas.
Concurso da logo
O concurso do logotipo que irá definir a identidade visual do Instituto para a Juventude receberá inscrições até 28 de fevereiro. O edital, o formulário e o regulamento do concurso podem ser acessados na página oficial da entidade: www.ijuventude.org, ou na página do Facebook (/iJuventude). A arte escolhida será anunciada, oficialmente, durante o evento “Doe de Coração”.
Para mais informações e/ou dúvidas, envie um email para concurso@ijuventude.com.

SERVIÇO
e-mail: concurso@ijuventude.com


YouCat Online - Jesus operou mesmo milagres?





Jesus operou realmente milagres, tal como os -> APÓSTOLOS. Os autores neotestamentários referem-se a ocorrências reais. [547-550]

Já as fontes mais antigas noticiam que os inúmeros milagres confirmam o anúncio de Jesus: «Se, porém, expulso os demónios pelo Espírito de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.» (Mt 12,28) Os milagres ocorriam em espaços públicos; por vezes, é referida a identidade das pessoas em questão, como o cego Bartimeu (Mc 10,46-52) ou a sogra de Pedro (Mt 8,14 ss.). Alguns milagres eram considerados chocantes sacrilégios para o ambiente judaico (como a cura do paralítico ao -> SÁBADO e a cura de leprosos), mas não foram negados pelo judaísmo desse tempo.

Um milagre não ocorre contra a Natureza, mas contra o nosso conhecimento da Natureza. Santo Agostinho



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Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais
Boletim da Santa Sé

“Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.
Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.
Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.
FRANCISCUS

Grupo de Oração e Partilha no Aprisco


Catequese com o Papa Francisco – 22/01/14

Catequese com o Papa Francisco - 22/01/14
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmão e irmãs,
Sábado passado iniciou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se concluirá sábado próximo, festa da conversão de São Paulo apóstolo. Esta iniciativa espiritual, mais do que nunca preciosa, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os batizados, segundo a vontade de Cristo: “que todos sejam um” (Jo 17, 21). Todos os anos, um grupo ecumênico de uma região do mundo, sob a condução do Conselho Ecumênico das Igrejas e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sugere um tema e prepara subsídios para a Semana de Oração. Este ano, tais subsídios são provenientes das Igrejas e comunidades eclesiais do Canadá, e fazem referência à pergunta dirigida por Paulo aos cristãos de Corinto: “Então estaria Cristo dividido?” (1 Cor 1, 13).
Certamente Cristo não está dividido. Mas devemos reconhecer sinceramente e com dor que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são um escândalo. As divisões entre nós cristãos são um escândalo. Não há outra palavra: um escândalo. “Cada um de vós – escrevia o apóstolo – diz: “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, “E eu de Cefas”, “E eu de Cristo”” (1, 12). Mesmo aqueles que professavam Cristo como seu líder não são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para separar-se dos outros dentro da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para dividir-nos. O Batismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão que temos em comum. As divisões, em vez disso, enfraquecem a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e arriscam esvaziar a Cruz do seu poder (cfr 1,17).
Paulo repreende os coríntios pelas suas disputas, mas também dá graças ao Senhor “por causa da graça de Deus que vos foi dada em Cristo Jesus, porque Nele fostes enriquecidos de todos os dons, aqueles da palavra e aqueles do conhecimento” (1, 4-5). Estas palavras de Paulo não são uma simples formalidade, mas o sinal que ele vê antes de tudo – e disto se alegra sinceramente – os dons feitos por Deus à comunidade. Esta atitude do Apóstolo é um encorajamento para nós e para cada comunidade cristã a reconhecer com alegria os dons de Deus presentes nas outras comunidades. Apesar do sofrimento das divisões, que infelizmente ainda permanecem, acolhemos as palavras de Paulo como um convite a alegrar-nos sinceramente pelas graças concedidas por Deus a outros cristãos. Temos o mesmo Batismo, o mesmo Espírito Santo que nos deu a Graça: reconheçamos isso e nos alegremos.
É belo reconhecer a graça com a qual Deus nos abençoa e, ainda mais, encontrar nos outros cristãos algo de que necessitamos, algo que podemos receber como um dom dos nossos irmãos e irmãs. O grupo canadense que preparou os subsídios desta Semana de Oração não convidou as comunidades a pensarem naquilo que poderiam dar a seus vizinhos cristãos, mas os exortou a encontrar-se para entender aquilo que todos podem receber de tempos em tempos dos outros. Isso requer algo a mais. Requer muita oração, requer humildade, requer reflexão e contínua conversão. Sigamos adiante neste caminho, rezando pela unidade dos cristãos, para que este escândalo seja exterminado e não esteja mais entre nós.

Catequese Papa Francisco, 15/01/14 - Sacramentos: O Batismo

Catequese com o Papa Francisco - 15/01/14CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia.
Quarta-feira passada iniciamos um breve ciclo de catequeses sobre os Sacramentos, começando pelo Batismo. E sobre o Batismo gostaria de concentrar-me ainda hoje, para destacar um fruto muito importante deste Sacramento: esse nos torna membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. São Tomás de Aquino afirma que quem recebe o Batismo é incorporado a Cristo quase como seu próprio membro e é agregado à comunidade dos fiéis (cfr Summa Theologiae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), isso é, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, nós dizemos hoje que o Batismo nos faz entrar no Povo de Deus, nos torna membros de um Povo em caminho, um Povo peregrino na história.
De fato, como de geração em geração se transmite a vida, assim também de geração em geração, através do renascimento na fonte batismal, transmite-se a graça, e com esta graça o Povo cristão caminha no tempo, como um rio que irriga a terra e difunde no mundo a benção de Deus. Do momento em que Jesus disse o que escutamos no Evangelho, os discípulos foram batizar; e daquele tempo até hoje há uma sequência na transmissão da fé mediante o Batismo. E cada um de nós é um elo dessa sequência: um passo adiante, sempre; como um rio que irriga. Assim é a graça de Deus e assim é a nossa fé, que devemos transmitir aos nossos filhos, transmitir às crianças, para que essas, uma vez adultas, possam transmiti-la a seus filhos. Assim é o Batismo. Por que? Porque o Batismo nos faz entrar neste Povo de Deus que transmite a fé. Isto é muito importante. Um Povo de Deus que caminha e transmite a fé.
Em virtude do Batismo, nós nos tornamos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho no mundo (cfr Exort. ap. Evangelii gaudium, 120). “Cada batizado, qualquer que seja a sua função na Igreja e o grau de instrução da sua fé é um sujeito ativo de evangelização… A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo” (ibid) de todos, de todos o povo de Deus, um novo protagonismo de cada um dos batizados. O Povo de Deus é um Povo discípulo – porque recebe a fé – e missionário – porque transmite a fé. E isto faz o Batismo em nós. Doa-nos a Graça e transmite a fé. Todos na Igreja somos discípulos, e o somos sempre, para toda a vida; e todos somos missionários, cada um no lugar que o Senhor lhes atribuiu. Todos: o menor é também missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas alguém de vocês vai dizer: “Os bispos não são discípulos, os bispos sabem tudo; o Papa sabe tudo, não é discípulo”. Não, mesmos os bispos e o Papa devem ser discípulos, porque se não são discípulos não fazem o bem, não podem ser missionários, não podem transmitir a fé. Todos somos discípulos e missionários.
Existe uma ligação indissolúvel entre a dimensão mística e aquela missionária da vocação cristã, ambas enraizadas no Batismo. “Recebendo a fé e o Batismo, nós cristãos acolhemos a ação do Espírito Santo que conduz a confessar Jesus Cristo como Filho de Deus e a chamar Deus ‘Abba’, Pai. Todos os batizados e as batizadas…somos chamados a viver e transmitir a comunhão com a Trindade, porque a evangelização é um apelo à participação na comunhão trinitária” (Documento final de Aparecida, n. 157).
Ninguém se salva sozinho. Somos comunidade de crentes, somos Povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de partilhar a experiência de um amor que precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para sermos “canais” da graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e dos nossos pecados. A dimensão comunitária não é só uma “moldura”, um “contorno”, mas é parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização. A fé cristã nasce e vive na Igreja e no Batismo as famílias e as paróquias celebram a incorporação de um novo membro a Cristo e ao seu corpo que é a Igreja (cfr ibid.; n. 175b).
A propósito da importância do Batismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã do Japão. Essa sofreu uma dura perseguição no início do século XVII. Foram numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis foram mortos.  Não permaneceu no Japão nenhum padre, todos foram expulsos. Então a comunidade se retirou na clandestinidade, conservando a fé e a oração em reclusão. E quando nascia uma criança, o pai ou a mão a batizavam, porque todos os fiéis podem batizar em particulares circunstâncias. Quando, depois de dois séculos e meio, 250 anos depois, os missionários retornaram ao Japão, milhares de cristãos saíram da clandestinidade e a Igreja pôde reflorescer. Tinham sobrevivido com a graça de seu Batismo! Isto é grandioso: o Povo de Deus transmite a fé, batiza os seus filhos e segue adiante. E mantiveram, mesmo em segredo, um forte espírito comunitário, porque o Batismo os tornou um só corpo em Cristo: foram isolados e escondidos, mas foram sempre membros do Povo de Deus, membros da Igreja. Podemos aprender tanto com esta história! Obrigado.

A história de uma alma


Santa Teresinha do Menino Jesus é um fenômeno espiritual extraordinário que abalou a França e a história da Igreja. Nascida em 2 de janeiro de 1873, em Alençon, ela experimentou o amor de Deus em sua vida desde muito pequena, por meio de seus pais, os bem-aventurados Luís Martin e Zélia Guérin. Desejosa de entregar-se totalmente a Deus, Teresa abraçou a vida religiosa e foi ali, no Carmelo de Lisieux, que ela escreveu a doutrina espiritual de sua "pequena via" e passou pela derradeira paixão de sua vida – uma tuberculose, que a levou muito cedo, em 30 de setembro de 1897.
Em um colóquio de despedida com Madre Inês de Jesus, em 17 de julho de 1897, Santa Teresinha confidenciava: "Passarei o meu Céu fazendo o bem sobre a Terra"01. Com efeito, tão logo ela morreu, começaram a aparecer milagres operados por sua intercessão. Teresinha foi vista em vários lugares do mundo, aparecendo inclusive para soldados nas trincheiras, durante a Primeira Guerra Mundial. Sua fama espalhou-se e começou a popularizar-se a famosa "novena das rosas", durante a qual as pessoas relatavam ter recebido rosas como sinal da proteção de Teresinha. O Carmelo de Lisieux não sabia mais o que fazer com tantas cartas: chegava-se a receber 500 por dia!

Enfim, no ano de 1925, o Papa Pio XI, reconhecendo a notável força de sua devoção02, canonizou Santa Teresinha do Menino Jesus, declarando-a, depois, padroeira das missões, ao lado de São Francisco Xavier, e padroeira da França, ao lado de Santa Joana d'Arc. Na homilia por ocasião de sua canonização, comentando o trecho do Evangelho que diz que "se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus"03, ele disse:

"Teresa, a nova Santa, tendo absorvido fortemente esta doutrina evangélica, traduziu-a na prática da vida cotidiana: de fato, com a palavra e com o exemplo, ensinou às noviças do seu mosteiro esta via da infância espiritual, e a todos os outros por meio dos seus escritos: escritos que, difundidos em todo o mundo, ninguém lê sem querer reler mais e mais vezes, com alegria máxima para a alma e com fruto. Na verdade, esta puríssima menina, que floresceu no horto recluso do Carmelo, tendo acrescentado ao próprio nome o do Menino Jesus, expressou em si mesma a sua imagem, de modo que se diga que quem venera Teresa, venera e louva o divino exemplo que ela copiou em si mesma."

"Hoje, portanto, esperamos que nas almas dos fiéis se estabeleça o firme propósito de pôr em prática esta infância espiritual, a qual consiste nisto: que tudo o que a criança pensa e faz por natureza, também nós o pensemos e façamos pelo exercício da virtude. De fato, como as crianças, não manchadas por nenhuma culpa e desimpedidas de qualquer esforço de paixão, repousando seguras na posse da própria inocência, e livres de todo engano e falsidade, exprimem sinceramente seus pensamentos e agem retamente de acordo com o que são de fato, Teresa mostrou-se mais angélica que humana e alcançou a simplicidade de uma criança, segundo a lei da verdade e da justiça."
"Na memória da virgem de Lisieux estavam bem impressos o convite e as promessas do divino Esposo: 'Quem é pequeno venha a mim' (Pr 9, 4); 'Seus filhinhos serão carregados ao colo, e acariciados no regaço. Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados' (Is 66, 12-13). Assim, Teresa, consciente de sua própria fragilidade, entregou-se confiante à divina Providência, a fim de que, apoiando-se exclusivamente em Sua ajuda, pudesse alcançar a perfeita santidade de vida, mesmo através de grandes dificuldades, tendo decidido chegar a ela com a total e alegre abdicação da própria vontade."
"Não surpreende, então, que nesta santa religiosa se tenha realizado o que disse Cristo: 'Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus' (Mt 18, 4). De fato, aprouve à benevolência divina enriquecê-la com o dom de uma sabedoria quase singular. Tendo atingido largamente a verdadeira doutrina da fé por meio da instrução do Catecismo, a ascética, do áureo livro da Imitação de Cristo e a mística, dos livros de São João da Cruz, alimentando também sua mente e seu coração com a assídua leitura das Sagradas Escrituras, o Espírito de verdade lhe comunicou e manifestou o que coube esconder 'aos sábios e entendidos' e revelar 'aos pequeninos'. De fato, ela – segundo o testemunho do nosso Predecessor – foi dotada de tal ciência das coisas celestes a ponto de indicar aos outros a via correta da salvação. E esta participação abundante na divina luz e na divina graça acendeu em Teresa um incêndio tão grande de caridade que, portando-a continuamente quase fora do corpo, por fim, a consumou, de modo que, pouco antes de deixar a vida, pôde candidamente declarar que 'não havia dado a Deus nada mais do que amor'. Segue-se também que, por essa força de ardente caridade, na jovem de Lisieux, existiram o propósito e o empenho 'de trabalhar por amor de Jesus, unicamente para agradar e consolar o seu Sacratíssimo Coração e para promover a salvação eterna das almas, para que pudessem amar a Cristo para sempre'. Que ela tenha começado a fazê-lo e obtê-lo tão logo chegou à Pátria Celeste se percebe facilmente vendo que essa mística chuva de rosas, que ela tinha ingenuamente prometido enquanto viva, tenha se propagado e continue a se propagar sobre a terra, por concessão divina."04

O Brasil tem a honra de ser pioneiro na veneração da memória de Santa Teresinha. De fato, o português foi uma das primeiras línguas a que a obra "História de uma alma" foi traduzida. Muitos santuários, basílicas e igrejas foram dedicados a ela em solo brasileiro. A urna que serve de depósito para os seus restos mortais é mais uma expressão da generosidade de fiéis brasileiros, que a doaram para a França. Não sem motivo esta urna é chamada pelos franceses la châsse du Brésil ("a caixa do Brasil").
Em 1997, no centenário do nascimento de Teresa para o Céu, quando sua devoção na Igreja já estava consolidada, o bem-aventurado João Paulo II proclamou Santa Teresinha do Menino Jesus doutora da Igreja. Na ocasião, o Papa sublinhava o aspecto extraordinário daquele evento:
"A ninguém passa despercebido (...) que hoje está a realizar-se algo de surpreendente. Santa Teresa de Lisieux não pôde frequentar uma Universidade e nem sequer os estudos sistemáticos. Morreu jovem: entretanto, a partir de hoje será honrada como Doutora da Igreja, qualificado reconhecimento que a eleva na consideração da inteira comunidade cristã, muito para além de quanto possa fazê-lo um 'título académico'."
"Com efeito, quando o Magistério proclama alguém Doutor da Igreja, tem em vista indicar a todos os fiéis, e de modo especial a quantos na Igreja prestam o fundamental serviço da pregação ou exercem a delicada tarefa da investigação e do ensino teológico, que a doutrina professada e proclamada por uma determinada pessoa pode ser um ponto de referência, não só porque está em conformidade com a verdade revelada, mas também porque traz nova luz acerca dos mistérios da fé, uma compreensão mais profunda do mistério de Cristo."
(...)
"Entre os 'Doutores da Igreja', Teresa do Menino Jesus e da Santa Face é a mais jovem, mas o seu ardente itinerário espiritual demonstra muita maturidade, e as intuições da fé expressas nos seus escritos são tão vastas e profundas, que a tornam digna de ser posta entre os grandes mestres espirituais."05

A grandeza da doutrina de Santa Teresinha, que fez o beato João Paulo II chamá-la de "mestra da fé e da vida cristã"06, manifesta-se de modo especial na conhecida obra "História de uma alma".

É particularmente no conhecido "Manuscrito B" deste livro, uma carta escrita a seu punho à Irmã Maria do Sagrado Coração, que está compendiada a sua doutrina espiritual. Esta, por sua vez, resume-se em uma palavra: o amor. Quem lê sobre a vida de Teresa, nota que aquilo que ela ensinava às suas noviças e às suas irmãs não consistia nem na realização de penitências heroicas nem em um método de oração específico. Embora tenha recebido alguns dons místicos, como o da transverberação07, ela não recebeu carismas gratia gratis data08. Para Teresinha, todo o caminho da santidade resumia-se ao amor.
Este consistia, em primeiro lugar, em esquecer-se de si mesma, voltando-se totalmente a Jesus, em uma gratidão imensa pelo amor que Ele manifestava a ela. Em um de seus escritos, ela conta que, enquanto rezava, lhe veio um pensamento de que no inferno ninguém amava a Jesus, nada que vinha do inferno agradava ao Seu coração. Ela, então, dentro do que chama de "loucura", diz que gostaria de ir ao inferno para, de lá, louvar a Deus.
É famosa a passagem da carta à sua irmã Maria em que ela compreende que o amor tudo faz:
"Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja, que se o Amor se extinguisse, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue..... Compreendi que o AMOR ENCERRAVA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR ERA TUDO, QUE ELE ABRANGE TODOS OS TEMPOS E TODOS OS LUGARES... NUMA PALAVRA QUE ELE É ETERNO!..........."
"Então no excesso de minha alegria delirante, exclamei: Ó Jesus, meu Amor..... minha Vocação, enfim eu a encontrei, MINHA VOCAÇÃO É O AMOR!...."
"Sim encontrei meu lugar na Igreja e esse lugar, ó meu Deus, foste tu que mo deste.... no Coração da Igreja, Madre, eu serei o Amor... assim serei tudo.... assim meu sonho será realizado!!!...."09

Para entender o que Teresa quer dizer com amor, é importante olhar para a teologia da caridade: existem um amor natural e um amor sobrenatural. Um amor natural pode ser virtuoso, mas também pode ser abusado: pode transformar-se em luxúria, em apego, em obsessão possessiva. O amor sobrenatural (agape), ao contrário, é uma virtude com um único objeto formal. De fato, a caridade pode ter inúmeros objetos materiais – pode-se amar a Deus, a si mesmo ou ao próximo –, mas o seu objeto formal é Deus apenas. Quando se tem amor sobrenatural, ama-se a Deus, mas não pelo temor do inferno ou pela recompensa do Céu, senão por Ele mesmo. É como diz um famoso soneto atribuído a São João de Ávila: "No me mueve, mi Dios, para quererte / el cielo que me tienes prometido; / ni me mueve el infierno tan temido / para dejar por eso de ofenderte. / Tú me mueves, señor; muéveme el verte / clavado en una cruz y escarnecido; / muéveme ver tu cuerpo tan herido; / muévenme tus afrentas y tu muerte. – Não me move, meu Deus, para querer-te / o Céu que me tens prometido; / nem me move o inferno tão temido / para deixar por isso de ofender-te. / Tu me moves, senhor; move-me o ver-te / cravado em uma cruz e escarnecido; / move-me ver teu corpo tão ferido; / movem-me tuas afrontas e tua morte."10

Santa Teresinha amava a Deus de forma muito simples. Ela fazia com que tudo no seu dia a dia se transformasse em amor. Em um dia de calor, por exemplo, não enxugava o suor do seu rosto, em sinal de mortificação, porque Jesus tinha sangue na face quando era crucificado. Ela realizava pequenas penitências com um amor grandioso: fazia as coisas ordinárias com uma caridade extraordinária. E, assim, transformando tudo em um grande ato de amor, ela conseguiu, heroicamente, passar por uma tuberculose, a última paixão de sua vida.
A sua conhecida "pequena via" consiste, pois, em fazer as coisas do dia a dia com verdadeiro amor sobrenatural. "A sua mensagem (...) não é senão a via evangélica da santidade para todos"11, a "vocação de todos à santidade na Igreja"12, que o Concílio Vaticano II proclamou com grande ênfase. Se, olhando para a vida de alguns santos, que Teresinha chama por vezes de "águias", a santidade parece-nos um caminho íngreme e inalcançável, a "pequena via" oferece um caminho às almas mais pequeninas – une légion de petites âmes.
Este amor que Teresa nutria para com Deus também se concretizava no amor ao próximo. Pode parecer surpreendente, mas ela só foi compreender de modo profundo o que era o amor ao próximo no seu último ano de vida, conforme escreveu:
"Neste ano, Madre querida, Deus me deu a graça de compreender o que é a caridade; eu o compreendia antes, é verdade, mas de uma maneira imperfeita, não tinha aprofundado esta parábola de Jesus: 'O segundo mandamento é SEMELHANTE ao primeiro: Amarás teu próximo como a ti mesmo.' Eu me aplicava sobretudo a amar a Deus e é amando-o que compreendi que não era preciso que meu amor se traduzisse somente por palavras, pois 'Não são aqueles que dizem Senhor, Senhor! Que entrarão no reino dos Céus, mas aqueles que fazem a vontade de Deus'." (...)
"Como Jesus amou seus discípulos e por que os amou? Ah! não eram suas qualidades naturais que podiam atraí-lo, havia entre eles e Ele uma distância infinita, Ele era a ciência, a Sabedoria Eterna, eles eram pobres pecadores ignorantes e cheios de pensamentos terrestres. Entretanto, Jesus os chama seus amigos, seus irmãos."
(...)
"Madre bem-amada, ao meditar essas palavras de Jesus, compreendi quanto meu amor por minhas irmãs era imperfeito, vi que não as amava como Deus as ama. Ah! compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se espantar com sua fraqueza, em edificar-se com os menores atos de virtudes que se vê sendo praticados, mas sobretudo compreendo que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: Ninguém, disse Jesus, acende uma lamparina para pô-la debaixo do alqueire, mas se põe no candelabro, a fim de que ilumine TODOS os que estão na casa. Parece-me que a lamparina representa a caridade que deve iluminar, alegrar, não somente os que me são os mais caros, mas TODOS os que estão na casa, sem excetuar ninguém."13
Teresa conta, mais adiante, como começou a colocar em prática esta caridade cuja profundeza tinha compreendido melhor:
"Encontra-se na comunidade uma irmã que tem o talento de me desagradar em todas as coisas, suas maneiras, suas palavras, seu caráter me pareciam muito desagradáveis, no entanto é uma santa religiosa que deve ser muito agradável a Deus, por isso não querendo ceder à antipatia natural que sentia, disse a mim que a caridade não devia consistir nos sentimentos, mas nas obras; então / apliquei-me a fazer por essa irmã o que teria feito para a pessoa que mais amo. (...) Um dia, na recreação, ela me disse mais ou menos estas palavras com um ar muito contente: 'Poderíeis dizer-me, Ir. Teresa do Menino Jesus, o que vos atrai tanto para mim, a cada vez que me olhais, vos vejo sorrir?' Ah! o que me atraía, era Jesus escondido no fundo de sua alma... Jesus que torna doce o que há de mais amargo..."14
O bem maior que Teresinha quer fazer a seus devotos, mais que os milagres alcançados por sua intercessão, é ensinar-lhes o caminho da santidade. Então, vamos, com coragem, trilhar este caminho, junto com a pequena Teresa.

ASSISTA AO VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=rDTw-pVg-Qk

Fonte: http://padrepauloricardo.org/episodios/a-historia-de-uma-alma

YouCat Online - A quem promete Jesus o Reino de Deus



«Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.» (1Tm 2,4) O "Reino de Deus" começa com aqueles que se deixam transformar pelo amor de Deus. Segundo a experiência de Jesus, isso acontece sobretudo com os pobres e os pequenos. [541-546, 567}

Há mesmo pessoas afastadas da Igreja que consideram Jesus fascinante por Ele se ter dirigido primeiro aos socialmente excluídos, numa espécie de amor preferencial. No Sermão da Montanha, são os pobres e os aflitos, as vítimas da perseguição e da violência, todos os que procuram Deus de coração puro, todos os que buscam a Sua misericórdia, a justiça e a paz... que têm acesso prioritário ao Reino de Deus. Especialmente convidados são os pecadores: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.» (Mc 2,17)

Jesus disse: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-Me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor.» Lc 4,18

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Catequese Papa Francisco - O Batismo

Catequese com o Papa Francisco - 08/01/14CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje iniciamos uma série de catequeses sobre Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Batismo. Por uma feliz coincidência, domingo próximo é justamente a festa do Batismo do Senhor.
1. O Batismo é o sacramento sobre o qual se funda a nossa própria fé e que nos une como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Junto à Eucaristia e à Confirmação forma a chamada “iniciação cristã”, a qual constitui como um único, grande evento sacramental que nos configura ao Senhor e faz de nós um sinal vivo da sua presença e do seu amor.
Pode nascer em nós uma pergunta: mas é realmente necessário o Batismo para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, um ato formal da Igreja para dar nome ao menino e à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a tal propósito, é esclarecedor o que escreve o apóstolo Paulo: “Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova” (Rm 6,3-4). Portanto, não é uma formalidade! É um ato que toca em profundidade a nossa existência. Uma criança batizada ou uma criança não batizada não é o mesmo. Não é o mesmo uma pessoa batizada ou uma pessoa não batizada. Nós, com o Batismo, somos imersos naquela inexaurível fonte de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, não mais à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.
2. Muitos de nós não temos a mínima recordação da celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos batizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui na Praça: quem de vocês sabe a data do próprio Batismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imerso propriamente naquela corrente de salvação de Jesus. E me permito dar-lhes um conselho. Mas, mais que um conselho, uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, perguntem a data do Batismo e assim saibam bem o dia tão belo do Batismo. Conhecer a data do nosso Batismo é conhecer uma data feliz. O risco de não sabê-lo é de perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Então acabamos por considerá-lo somente como um evento que aconteceu no passado – e nem por vontade nossa, mas dos nossos pais – que já não tem mais nenhuma incidência no presente. Devemos despertar a memória do nosso Batismo. Somos chamados a viver o nosso Batismo a cada dia, como realidade atual da nossa existência. Se conseguimos seguir Jesus e permanecer na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossas fragilidades e os nossos pecados, é propriamente pelo Sacramento no qual nos tornamos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. É por força do Batismo, de fato, que, livres do pecado original, somos unidos à relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Batismo nos dá esta esperança nova: a esperança de seguir pelo caminho da salvação, toda a vida. E esta esperança nada e ninguém pode extinguir, porque a esperança não desilude. Lembrem-se: a esperança no Senhor não desilude nunca. Graças ao Batismo, somos capazes de perdoar e de amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres a face do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Batismo nos ajuda a reconhecer na face das pessoas necessitadas, nos sofredores, também no nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isso é possível graças à força do Batismo!
3. Um último elemento, que é importante. E faço a pergunta; uma pessoa pode batizar a si mesma? Ninguém pode batizar a si mesmo! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas sempre precisamos de alguém que nos administre este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Batismo é um dom que vem concedido em um contexto de solicitude e de partilha fraterna. Sempre na história, um batiza o outro, o outro, o outro… é uma sequência. Uma sequência de Graça. Mas, eu não posso me batizar sozinho: devo pedir a um outro o Batismo. É um ato de fraternidade, um ato de filiação à Igreja. Na celebração do Batismo podemos reconhecer as feições mais genuínas da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.
Peçamos então de coração ao Senhor poder experimentar sempre mais, na vida de cada dia, esta graça que recebemos com o Batismo. Encontrando-nos, os nossos irmãos possam encontrar os verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçam a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Batismo. Como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Batismo, porque é um dia de festa.

Por Que o Católico não pode ser Espírita?

Cada religião possui seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma. Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não cumprirá honestamente nem uma, nem outra.

O católico não pode ser espírita porque:
1. O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.
2. O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
3. O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.
4. O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.
5. O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.
6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que esta nunca foi inspirada por Deus.
7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.
8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está errado ou foi falsificado.
9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalharam o erro e a incredulidade.
10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra. O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo estava inutilizada e perdida.
11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.
12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.
13. O espírita nega esse augusto mistério.
14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro panteísmo).
15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
16. O católico que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e alma e que o corpo é apena um invólucro temporário, um “alambique para purificar o espírito”.
17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evocação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.
18. O católico crê na existência de anjos e demônios.
19. O espírita afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfeitos que alcançarão a perfeição.
20. O católico crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
21. O espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
22. O católico crê também que Jesus é verdadeiro homem, com corpo real e alma humana. Grande parte dos espíritas afirma que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.
23. O católico crê que Maria é a Mãe de Deus, Imaculada e assunta ao céu. O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.
24. O católico crê que Jesus veio para nos salvar, por sua Paixão e Morte. O espírita afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que cada pessoa precisa remir-se a si mesma.
25. O católico crê que Deus pode perdoar o pecador arrependido. O espírita afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, sempre em novas reencarnações.
26. O católico crê nos Sete Sacramentos e na graça própria de cada Sacramento. O espírita não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo o poder da graça santificante.
27. O católico crê que o homem vive uma só vez sobre a Terra e que desta única existência depende a vida eterna.
28. O espírita afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e progride continuamente (reencarnação).
29. O católico crê que após esta vida exista o céu e o inferno.
30. O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.

Por Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS)

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/01/06/por-que-o-catolico-nao-pode-ser-espirita/