Catequese do Papa Francisco: a realidade visível da Igreja

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Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia
Nas catequeses precedentes, tivemos a oportunidade de evidenciar como a Igreja tem uma natureza espiritual: é o corpo de Cristo, edificado no Espírito Santo. Quando nos referimos à Igreja, porém, imediatamente o pensamento vai para as nossas comunidades, às nossas paróquias, às nossas dioceses, às estruturas nas quais nos reunimos e, obviamente, também à componente e às figuras mais institucionais que a regem, que a governam. Esta é a realidade visível da Igreja. Devemos nos perguntar, então: trata-se de duas coisas diversas ou da única Igreja? E, se é sempre a única Igreja, como podemos entender a relação entre a sua realidade visível e aquela espiritual?
1. Antes de tudo, quando falamos da realidade visível da Igreja, não devemos pensar somente no Papa, nos bispos, nos padres, nas irmãs e em todas as pessoas consagradas. A realidade visível da Igreja é constituída por tantos irmãos e irmãs batizados que no mundo acreditam, esperam e amam. Mas tantas vezes ouvimos dizer: “Mas, a Igreja não faz isto, a Igreja não faz aquilo…”. “Mas, diga-me, quem é a Igreja?”. “São os padres, os bispos, o Papa…”. A Igreja somos todos, nós! Todos os batizados somos a Igreja, a Igreja de Jesus. De todos aqueles que seguem o Senhor Jesus e que, no seu nome, fazem-se próximos aos últimos e aos sofredores, procurando oferecer um pouco de alívio, de conforto e de paz. Todos aqueles que fazem aquilo que o Senhor nos ordenou são a Igreja. Compreendemos, então, que também a realidade visível da Igreja não é mensurável, não é conhecível em toda a sua plenitude: como se faz para conhecer todo o bem que é feito? Tantas obras de amor, tanta fidelidade nas famílias, tanto trabalho para educar os filhos, para transmitir a fé, tanto sofrimento nos doentes que oferecem os seus sofrimentos ao Senhor… Mas isto não se pode mensurar e é tão grande! Como se faz para conhecer todas as maravilhas que, através de nós, Cristo é capaz de operar no coração e na vida de cada pessoa? Vejam: também a realidade visível da Igreja vai além do nosso controle, vai além das nossas forças e é uma realidade misteriosa, porque vem de Deus.
2. Para compreender a relação na Igreja, a relação entre a sua realidade visível e aquela espiritual, não há outro caminho que não olhar para Cristo, do qual a Igreja constitui o corpo e do qual foi gerada, em um ato de infinito amor. Também em Cristo, de fato, em força do mistério da Encarnação, reconhecemos uma natureza humana e uma natureza divina, unidas na mesma pessoa de modo admirável e indissolúvel. Isso vale de modo análogo também para a Igreja. E como em Cristo a natureza humana ajuda plenamente aquela divina e se coloca ao seu serviço, em função do cumprimento da salvação, assim acontece, na Igreja, pela sua realidade visível, nos confrontos da realidade espiritual. Também a Igreja, então, é um mistério, no qual aquilo que não se vê é mais importante que aquilo que se vê e pode ser reconhecido somente com os olhos da fé (cfr Cost. dogm. sulla Chiesa Lumen gentium, 8).
3. No caso da Igreja, porém, devemos nos perguntar: como a realidade visível pode colocar-se a serviço daquela espiritual? Mais uma vez, podemos compreender isso olhando para Cristo. Cristo é o modelo da Igreja, porque a Igreja é o seu corpo. É o modelo de todos os cristãos, de todo nós. Quando se olha Cristo não se erra. No Evangelho de Lucas, conta-se como Jesus, tendo voltado a Nazaré, onde havia crescido, entrou na sinagoga e leu, referindo-se a si mesmo, o trecho do profeta Isaías onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim; por isto me consagrou com a unção e me mandou para enviar aos pobres o bom anúncio, para proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a vista; para por em liberdade os oprimidos, para proclamar o ano de graça do Senhor” (4, 18-19). Bem: como Cristo serviu-se da sua humanidade – porque era também homem – para anunciar e realizar o desígnio divino de redenção e de salvação – porque era Deus – assim deve ser também para a Igreja. Através da sua realidade visível, de tudo aquilo que se vê, os sacramentos e o testemunho de todos nós cristãos, a Igreja é chamada a cada dia a fazer-se próxima a cada homem, a começar por quem é pobre, por quem sofre e por quem está marginalizado, de modo a continuar a fazer sentir sobre todos o olhar compassivo e misericordioso de Jesus.
Queridos irmãos e irmãs, muitas vezes, como Igreja, fazemos experiência da nossa fragilidade e dos nossos limites. Todos os temos. Todos somos pecadores. Ninguém de nós pode dizer: “Eu não sou pecador”. Mas se algum de nós sente que não é pecador, levante a mão. Todos o somos. E esta fragilidade, estes limites, estes nossos pecados, é justo que procurem em nós um profundo desprazer, sobretudo quando damos mal exemplo e nos damos conta de nos tornar motivo de escândalo. Quantas vezes ouvimos, nos bairros: “Mas, aquela pessoa lá vai sempre à Igreja, mas fala mal de todos…”. Isto não é cristão, é um mal exemplo: é um pecado. O nosso testemunho é aquele de fazer entender o que significa ser cristão. Peçamos para não sermos motivo de escândalo. Peçamos o dom da fé, para que possamos compreender como, não obstante a nossa pequenez e a nossa pobreza, o Senhor nos tornou realmente instrumento de graça e sinal visível do seu amor por toda a humanidade. Podemos nos tornar motivo de escândalo, sim. Mas podemos também nos tornar motivo de testemunho, dizendo com a nossa vida aquilo que Jesus quer de nós.

Fonte: http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-a-realidade-visivel-da-igreja/
§155 Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: "Credere est actus intellectus assentientis veritati divinae ex imperio voluntatis a Deo motae per gratiam - Crer é um ato da inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça" (CIC - Catecismo da Igreja Católica)
Inspirados no desejo de nos fazer novamente olhar a fé da Bíblia, a fé que pode nos ajudar a purificar a nossa fé de cada dia. Tentaremos ver a reações e disposições de encontramos em alguns personagens bíblicos, onde poderíamos ter vários homens e mulheres da história da nossa Salvação como modelos, mas iremos nos deter, principalmente, naquele que é chamado de pai da fé: Abraão.

Esses encontros são, antes de tudo, um clamor a Deus pedindo: Senhor, purificai a nossa fé!




Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra? (Lc 18,8)

A pergunta feita que Jesus fez aos seus discípulos também é para nós e para o tempo em que vivemos, pois diante de tantos ataques (declarados ou não) contra a nossa fé, diante de tanto relativismo (inclusive entre nós, ditos homens e mulheres religiosos, nos mais diversos títulos tais como: batizados, carismáticos, consagrados, etc.), diante de tanto esfriamento e "mundanização", será que que o que vivemos é fé bíblica?

Será que o que vivemos hoje é a mesma fé dos patriarcas, dos profetas, dos apóstolos, dos mártires e dos santos? Vendo a vida destes homens e mulheres de fé, podemos pela nossa vida afirmar que o que vivemos hoje pode ser chamado de fé? A fé que Jesus quer encontrar na ocasião de Sua volta?

Senhor, dai-nos a graça de olharmos com a Tua verdade para nossa vida, escolhas, pensamentos... e por Tua graça, purificai a nossa fé.
Dai-nos o verdadeiro desejo da santidade, o verdadeiro temor à Ti. Que desejemos ardentemente ser como velas em Teu altar.



YouCat Online - O que temos de fazer pela unidade dos Cristãos?





"Com palavras e obras, temos de obedecer a Cristo, cuja vontade clara é que "todos sejam um" (Jo 17,21), [820-822]."

Independentemente da idade, a unidade dos cristãos diz respeito a todos. A unidade foi um dos mais importantes desejos de Jesus. Ele rezou ao Pai: "Que todos sejam um, [...] para que o mundo creia que Tu Me enviaste." (Jo 17,21) Os cismas são como feridas no corpo de Cristo: doem e supuram. Levam a inimizades e enfraquecem a fé e a credibilidade dos cristãos. Para que desapareça do mundo o escândalo da divisão, é preciso a conversão de todos os interessados, mas também o conhecimento das próprias convicções de fé e uma discussão teologicamente séria; sobretudo, é necessária a oração comum, assim como o serviço comum à humanidade. Os responsáveis da Igreja não deviam deixar interromper o diálogo teológico.


"ECUMENISMO (gr.oikumene = a terra habitada, o globo terrestre) Trata-se dos esforços pela unidade dos cristãos separados."


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Cantai ao Senhor, porque ele fez maravilhas!

"Cantai ao Senhor, porque ele fez maravilhas, e que isto seja conhecido por toda a terra. Exultai de gozo e alegria, habitantes de Sião, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel" (Isaias 12, 5-6).
O salmo de hoje vem nos exortar a nos alegrarmos em Deus. Ele é nosso Rei, nosso guarda, nosso protetor. Nada está oculto aos seus olhos.
Podem aparecer as  tempestades, mas ainda sim o Senhor continuará conosco, nos amando. Como não se alegrar? Como não render graças dia e noite ao Santo de Israel?


Que nesse dia, exultemos de alegria e louvemos a Deus , porque Ele fez e continuará fazendo maravilhas em nós.

YouCat Online - São também nossas irmãs e irmãos os cristãos não-católicos?



Todos os batizados pertencem à Igreja de Jesus Cristo. Portanto, também os batizados que se acham separados da total comunhão da Igreja Católica são com razão chamados de cristãos e são, assim, nossas irmãs e irmãos. [817-819]

As divisões da única Igreja de Cristo aconteceram por causa de adulterações do ensinamento de Cristo, erros humanos e escasso espírito de reconciliação - na maioria das vezes, por parte dos representantes de ambos os lados. Os cristãos atuais não tem nenhuma culpa dos cismas históricos da Igreja. O Espírito Santo age também nas comunidades eclesiais separadas da Igreja Católica, em benefício da salvação das pessoas. Todos os dons aí existentes, como a Sagrada Escritura, os Sacramentos, a fé, a esperança, o amor e os outros Carismas, provêm de Cristo. Onde vive o Espírito de Cristo há uma dinâmica interior no sentido de uma "reunificação", porque o que pertence a todos quer crescer com todos.


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9º Dia da Novena das Rosas

O desejo de ser missionária

"Não sou um guerreiro que combateu com armas terrestres, mas com a espada do Espírito que é a palavra de Deus". 



O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma", e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. 
Sem sair do Carmelo, ela foi irmã de caminhada dos sacerdotes e missionários. Acreditava que podia estar sempre “unida às obras de um missionário pelos laços da oração, do sofrimento e do amor”. 




Rezemos:

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma. 

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida". 

Reza-se em seguida 24 vezes: 
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

8º Dia da Novena das Rosas

Teresinha vai ao encontro de seu Eterno AMADO

“... A vida é apenas um sonho, em breve nós acordaremos".

As três irmãs estavam absolutamente convencidas que Teresa era uma santa. Por isso queriam recolher cada uma de suas palavras para transmiti-las depois à posteridade.
Em julho vê pela última vez seus familiares. Neste mesmo mês já não consegue retomar a pena para escrever. Pede a unção dos enfermos. Com fervor diz: “Eu creio! Eu amo para crer mais firmemente!” No dia 8 de julho tem de ser levada para a enfermaria onde inicia uma longa agonia de doze semanas. Leva consigo a imagem de Nossa Senhora das Vitórias. Em tudo depende dos outros. Os sofrimentos físicos vêm todos juntos: febre, suores, falta de ar, insônia.
As religiosas, em particular suas três irmãs, velam-na noite e dia. Compreende-se que ela repetisse: “oh! como se deve rezar pelos agonizantes!” Dia 30, na manhã de sua morte, diz: “Eu não me arrependo de me ter abandonado ao Amor”. Às horas finais, as mãos ficam geladas, o rosto se congestiona. De quando em quando, Teresa solta breves gemidos de sofrimento. Às sete horas da noite, ela fita o Cristo crucificado e diz: “Eu vos amo”, inclina a cabeça e expira.


Rezemos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".
Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

7º Dia da Novena das Rosas

Vivendo sem lamentar os sofrimentos

“... Eu não lamento a vida, oh, não!" 


Era a Semana Santa de 1896. Na noite de Quinta-feira Santa, 3 de abril, Teresinha estava no coro fazendo adoração. Fica aí até meia-noite. Depois vai repousar. Mal se deita, sente uma golfada, como vômito, que lhe sobe até os lábios. Só no dia seguinte pôde constatar. O vômito era sangue. Não teve medo. Era um anúncio do Bem Amado de seu coração.
Na noite seguinte, o mal se repete. O diagnóstico do médico e os remédios não surtiram o mínimo efeito de alívio para Teresinha. Ela só podia sonhar de em breve estar junto do Bem Amado!
Esforçava-se por rir, gracejar, e mostrava-se interessada por tudo. Ninguém a ouvia tossir durante a noite. Encarregava-se dos pequenos serviços da comunidade. Costurava, pintava, escrevia versos e cartas enquanto havia luz em seu quarto. Quando estava só é que tudo mudava. As energias lhe fugiam. Sentia imensa dificuldade em subir e descer escadas. Passava as noites com febre e frio; tossia sangue. . Madre Gonzaga, de seu lado, não tomava a mínima iniciativa em providenciar-lhe os cuidados necessários. Só depois que o estado de Teresinha se complicou é que Madre Gonzaga resolveu desvelar-se mais do que uma mãe.


Rezemos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".
Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.
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CHUVA DE ROSAS - Dia 18/10, às 14h

6º Dia da Novena das Rosas

Ser Pequena

"É muito doce a gente se sentir fraco e pequeno!" 

Quando Teresinha já estava na enfermaria, ouviu uma Irmã dizer: “Eu não sei porque falar tanto de Irmã Teresinha; ela não faz nada de nota; ninguém a vê praticar a virtude, nem sequer se pode dizer que ela seja uma boa religiosa”.

Teresinha descobre a alegria de ser pequena. Se ela não ensinou nada de novo, ensinou um novo modo de fazer-se pequeno. Significa reconhecer que somos pequenos diante de Deus; significa acreditar que Deus se agrada de quem se faz pequeno na humildade.



Rezemos:

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".

Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

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DIA 18/10, ÀS 14H - CHUVA DE ROSAS!

5º Dia da Novena das Rosas

Exercício do Perdão

"O Pai quer que o ame, porque Ele me perdoou não muito, mas tudo".

Santa Teresinha não dava espaço para o ressentimento, pelo contrário, buscava sempre estar próximo das irmãs do Carmelo mais difíceis, pois ela queria ser na Igreja o amor, conforme ela mesma relata no livro História de uma Alma:
“Ao ler o que acabo de escrever, poderíeis Madre, crer que a pratica da caridade não me é difícil. È verdade que desde alguns meses, não tenho mais que combater para praticar essa bela virtude. Não quero dizer com isso que nunca me acontece cair em faltas. Ah! Sou imperfeita demais para evitar isso, mão não tenho muita dificuldade em me levantar quando caio, pois num certo combate alcancei a vitória e, por isso, a milícia celeste vem agora em meu socorro, não podendo aceitar-me vencida depois de ter sido vitoriosa na guerra gloriosa que vou procurar descrever.
Encontra-se na comunidade uma irmã que tem o dom de desagradar-me em tudo, suas maneiras suas palavras, seu caráter, porém é uma santa religiosa que deve ser muito agradável a DEUS. Não querendo entregar-me a antipatia natural que sentia, apliquei-me em fazer por essa irmã o que teria feito pela pessoa que mais amo. Casa vez que a encontrava, rezava por ela, oferecendo a DEUS todas as suas virtudes e méritos. Sentia que isso agradava a Jesus, pois não há artista que não goste de receber elogios pelas suas obras, e Jesus, o artista das Almas, fica feliz, quando ao invés de olharmos para o exterior, entramos no santuário mais intimo que ele escolheu para a sua morada.”
Eis a conclusão a que cheguei: devo procurar, no recreio, na licença, a companhia das irmãs que me são menos agradáveis, desempenhar junto dessas almas feridas o ofício de boa samaritana. Uma palavra, um sorriso amável, são muitas vezes suficientes para alegrar uma alma triste.


Rezemos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".
Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

YouCat Online - Por que só pode haver uma Igreja?



Tal como só há um Cristo, também só pode haver um único "corpo" de Cristo, uma única "esposa" de Cristo, isto é, uma única Igreja de Jesus Cristo. Ele é a cabeça, a Igreja é o corpo. Juntos formam o "Cristo total" (Santo Agostinho). Assim como o corpo tem muitos membros, embora ele seja um só, também a Igreja única se compõe de muitas Igrejas particulares (dioceses). Juntas formam o "Cristo total". [811-816, 866, 870]

Jesus construiu a Igreja sobre o fundamento dos Apóstolos. Este fundamento suporta-a até hoje. A fé dos Apóstolos foi transmitida de geração em geração, sob direção do ministério petrino, que "preside à caridade" (Santo Inácio de Antioquia). Também os Sacramentos que Jesus confiou ao colégio dos Apóstolos continuam a atuar com a sua força original.



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4º Dia da Novena das Rosas

Perseverança em busca do seu sonho: Sua vocação

"Ó meu Jesus, lutarei por vosso amor até a noite da minha vida".
No dia de Pentecostes de 1887, seis meses depois de sua conversão, Teresa comunica ao pai que quer entrar para o Carmelo. Mas tem apenas 14 anos! O pai abençoa sua vocação e a conduz ao bispo de Bayeux. O vigário da paróquia de Saint-Jacques, superior canônico do Carmelo, nem sequer aceitava falar de tamanha loucura. E é a este padre que Mons. Hugonin remete a questão de Teresa.
O Sr. Luís, que tanto gostava de peregrinações, resolveu levar Teresa a Roma e, sobretudo permitiu à filha falar de sua vocação ao Papa para conseguir autorização para ingressar no Carmelo aos 14 anos. Na audiência do Papa, a 20 de novembro de 1887, Teresa fez o seu pedido. Leão XIII deixa nas mãos dos Superiores a decisão. Ele dissera que lhe daria a resposta por escrito. Começa para Teresa uma longa espera.
As portas do Carmelo se abririam para Teresa em 9 de abril de 1888. No dia 10 de janeiro de 1889 recebe o hábito de carmelita. Ela acabara de completar dezesseis anos.


Rezemos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".
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Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

3º Dia da Novena das Rosas!


Confiança nos momentos de Adversidade 

"Acho que nesses momentos de grande tristeza tem-se a necessidade de olhar para o céu em lugar de chorar..." Santa Teresinha do Menino Jesus

Teresa, quando nasce, é uma criança frágil. Desde o nascimento, exige cuidados.
Em Agosto de 1877 morre a mãe da pequena Teresinha. Nessa época Teresa tinha três anos e meio. Teresa escolhe Paulina para ser a sua mamãe.

Quando Paulina decide entrar para o Carmelo. Teresinha triste com mais uma perda adoece.
“... A doença que me atingiu vinha certamente do demônio. Furioso com vosso ingresso no Carmelo quis vingar-se em mim dos prejuízos que vossa família ia causar-lhe no futuro. Ele não sabia que a DOCE RAINHA DO CÉU velava sobre sua florzinha, que ela lhe sorria do alto do seu trono e preparava-se para parar a tempestade no momento em que sua flor ia quebrar-se sem remédio...”




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Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".

Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

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CHUVA DE ROSAS - DIA 18/10, ÀS 14H

2º Dia da Novena das Rosas!

A importância da família na vida de um santo.

"... Pensar em uma pessoa que se ama é rezar por ela". 

Os pais de Santa Teresinha foram Luís e Zélia Martin, que se casaram em 1858. Ambos haviam aspirado entrar para a vida religiosa. Ambos foram levados a desistir da vocação religiosa. Após o casamento, permaneceram convivendo como se fossem monges. Um confessor convenceu Zélia a ter filhos e, assim preparar almas para o céu.

Luís e Zélia vivem profundamente a espiritualidade católica de sua época, que lhes faz ver a vida terrestre e a história como um momento penoso a atravessar, antes de alcançar o céu. 

Rezemos:

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Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida". 

Reza-se em seguida 24 vezes: 
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

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Não esqueça, dia 18/10 - Chuva de Rosas!

Novena das Rosas

Nossa Novena das Rosas começa hoje! Reze conosco!

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“Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".

Teresinha, que nasceu em Aliçon 1873, e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu no coração da Igreja que sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Sua vida passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual. 



Rezemos:

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida Santa, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço (faça o pedido pessoal) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez sua promessa de que ninguém Vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida".

Reza-se em seguida 24 vezes:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.

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Não esqueça: Dia 18 de Outubro - Chuva de Rosas, às 14h.

O Pai do céu dará o Espírito Santo

"Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!". (Lc 11, 11-13 )

O Pai atende o filho, mesmo que este não O peça nada. O Pai se antecipa generosamente, pois Seu Amor não é condicionado aos pedidos do filho. Se assim o Pai se antecipa, o que dizer de quando o filho pede algo?

Quem necessita pedir é o filho, para que através do relacionamento filial com Deus experimente o próprio Pai do Céu e Seu Amor. 

YouCat Online - O que significa dizer que a Igreja é o "templo do Espírito Santo"?





128 - O que significa dizer que a Igreja é o "templo do Espírito Santo"?

A Igreja é o lugar do Universo em que o Espírito Santo Se encontra integralmente. [797-801, 809]

O Povo de Israel venerava Deus no templo de Jerusalém. Este templo já não existe. A Igreja veio ocupar o seu lugar, embora não esteja ligada a nenhum espaço determinado. "Onde estão dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles." (Mt 18, 20) É o Espírito de Cristo que a vivifica: Ele habita na Palavra da Sagrada Escritura e está presente nos sinais sagrados dos Sacramentos; vive nos corações dos crentes e fala quando eles oram; guia-os e presenteia-os com dons (Carismas), sejam singelos ou extraordinários.  Quem se abandona ao Espírito Santo pode presenciar ainda hoje verdadeiros milagres. (113-120, 203-205, 310-311)



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A história de uma alma

Santa Teresinha do Menino Jesus é um fenômeno espiritual extraordinário que abalou a França e a história da Igreja. Nascida em 2 de janeiro de 1873, em Alençon, ela experimentou o amor de Deus em sua vida desde muito pequena, por meio de seus pais, os bem-aventurados Luís Martin e Zélia Guérin. Desejosa de entregar-se totalmente a Deus, Teresa abraçou a vida religiosa e foi ali, no Carmelo de Lisieux, que ela escreveu a doutrina espiritual de sua "pequena via" e passou pela derradeira paixão de sua vida – uma tuberculose, que a levou muito cedo, em 30 de setembro de 1897.

Em um colóquio de despedida com Madre Inês de Jesus, em 17 de julho de 1897, Santa Teresinha confidenciava: "Passarei o meu Céu fazendo o bem sobre a Terra"01. Com efeito, tão logo ela morreu, começaram a aparecer milagres operados por sua intercessão. Teresinha foi vista em vários lugares do mundo, aparecendo inclusive para soldados nas trincheiras, durante a Primeira Guerra Mundial. Sua fama espalhou-se e começou a popularizar-se a famosa "novena das rosas", durante a qual as pessoas relatavam ter recebido rosas como sinal da proteção de Teresinha. O Carmelo de Lisieux não sabia mais o que fazer com tantas cartas: chegava-se a receber 500 por dia!

Enfim, no ano de 1925, o Papa Pio XI, reconhecendo a notável força de sua devoção02, canonizou Santa Teresinha do Menino Jesus, declarando-a, depois, padroeira das missões, ao lado de São Francisco Xavier, e padroeira da França, ao lado de Santa Joana d'Arc. Na homilia por ocasião de sua canonização, comentando o trecho do Evangelho que diz que "se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus"03, ele disse:

"Teresa, a nova Santa, tendo absorvido fortemente esta doutrina evangélica, traduziu-a na prática da vida cotidiana: de fato, com a palavra e com o exemplo, ensinou às noviças do seu mosteiro esta via da infância espiritual, e a todos os outros por meio dos seus escritos: escritos que, difundidos em todo o mundo, ninguém lê sem querer reler mais e mais vezes, com alegria máxima para a alma e com fruto. Na verdade, esta puríssima menina, que floresceu no horto recluso do Carmelo, tendo acrescentado ao próprio nome o do Menino Jesus, expressou em si mesma a sua imagem, de modo que se diga que quem venera Teresa, venera e louva o divino exemplo que ela copiou em si mesma."

"Hoje, portanto, esperamos que nas almas dos fiéis se estabeleça o firme propósito de pôr em prática esta infância espiritual, a qual consiste nisto: que tudo o que a criança pensa e faz por natureza, também nós o pensemos e façamos pelo exercício da virtude. De fato, como as crianças, não manchadas por nenhuma culpa e desimpedidas de qualquer esforço de paixão, repousando seguras na posse da própria inocência, e livres de todo engano e falsidade, exprimem sinceramente seus pensamentos e agem retamente de acordo com o que são de fato, Teresa mostrou-se mais angélica que humana e alcançou a simplicidade de uma criança, segundo a lei da verdade e da justiça."

"Na memória da virgem de Lisieux estavam bem impressos o convite e as promessas do divino Esposo: 'Quem é pequeno venha a mim' (Pr 9, 4); 'Seus filhinhos serão carregados ao colo, e acariciados no regaço. Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados' (Is 66, 12-13). Assim, Teresa, consciente de sua própria fragilidade, entregou-se confiante à divina Providência, a fim de que, apoiando-se exclusivamente em Sua ajuda, pudesse alcançar a perfeita santidade de vida, mesmo através de grandes dificuldades, tendo decidido chegar a ela com a total e alegre abdicação da própria vontade."

"Não surpreende, então, que nesta santa religiosa se tenha realizado o que disse Cristo: 'Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus' (Mt 18, 4). De fato, aprouve à benevolência divina enriquecê-la com o dom de uma sabedoria quase singular. Tendo atingido largamente a verdadeira doutrina da fé por meio da instrução do Catecismo, a ascética, do áureo livro da Imitação de Cristo e a mística, dos livros de São João da Cruz, alimentando também sua mente e seu coração com a assídua leitura das Sagradas Escrituras, o Espírito de verdade lhe comunicou e manifestou o que coube esconder 'aos sábios e entendidos' e revelar 'aos pequeninos'. De fato, ela – segundo o testemunho do nosso Predecessor – foi dotada de tal ciência das coisas celestes a ponto de indicar aos outros a via correta da salvação. E esta participação abundante na divina luz e na divina graça acendeu em Teresa um incêndio tão grande de caridade que, portando-a continuamente quase fora do corpo, por fim, a consumou, de modo que, pouco antes de deixar a vida, pôde candidamente declarar que 'não havia dado a Deus nada mais do que amor'. Segue-se também que, por essa força de ardente caridade, na jovem de Lisieux, existiram o propósito e o empenho 'de trabalhar por amor de Jesus, unicamente para agradar e consolar o seu Sacratíssimo Coração e para promover a salvação eterna das almas, para que pudessem amar a Cristo para sempre'. Que ela tenha começado a fazê-lo e obtê-lo tão logo chegou à Pátria Celeste se percebe facilmente vendo que essa mística chuva de rosas, que ela tinha ingenuamente prometido enquanto viva, tenha se propagado e continue a se propagar sobre a terra, por concessão divina."04

O Brasil tem a honra de ser pioneiro na veneração da memória de Santa Teresinha. De fato, o português foi uma das primeiras línguas a que a obra "História de uma alma" foi traduzida. Muitos santuários, basílicas e igrejas foram dedicados a ela em solo brasileiro. A urna que serve de depósito para os seus restos mortais é mais uma expressão da generosidade de fiéis brasileiros, que a doaram para a França. Não sem motivo esta urna é chamada pelos franceses la châsse du Brésil ("a caixa do Brasil").

Em 1997, no centenário do nascimento de Teresa para o Céu, quando sua devoção na Igreja já estava consolidada, o bem-aventurado João Paulo II proclamou Santa Teresinha do Menino Jesus doutora da Igreja. Na ocasião, o Papa sublinhava o aspecto extraordinário daquele evento:

"A ninguém passa despercebido (...) que hoje está a realizar-se algo de surpreendente. Santa Teresa de Lisieux não pôde frequentar uma Universidade e nem sequer os estudos sistemáticos. Morreu jovem: entretanto, a partir de hoje será honrada como Doutora da Igreja, qualificado reconhecimento que a eleva na consideração da inteira comunidade cristã, muito para além de quanto possa fazê-lo um 'título acadêmico'."

"Com efeito, quando o Magistério proclama alguém Doutor da Igreja, tem em vista indicar a todos os fiéis, e de modo especial a quantos na Igreja prestam o fundamental serviço da pregação ou exercem a delicada tarefa da investigação e do ensino teológico, que a doutrina professada e proclamada por uma determinada pessoa pode ser um ponto de referência, não só porque está em conformidade com a verdade revelada, mas também porque traz nova luz acerca dos mistérios da fé, uma compreensão mais profunda do mistério de Cristo."
(...)

"Entre os 'Doutores da Igreja', Teresa do Menino Jesus e da Santa Face é a mais jovem, mas o seu ardente itinerário espiritual demonstra muita maturidade, e as intuições da fé expressas nos seus escritos são tão vastas e profundas, que a tornam digna de ser posta entre os grandes mestres espirituais."05

A grandeza da doutrina de Santa Teresinha, que fez o beato João Paulo II chamá-la de "mestra da fé e da vida cristã"06, manifesta-se de modo especial na conhecida obra "História de uma alma".
É particularmente no conhecido "Manuscrito B" deste livro, uma carta escrita a seu punho à Irmã Maria do Sagrado Coração, que está compendiada a sua doutrina espiritual. Esta, por sua vez, resume-se em uma palavra: o amor. Quem lê sobre a vida de Teresa, nota que aquilo que ela ensinava às suas noviças e às suas irmãs não consistia nem na realização de penitências heroicas nem em um método de oração específico. Embora tenha recebido alguns dons místicos, como o da transverberação07, ela não recebeu carismas gratia gratis data08. Para Teresinha, todo o caminho da santidade resumia-se ao amor.

Este consistia, em primeiro lugar, em esquecer-se de si mesma, voltando-se totalmente a Jesus, em uma gratidão imensa pelo amor que Ele manifestava a ela. Em um de seus escritos, ela conta que, enquanto rezava, lhe veio um pensamento de que no inferno ninguém amava a Jesus, nada que vinha do inferno agradava ao Seu coração. Ela, então, dentro do que chama de "loucura", diz que gostaria de ir ao inferno para, de lá, louvar a Deus.

É famosa a passagem da carta à sua irmã Maria em que ela compreende que o amor tudo faz:

"Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja, que se o Amor se extinguisse, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue..... Compreendi que o AMOR ENCERRAVA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR ERA TUDO, QUE ELE ABRANGE TODOS OS TEMPOS E TODOS OS LUGARES... NUMA PALAVRA QUE ELE É ETERNO!..........."

"Então no excesso de minha alegria delirante, exclamei: Ó Jesus, meu Amor..... minha Vocação, enfim eu a encontrei, MINHA VOCAÇÃO É O AMOR!...."
"Sim encontrei meu lugar na Igreja e esse lugar, ó meu Deus, foste tu que mo deste.... no Coração da Igreja, Madre, eu serei o Amor... assim serei tudo.... assim meu sonho será realizado!!!...."09

Para entender o que Teresa quer dizer com amor, é importante olhar para a teologia da caridade: existem um amor natural e um amor sobrenatural. Um amor natural pode ser virtuoso, mas também pode ser abusado: pode transformar-se em luxúria, em apego, em obsessão possessiva. O amor sobrenatural (agape), ao contrário, é uma virtude com um único objeto formal. De fato, a caridade pode ter inúmeros objetos materiais – pode-se amar a Deus, a si mesmo ou ao próximo –, mas o seu objeto formal é Deus apenas. Quando se tem amor sobrenatural, ama-se a Deus, mas não pelo temor do inferno ou pela recompensa do Céu, senão por Ele mesmo. É como diz um famoso soneto atribuído a São João de Ávila: "No me mueve, mi Dios, para quererte / el cielo que me tienes prometido; / ni me mueve el infierno tan temido / para dejar por eso de ofenderte. / Tú me mueves, señor; muéveme el verte / clavado en una cruz y escarnecido; / muéveme ver tu cuerpo tan herido; / muévenme tus afrentas y tu muerte. – Não me move, meu Deus, para querer-te / o Céu que me tens prometido; / nem me move o inferno tão temido / para deixar por isso de ofender-te. / Tu me moves, senhor; move-me o ver-te / cravado em uma cruz e escarnecido; / move-me ver teu corpo tão ferido; / movem-me tuas afrontas e tua morte."10

Santa Teresinha amava a Deus de forma muito simples. Ela fazia com que tudo no seu dia a dia se transformasse em amor. Em um dia de calor, por exemplo, não enxugava o suor do seu rosto, em sinal de mortificação, porque Jesus tinha sangue na face quando era crucificado. Ela realizava pequenas penitências com um amor grandioso: fazia as coisas ordinárias com uma caridade extraordinária. E, assim, transformando tudo em um grande ato de amor, ela conseguiu, heroicamente, passar por uma tuberculose, a última paixão de sua vida.

A sua conhecida "pequena via" consiste, pois, em fazer as coisas do dia a dia com verdadeiro amor sobrenatural. "A sua mensagem (...) não é senão a via evangélica da santidade para todos"11, a "vocação de todos à santidade na Igreja"12, que o Concílio Vaticano II proclamou com grande ênfase. Se, olhando para a vida de alguns santos, que Teresinha chama por vezes de "águias", a santidade parece-nos um caminho íngreme e inalcançável, a "pequena via" oferece um caminho às almas mais pequeninas – une légion de petites âmes.

Este amor que Teresa nutria para com Deus também se concretizava no amor ao próximo. Pode parecer surpreendente, mas ela só foi compreender de modo profundo o que era o amor ao próximo no seu último ano de vida, conforme escreveu:

"Neste ano, Madre querida, Deus me deu a graça de compreender o que é a caridade; eu o compreendia antes, é verdade, mas de uma maneira imperfeita, não tinha aprofundado esta parábola de Jesus: 'O segundo mandamento é SEMELHANTE ao primeiro: Amarás teu próximo como a ti mesmo.' Eu me aplicava sobretudo a amar a Deus e é amando-o que compreendi que não era preciso que meu amor se traduzisse somente por palavras, pois 'Não são aqueles que dizem Senhor, Senhor! Que entrarão no reino dos Céus, mas aqueles que fazem a vontade de Deus'." (...)

"Como Jesus amou seus discípulos e por que os amou? Ah! não eram suas qualidades naturais que podiam atraí-lo, havia entre eles e Ele uma distância infinita, Ele era a ciência, a Sabedoria Eterna, eles eram pobres pecadores ignorantes e cheios de pensamentos terrestres. Entretanto, Jesus os chama seus amigos, seus irmãos."
(...)

"Madre bem-amada, ao meditar essas palavras de Jesus, compreendi quanto meu amor por minhas irmãs era imperfeito, vi que não as amava como Deus as ama. Ah! compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se espantar com sua fraqueza, em edificar-se com os menores atos de virtudes que se vê sendo praticados, mas sobretudo compreendo que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: Ninguém, disse Jesus, acende uma lamparina para pô-la debaixo do alqueire, mas se põe no candelabro, a fim de que ilumine TODOS os que estão na casa. Parece-me que a lamparina representa a caridade que deve iluminar, alegrar, não somente os que me são os mais caros, mas TODOS os que estão na casa, sem excetuar ninguém."13

Teresa conta, mais adiante, como começou a colocar em prática esta caridade cuja profundeza tinha compreendido melhor:

"Encontra-se na comunidade uma irmã que tem o talento de me desagradar em todas as coisas, suas maneiras, suas palavras, seu caráter me pareciam muito desagradáveis, no entanto é uma santa religiosa que deve ser muito agradável a Deus, por isso não querendo ceder à antipatia natural que sentia, disse a mim que a caridade não devia consistir nos sentimentos, mas nas obras; então / apliquei-me a fazer por essa irmã o que teria feito para a pessoa que mais amo. (...) Um dia, na recreação, ela me disse mais ou menos estas palavras com um ar muito contente: 'Poderíeis dizer-me, Ir. Teresa do Menino Jesus, o que vos atrai tanto para mim, a cada vez que me olhais, vos vejo sorrir?' Ah! o que me atraía, era Jesus escondido no fundo de sua alma... Jesus que torna doce o que há de mais amargo..."14


O bem maior que Teresinha quer fazer a seus devotos, mais que os milagres alcançados por sua intercessão, é ensinar-lhes o caminho da santidade. Então, vamos, com coragem, trilhar este caminho, junto com a pequena Teresa.



Referências
1.     1.   Santa Teresa do Menino Jesus. Obras completas escritos e últimos colóquios. 1. ed. Paulus: São Paulo, 2002. p. 916
2.       Na bula Vehementer exultamus hodie, de 17 de maio de 1925, com a qual Santa Teresa foi canonizada, Pio XI reconhecia: "Durante sua vida ela era conhecida apenas por alguns, mas imediatamente após a sua santa morte, sua fama se estendeu de forma maravilhosa em todo o mundo cristão, por conta dos inumeráveis prodígios operados pelo Deus Todo-Poderoso através de sua intercessão. Parecia que, de fato, de acordo com sua própria promessa, ela estava derramando sobre a terra uma chuva de rosas." Tradução nossa.
3.       Mt 18, 3
4.       Papa Pio XI, Omelia "Benedictus Deus" in onore di Santa Teresa del Bambin Gesù, 17 de maio de 1925. Tradução nossa.
5.       Papa João Paulo II, Homilia por ocasião da atribuição do título de Doutora da Igreja a Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, 19 de outubro de 1997, n. 3-4
6.       Papa João Paulo II, Constituição Apostólica Divini Amoris Scientia, 19 de outubro de 1997, n. 8
7.       Fenômeno pelo qual o coração de uma pessoa escolhida por Deus é atravessado por uma flecha misteriosa, deixando na alma uma "ferida" de amor. Passaram por esta experiência homens como Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz e São Pio de Pietrelcina.
8.       Gratia gratis data: o dom livremente oferecido a pessoas específicas para a salvação de outras. A esta espécie de graças pertencem os chamados carismas (profecia, dom de milagres, dom de línguas), o poder sacerdotal de consagração e absolvição e o poder hierárquico de jurisdição.
9.       Manuscrito B, 3v. Cf. História de uma alma: nova edição crítica por Conrad de Meester. 4. ed. São Paulo: Paulinas, 2011. p. 312
10.   A Cristo crucificado (Anónimo) – Wikisource
11.   Papa João Paulo II, Constituição Apostólica Divini Amoris Scientia, 19 de outubro de 1997, n. 2
12.   Cf. Constituição Dogmática Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, capítulo V. "Todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade" (n. 39).
13.   Manuscrito C, 11v-12r. Cf. História de uma alma: nova edição crítica por Conrad de Meester. 4. ed. São Paulo: Paulinas, 2011. p. 245-246
14.   Manuscrito C, 13v-14r. Cf. Idem. p. 248-249



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/a-historia-de-uma-alma