Entre a propaganda e a verdade: a história secreta da Ideologia de Gênero

Uma propaganda é capaz de fazer o certo parecer errado e o errado parecer certo. O caso da Ideologia de Gênero não foge à regra


Uma peça publicitária só pode ser bem-sucedida se souber cativar o público com as palavras e as imagens certas. A linguagem simbólica exerce enorme influência sobre o homem. Todas as grandes empresas, partidos políticos e meios de comunicação têm, por de trás de sua figura pública, um afiado esquema de marketing. "Um bom governo sem propaganda dificilmente se sai melhor do que uma boa propaganda sem um bom governo", dizia o ministro da comunicação nazista Goebbels. É fato. E a experiência do último século é a prova cabal de como ideologias malignas podem conquistar o apoio das massas, apelando a jargões risíveis porém populares.
Ideologia de Gênero é uma grande peça publicitária. Apoiada pelo discurso dos "direitos sexuais", da "tolerância" e da "misericórdia", palavrinhas politicamente corretas e além de qualquer suspeita, muitos são levados a considerá-la algo inofensivo ou mesmo um grande progresso para a civilização. Aquele que a ela se opõe, por outro lado, é visto como pessoa antiquada, de visão obtusa e reacionária, ainda que salte "aos olhos a profunda falsidade dessa teoria". Foi também assim que rotularam a imprensa judia quando esta denunciou as obscenidades do nacional-socialismo, logo que Hitler subiu ao poder. Ora, quem, em sã consciência, se posicionaria contra um projeto político que apenas visava a "reconstrução" da Alemanha? De maneira análoga, como é possível se opôr à felicidade daqueles que desejam a mudança de sexo?
Uma boa propaganda não somente convence, como também modifica a história. O passado secreto da Ideologia de Gênero está longe de ser misericordioso, tolerante e feliz. Tudo começou na década de 1950, nas clínicas universitárias. Neste período, inúmeras cirurgias de mudança de sexo (precisamente de homem para mulher) foram realizadas de forma experimental. Na década de 1970, quando vieram os resultados científicos de todas aquelas experiências, não havia qualquer índice de que o procedimento fosse seguro. Pior. As evidências de que se tratasse de algo nocivo eram gritantes. As clínicas decidiram não mais realizar aquele tipo de operação. But where there's a will there's a way.
Três pesquisadores decidiram levar adiante o projeto: Dr. Alfred KinseyDr. Harry Benjamin e o psicólogo John Money. O currículo destes três paladinos da Ideologia de Gênero não é nada honroso.
Dr. Alfred Kinsey, um biólogo e sexólogo cujo legado dura ainda hoje, acreditava que todos os atos sexuais eram legítimos — incluindo pedofilia, bestialidades, sadomasoquismo, incesto, adultério, prostituição e orgias. A fim de obter dados para suas pesquisas, Kinsey autorizou experimentos horríveis em bebês e crianças pequenas. Seu intuito principal era justificar a opinião de que crianças de qualquer idade teriam prazer com o sexo — ele chegou a advogar a normalização da pedofilia. O transexualismo entrou em sua agenda quando foi apresentado ao caso de um homossexual que queria tornar-se uma garota. Kinsey consultou um conhecido seu, um endocrinologista chamado Harry Benjamin. Benjamin conhecia bem os travestis (homens que se vestem de mulher). Assim, ambos viram uma oportunidade para mudar aquele rapaz fisicamente, para além da roupa e da maquiagem. Os dois tornaram-se colaboradores profissionais no primeiro caso do que Benjamin mais tarde chamaria "transsexualismo".
Benjamin pediu a vários psiquiatras que avaliassem o rapaz quanto à possibilidade de uma cirurgia para feminilizar sua aparência. Os médicos não chegaram a um consenso. Mas isso não pôde pará-lo. Por sua própria conta, Benjamin começou a dar hormônios femininos ao garoto. Levaram-no para a Alemanha e lá o operaram parcialmente. Benjamin, por sua vez, perdeu todo contato com seu paciente, tornando qualquer acompanhamento a longo prazo impossível.
O terceiro co-fundador do hoje movimento transgênero foi o psicólogo Dr. John Money, um dedicado discípulo de Kinsey e membro do grupo de pesquisas transexuais, chefiado por Benjamin.
O primeiro caso transgênero de Money veio em 1967, quando foi consultado por um casal canadense, os Reimers, para que reparasse uma circuncisão mal-feita no filho deles de dois anos, David. Sem qualquer razão médica, Money lançou-se em um experimento para fazer fama por conta própria e avançar suas teorias sobre gênero, não importando as consequências para a criança. Disse aos perturbados pais que o melhor caminho para assegurar a felicidade de David era mudar cirurgicamente sua genitália de masculino para feminino e educá-lo como uma garota. Como muitos pais fazem, os Reimers seguiram a orientação do doutor, e David foi rebatizado de Brenda. Money assegurou aos pais que Brenda se adaptaria a ser uma menina e que ela nunca saberia a diferença. Ademais, pediu ao casal que mantivesse aquilo em segredo. E assim se fez — pelo menos por um tempo.
Médicos ativistas iguais ao Dr. Money sempre buscam a fama primeiro, especialmente se controlam a informação que a mídia divulga. Money jogou um jogo de "prenda-me se for capaz", divulgando o sucesso da mudança de gênero do garoto para comunidades médicas e científicas e construindo sua reputação como um dos principais especialistas no emergente campo da mudança de gênero. Levou décadas até que a verdade fosse revelada. Na verdade, a adaptação de David Reimer para ser uma garota foi completamente diferente dos relatórios brilhantes inventados por Money para os artigos dos jornais. Aos 12 anos, David estava severamente depressivo e recusava-se a voltar a ver Money. No desespero, seus pais quebraram o segredo e lhe contaram a verdade sobre a "mudança de gênero". Aos 14 anos, David decidiu submeter-se a uma nova cirurgia para viver como garoto.
Em 2000, aos 35 anos, David e seu irmão gêmeo finalmente expuseram os abusos sexuais aos quais o Dr. Money os havia imposto na privacidade de seu escritório. Os rapazes contaram como Dr. Money tirava foto deles nus quando tinham apenas sete anos de idade. Mas fotos não eram o suficiente para Money. O pedófilo doutor também os forçou a terem relações sexuais incestuosas um com o outro.
As consequências dos abusos de Money foram trágicas para os dois garotos. Em 2003, apenas três anos após seu passado de tortura ter se tornado público, o irmão gêmeo de David, Brian, morreu de overdose. Pouco tempo depois, David também cometeu suicídio. Money, por sua vez, foi finalmente exposto como um farsante. Mas isso não ajudou a amenizar o luto da família, cujos gêmeos agora estavam mortos.
Certamente, nenhum jornal secular ou programa de TV, quando estiver em pauta a chamada Teoria de Gênero, revelará esses episódios expostos acima ao público. De fato, reina aquilo que Pio XI denominou, certa vez, de conspiração do silêncio, pois "não se explica facilmente como é que uma imprensa, tão ávida de esquadrinhar e publicar até os mínimos incidentes da vida cotidiana", pode calar-se tão vergonhosamente sobre tais coisas. Vários estudos feitos por ex-discípulos de Kinsey e Money comprovam a perniciosidade da Ideologia de Gênero, principalmente das cirurgias de mudança de sexo. Charles Ihlenfeld, um endocrinologista que trabalhou por seis anos com o Dr. Benjamin, chegou a declarar publicamente: "Há muita insatisfação entre as pessoas que fizeram a cirurgia... Muitas terminam em suicídio" — como no caso dos gêmeos Reimers.
Não se iludam com propaganda, não se iludam com promessas, não se iludam com mentiras. AIdeologia de Gênero é uma farsa. E das mais grosseiras.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/entre-a-propaganda-e-a-verdade-a-historia-secreta-da-ideologia-de-genero#at_pco=smlwn-1.0&at_si=5568e0bca7a1adfa&at_ab=per-2&at_pos=0&at_tot=1

A banalização do sagrado

Na atualidade, infelizmente, não é difícil vermos o sexo sendo tratado como algo superficial e também como instrumento de satisfação momentânea, ou seja, fora dos planos de Deus e de Sua criação.
O que nos diz nossa fé?  O Catecismo da Igreja Católica nos diz que "o prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e união" (CIC 2351).
Portanto, a Igreja nos ensina as principais finalidades do ato sexual. A primeira é a finalidade inicial pelo qual foi feito homem: a procriação do ser humano conforme a ordem de Deus. "Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra..." (Gn 1, 28).
Essa finalidade não pode ser descartada. Deus conta com cada um de nós para encher a terra, para trazer a este mundo mais seres humanos, criados a imagem e semelhança de Deus. Aqueles que têm a vocação a maternidade e paternidade são chamados a realizar o plano de Deus na vida de muitos outros através do sim a esta vocação, a vocação do matrimônio.
Outra finalidade do ato sexual é a união do casal. Deus criou o ato com prazer para que marido e mulher se unam de forma prazerosa e amorosa, para que juntos se amem e testemunhem ao mundo o amor de Deus. A Teologia do Corpo de João Paulo II diz que "a concupiscência que nasce como ato interior muda a própria intencionalidade do existir da mulher para o homem, reduzindo a riqueza do sim perene chamado à comunhão de pessoas unicamente à satisfação do impulso sexual do corpo" (TdC 43).
João Paulo II nos diz que quando usamos o prazer sexual apenas para satisfação própria, sem pensar no outro e sem a bênção de Deus, o matrimônio, estamos reduzindo seu valor e o valor do outro. Estamos desvalorizando a graça de sermos imagem e semelhança de Deus.
Se o ato sexual foi criado por Deus, com a sua bênção, é sagrado. Deve ser respeitado e assim, como tudo que é sagrado, tem o seu momento certo de ser aproveitado: após a bênção de Deus no matrimônio.
Fiquemos atentos! Em todo lugar há pessoas e situações que nos levam à viver a superficialidade do Evangelho. Porém, não é esse nosso chamado. O plano de amor de Deus para cada um de nós é que "a exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações" (I Pedro 1, 15). Viver a santidade implica também em atitudes radicais concretas como deixar de ver certos tipos de programa, ler determinados livros ou até abster-se de conversas que não nos ajudam a ser santos. E ser perseverante na oração. A oração gera intimidade com Deus,  e a intimidade com Deus nos ajuda a filtrar o que não é bom para nós. A sermos a cada dia mais configurados à Ele.

Peçamos a Deus que envie sobre nós a graça do Espírito Santo. Que em Deus possamos aspirar somente às coisas do alto e viver neste mundo testemunhando o amor de Deus através da santidade de nossas atitudes.




Saiba mais sobre a teologia do corpo:

A Teologia do Corpo do Papa João Paulo II :  https://padrepauloricardo.org/aulas/a-teologia-do-corpo-do-papa-joao-paulo-ii

http://noticias.cancaonova.com/teologia-do-corpo-ensinamentos-do-papa-joao-paulo-ii/

https://www.youtube.com/watch?v=ujs9UCVapsQ:





A pornografia mata o amor



Frouxidão, egoísmo e imaturidade. São apenas alguns dos efeitos colaterais da pornografia. Tirando dos jovens a própria liberdade e alegria de viver, a droga produz indivíduos doentes e depressivos, incapazes de viver por um grande ideal ou cultivar relacionamentos saudáveis. Quais são as consequências sociais do consumo de pornografia? Como essa droga influencia – e destrói – vidas, amizades, namoros e até mesmo casamentos?


Nesta aula, serão apresentados os efeitos psíquicos e sociais da pornografia e da masturbação, principalmente a partir do testemunho de Joseph Sciambra, um ator pornográfico homossexual que se converteu à fé católica. Em seu livro Swallowed by Satan ["Engolido por Satanás"], Sciambra faz um relato impressionante de como Nosso Senhor o salvou "da pornografia, da homossexualidade e do ocultismo".
Tudo começou no norte da Califórnia, onde Joseph nasceu, em 1969. Enquanto o movimento homossexual criava um "bairro gay" no distrito de Castro, em San Francisco, o rapaz crescia, folheando revistas pornográficas desde a mais tenra idade. Embora fosse mandado para colégios católicos desde o jardim de infância, a educação liberal que recebia naqueles anos pós-Concílio Vaticano II não tinha nada a ver com a verdadeira fé da Igreja. Sciambra cresceu sem fé, pois sequer sabia quem era Jesus Cristo.
Nessa situação trágica, já viciado em pornografia heterossexual, Joseph foi atrás de sexo mais e mais "emocionante". À procura de descargas de dopamina cada vez maiores, ele começou a consumir material homossexual. Esse é, na verdade, um roteiro muito comum entre os dependentes de pornografia. Como o cérebro da pessoa vai ficando "dormente" aos conteúdos softcore, o adicto busca drogas cada vez mais pesadas: da mera nudez e sexo heterossexual, passa ao sexo contra a natureza, até relações violentas e fetiches absolutamente abstrusos. Um abismo atrai outro abismo e coisas que são extremamente repugnantes a qualquer pessoa normal vão se tornando aceitáveis e até atraentes.
Com 19 anos, então, Joseph passa a frequentar o distrito de Castro e, no convívio com um homem mais velho, que se torna seu amante e começa a filmar suas performances sexuais, ele entra mais fundo no mundo da pornografia, agora como ator. Como, em suas palavras, o ser humano não é capaz de ficar sem acreditar em nada, Sciambra mergulha no oculto: do esoterismo new age, chega ao próprio satanismo. Gravando cenas sexuais cada vez mais extremas e perigosas, porém, ele é acometido por sérios problemas médicos e se encontra à beira do fim. Em uma "experiência de quase-morte" (near-death experience, em inglês), Joseph se vê às portas do inferno, escoltado por dois demônios. Desesperado, ele clama o auxílio de Deus, que lhe dá a oportunidade de voltar à vida.
Depois desse acontecimento e de uma longa jornada de conversão, Sciambra refez o caminho rumo à Igreja Católica. Em seu apostolado na Internet, ele conta como "desceu aos infernos" e, agora, leva uma vida de fé e castidade. Hoje, o rapaz que passou boa parte de sua juventude à procura de outros homens tem em São José o seu modelo de pureza e masculinidade.
Em um vídeo postado no YouTube, intitulado Dead Gay Porn Stars Memorial, Joseph Sciambra faz memória de vários atores pornográficos homossexuais, muitos mortos por AIDS, suicídio ou overdose de drogas. Na Internet, ainda há muitos outros vídeos semelhantes, revelando o fim terrível que têm muitas "estrelas" pornô e o segredo sujo por trás dessa indústria de moer carne humana. Pesquisas comprovam, por exemplo, que 75% dos atores pornográficos são dependentes químicos e 88% das imagens encenadas por eles são verbalização de violência. Também são conhecidas várias histórias de atrizes pornográficas que, tendo conseguido sair deste mundo – no qual eram tratadas realmente como animais –, trazem até hoje, no entanto, as lembranças dolorosas de seu passado. Os produtores desses filmes, preocupados apenas em conseguir mais dinheiro, contratam médicos que só querem saber de melhorar o desempenho sexual dos atores, enquanto a sua saúde definha, até a morte.
Esse vídeo – assim como os outros, na mesma linha – constituem ocasião para uma meditação. Ao olhar para aqueles jovens, com os olhares tristes, como que mortos em vida, permita perguntar-se onde eles estão e em que estado de alma morreram. Qual a possibilidade de essas pessoas estarem, agora, no inferno? Para quem assistiu a eles, todavia, tantas tragédias custaram apenas um clique. Um clique que ceifa vidas humanas, alimenta a cruel e impiedosa indústria pornográfica e, sobretudo, lança as almas – tanto as de quem produz, quanto as de quem consome – na perdição eterna.
Já em vida, porém, a pornografia deixa sequelas emocionais seriíssimas nas pessoas, de modo que se pode dizer que ela realmente mata a capacidade humana de amar. Olhando para o homem, é possível notar algo que o distingue de todos os animais: a capacidade que ele tem dese contrariar. Os animais podem ser contrariados – quando, por exemplo, um macho deseja uma fêmea, mas outro, mais forte que ele, o impede de acasalar –, mas não são capazes de fazer isso voluntariamente, pelo bem do outro, como o homem é capaz.
Com o vício, todavia, essa capacidade humana fica tremendamente comprometida. A pessoa que vê pornografia excessivamente e se masturba com frequência perde a própria força de vontade. Na medida em que cresce a dependência, as pessoas chegam a se masturbar sem sequer sentirem prazer. Como, para proteger o organismo, os receptores dos neurônios bloqueiam a passagem de dopamina, cada ato sexual é cada vez menos satisfatório. É por isto que, depois de uma "farra masturbatória", os jovens ficam extremamente nervosos: já que não conseguiram o prazer fácil que desejavam, eles se iram. Há vezes em que essa ira fica contida, transformando-se em uma espécie de tristeza – trata-se daacídia, a ser abordada na terceira aula.
Fechadas em si mesmas e transformadas por uma visão completamente distorcida de sexualidade, as pessoas chegam a se tornar incapazes de uma relação sadia com os outros. O próprio relacionamento conjugal é abalado. Aos esposos adictos se seguem esposas tristes e inseguras. As mulheres veem, com toda a clareza, que não conseguem ter a beleza das atrizes pornográficas, que têm o seu corpo baseado em mentiras, cirurgias plásticas e montagens de computador. Os maridos, por sua vez, acostumados à ilusão inventada pela indústria pornográfica, passam a sofrer de problemas como impotência e disfunção, prejudicando deveras o seu casamento.
A pornografia realmente mata o amor, desumaniza o ser humano. Que tenhamos, pois a coragem de assumir a doença e buscar a restauração. Corações ao alto!

Fonte: https://padrepauloricardo.org/aulas/pornografia-mata-o-amor

Pornografia e a masturbação - os efeitos na alma



Retomando uma longa tradição ascética, formada por autores como Evágrio Pôntico, São João Cassiano e São João Damasceno, Santo Tomás de Aquino define a acídia (ακηδία, em grego) como um tipo de tristeza. Esta é a reação do ser humano ao mal presente [1]. O que especifica a acídia é que se trata de "uma tristeza proveniente de um bem espiritual" [2]. A pessoa acometida por essa doença interpreta o bem que Deus tem para ela como um mal e, por isso, fica triste.
Mas, o que Deus tem para o ser humano? Ora, o homem foi colocado na Terra para amar – não o simples amor natural, entre homem e mulher, mas a caridade, o amor divino. Para que essa criatura miserável, marcada pelo pecado original, possa amar a Deus, no entanto, é preciso que Este venha, com Sua graça, transformá-lo, matar o "homem velho" e fazer surgir um novo homem, ressuscitado e capaz da experiência do amor sobrenatural. Essa é a vocação do ser humano e a única forma que ele tem de encontrar a plena felicidade.
O acidioso, porém, vê tudo isso como um mal. Ao contemplar a santidade, que é o grande chamado de Deus para a sua vida, ele se entristece. O relato de Santo Agostinho, antes de decidir-se de vez por sua conversão, ilustra bem esse comportamento: "Mantinham-me preso umas tantas bagatelas, umas vaidades de vaidades, antigas amigas minhas, que me puxavam por minhas vestes carnais, murmurando: 'Então, nos abandonas? De agora em diante nunca mais estaremos contigo? Desde este momento nunca mais te será lícito isto ou aquilo?'" [3]. Apodera-se, então, da pessoa uma tristeza profunda, que tem dois efeitos:
  1. ressentimento com Deus – que seria visto como uma espécie de "desmancha-prazeres";
  2. Uma inquietação, que pode se traduzir tanto em morosidade quanto em um malfadado "ativismo", no qual a pessoa se enche de afazeres só para fugir de seus deveres, mormente os espirituais. Ela faz um monte de coisas só para não fazer aquela coisa, que é rezar e amar a Deus. No vício da pornografia, ela vai abrindo páginas e mais páginas, gastando o tempo que tinha para amar a Deus em futilidades e ninharias.
O povo de Israel perambulando por quarenta anos no deserto é uma imagem muito apropriada da doença espiritual da acídia. Depois de serem libertos da escravidão do Egito, os israelitas chegaram bem depressa às portas da Terra Prometida. Por medo e covardia, no entanto, não quiseram atravessar e conquistar a terra que Deus tinha preparado para eles: "O povo que vive nessa terra é muito forte. As cidades são fortificadas e enormes. (...) Não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós" ( Nm 13, 28.31). Ao contrário, até começaram a planejar uma volta para o Egito: "Por que nos leva o Senhor para esta terra? A fim de cairmos ao fio da espada, e para que nossas mulheres e nossos filhos sejam reduzidos ao cativeiro? (...) Vamos escolher um chefe e voltar para o Egito" (Nm 14, 3-4). Como castigo por sua infidelidade, o Senhor entregou-os às suas vontades e deixou que ficassem quarenta anos no deserto: "Não entrarão no meu repouso prometido" (Sl 94, 11; cf. Nm 14, 20-38).
O acidioso, como o povo de Israel, tem a Terra Prometida diante de si, mas não quer entrar. Ele vê o grande projeto para o qual é chamado – a santidade –, mas resiste em dar o passo do amor. Por isso, fica perambulando no deserto, de clique em clique, de pecado em pecado, sem avançar. Muitas pessoas não largam o vício da pornografia porque, ainda que reconheçam a sua maldade e queiram sair, não estão dispostas a pagar o preço de sua escolha. Estão sempre negociando com Deus: ao invés de deixar tudo e progredir na vida espiritual, querem manter um pouco do homem velho, desfrutando de alguns "prazerzinhos" aqui e acolá.
Outra imagem bíblica que reflete essa tristeza espiritual é a da mulher de Lot. Deus separa Lot, sua mulher e suas duas filhas para escapar da destruição de Sodoma e Gomorra, faz eles saírem do lugar, mas "a mulher de Lot", com saudades da miséria, "olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal" ( Gn 19, 26). O acidioso está a todo momento olhando para trás, para a sua vida passada, sem querer seguir decididamente o projeto de santidade e tomar de assalto a própria vida espiritual.
Como indica Nosso Senhor, "o Reino dos céus é dos violentos" ( Mt 11, 12). Para sair da pornografia, a pessoa não se pode contentar com um ideal baixo, com simplesmente "ser boazinha". Essa atitude mesquinha torna muito mais árduo o caminho da restauração. O povo de Israel, por exemplo, quando estava no deserto, começou a sentir saudades do Egito: "Estamos lembrados dos peixes que comíamos de graça no Egito, dos pepinos, melões, verduras, cebolas e alhos!" (Nm 11, 5). Do mesmo modo, quando se sai do pecado da pornografia e da masturbação e se entra na fase da abstinência, alguém pode se sentir tentado a recordar as "cebolas e alhos" que ganhava na escravidão. Sem "fome e sede de justiça" – a bem-aventurança que, com razão, é apontada como oposta da acídia (cf. Mt 5, 6) –, é muito fácil voltar atrás e desistir de tudo. É preciso, pois, querer, com determinação, que Deus aja em si e o transforme interiormente em um novo homem.
Rebecca DeYoung aponta mui claramente que, para Santo Tomás, o problema do acidioso – e a pornografia se encaixa perfeitamente neste exemplo – é buscar uma alternativa de amor em que não se tem que pagar o preço da aliança. O adicto só quer usar e ser usado. Por isso, é uma grande erro associar o sexo desregrado ao amor. Amar, a nível humano, é contrariar-se por causa do outro, e, a nível sobrenatural, é deixar-se modelar por Deus, purificando-se até o sacrifício de si mesmo. Afinal, " sine effusione sanguinis non fit redemptio – sem derramamento de sangue, não há redenção".
Muito mais do que a luxúria, então, o mal que acomete quem se entrega à pornografia e à masturbação chama-se acídia. A tristeza e inquietação de quem vive no pecado são um sinal de que o homem foi feito para Deus e inquieto está o seu coração enquanto não repousar n'Ele [4].

Fonte: https://padrepauloricardo.org/aulas/os-efeitos-na-alma

Uma nova ideologia do sexo

Saiba como a pornografia, através de exposições cada vez mais agressivas e antinaturais, está criando a cultura do estupro


A pornografia está em alta. Cinquenta tons de cinza, a adaptação do drama erótico de E.L. James para o cinema, arrecadou nada menos que US$ 500 milhões de dólares em bilheteria. Com o sucesso, uma sequência do filme já está em fase de negociações. Mas não para por aí. Uma série de longas no mesmo estilo deve ser lançada em breve. After, uma espécie de versão adolescente do livro de James, é um dos mais aguardados. Embora se passe em um colégio, o enredo é exatamente o mesmo: uma jovem virgem que se entrega aos caprichos sexuais do namorado.
A razão para o sucesso de filmes, livros e outros produtos com alto teor sexual pode ser atribuída a vários fatores. Entre eles, à so called Liberdade Sexual. Nunca se falou tanto sobre sexo como nos dias de hoje. Essa banalização, porém, tem gerado muitas controvérsias, sobretudo no que diz respeito à juventude. Um artigo publicado pelo jornal britânico The Telegraph traz dados alarmantes sobre as consequências da pornografia para os mais jovens. "A pornografia mudou o panorama da adolescência para além de qualquer reconhecimento", afirma o jornal. Dos aspectos mais preocupantes, o artigo destaca o aumento das relações anais. "O sexo anal", escreve a articulista Alisson Pearson, "tornou-se padrão entre os adolescentes agora". Alisson cita alguns estudos que mostram como práticas do tipo causam sérios problemas emocionais e distúrbios psicológicos, principalmente nas mulheres. E conclui: "Nós precisamos educar e encorajar nossas filhas a lutar contra a pornografia".
Há, além disso, outro agravante ainda mais perigoso. O universo pornográfico está criando "uma nova ideologia do sexo, em que as mulheres são objetos para serem abusados e consumidos e os homens, agressores sexuais, que usam garotas e mulheres para obterem o máximo de prazer possível"É o que alerta Jonathon van Maren, do LifeSiteNews. Em sua coluna, Maren relaciona a pornografia ao desenvolvimento de um comportamento violento, baseado na lógica do estupro. Segundo o colunista, o sexo anal, em todas as suas variedades mais agressivas, é frequentemente apresentado pela mídia pornográfica como uma via autêntica de prazer. Não é nenhum exagero. A esse respeito, basta pensar no carnaval que se fez anos atrás, quanto àdeclaração de uma famosa cantora, considerada modelo para os jovens. Com efeito, os rapazes tendem a querer imitar tais relações com suas namoradas. Elas, por sua vez, sentem-se coagidas a aceitar.
Dados como esses nos obrigam a questionar alguns aspectos da cultura em voga, marcada sobretudo pelo niilismo. Ora, o desregramento sexual é desaconselhado desde antes do cristianismo. Em seus escritos, Aristóteles indica a busca das virtudes como condição sine qua nonpara o alcance da vida boa, isto é, a felicidade suprema [1]. O ser humano, ensinava, deve controlar seus desejos pelo bem maior. E o motivo é evidente: a libertinagem sexual não somente mata a capacidade de amar, como desfigura a natureza do ser humano e da sociedade. Primeiro, porque se trata de atitudes que não visam o bem comum. Ao contrário, o outro é considerado apenas como objeto de prazer. É descartável. Segundo, porque se trata de práticas governadas pela ilusão; prendem o indivíduo em um mundo de fantasias e desejos ilusórios. A realidade, por conseguinte, torna-se um fardo. Isso por si só mostra o quão equivocada está a ideia por trás da liberdade sexual. Essa liberdade é falsa. Não existe liberdade quando o homem se torna refém de suas paixões. Não existe liberdade quando se fere a dignidade alheia em nome do próprio prazer.
Aliás, não se pode deixar de ressaltar um ponto importante nesta questão. Todas as vezes que a Igreja se posiciona quanto à sexualidade, logo ela é acusada de moralista e castradora. O ensinamento dos papas, dos santos e, em última análise, do próprio Cristo, é ridicularizado, ora por artigos pseudo acadêmicos, ora por programas de nível duvidoso. Os frutos da revolução sexual, porém, mostram o que, de fato, não é novidade alguma: a moral católica está certa. Está certa porque valoriza o homem em todas as suas dimensões, ordenando a sexualidade segundo sua reta natureza. Não é o caso da pornografia. Está certa porque defende o primado do amor contra os abusos da concupiscência. Também não é o caso da pornografia. E a mídia secular, vimos, já não pode dissimular isso.
Qualquer pessoa honesta e boa de juízo consegue perceber algo de profundamente perverso em um material que induz à violência, ao desprezo pelo semelhante, ao prazer a qualquer custo. Por mais que nos acusem de moralismo, o óbvio é irrefutável: a pornografia está gerando a cultura do estupro. Esse é, sem dúvida, o fruto mais podre da revolução sexual.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
---  O site padrepauloricardo.org tem um curso específico sobre os males da pornografia e da masturbação. As aulas estão abertas a todo público. Acesse agora mesmo e convide seus amigos.
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/uma-nova-ideologia-do-sexo

Não há "matrimônio express" - Catequese Papa Francisco (27/05/15)

Seguindo no ciclo de catequeses sobre família, o noivado foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 27. Segundo Francisco, trata-se de um tempo de conhecimento recíproco e de partilha para traçar, juntos, um caminho, já que não existe um “matrimônio express”.
Em italiano, noivado se diz “fidanzamento”, o que está relacionado com a palavra “fiducia”, que significa “confiança”. Logo, o Papa explicou que se trata de uma confiança com a vocação dada por Deus, porque o matrimônio é, antes de tudo, a descoberta de um chamado divino.
“Certamente, é belo que hoje os jovens possam escolher se casar na base de um amor recíproco. Mas justamente a liberdade da relação requer uma consciente harmonia da decisão, não somente uma simples compreensão da atração ou do sentimento, de um momento, de um tempo breve… Requer um caminho”.

O noivado é, então, um tempo de conhecimento recíproco, deve amadurecer assim como uma fruta, já que a aliança de amor entre homem e mulher para toda a vida não se faz de um dia para o outro. “Não existe o ‘matrimônio express’: é preciso trabalhar, caminhar. A aliança aprende-se e se aperfeiçoa”.
O noivado amadurece até que se torne matrimônio, explicou o Papa, lembrando, inclusive, a importância do curso de preparação que é oferecido antes do casamento e que muitos casais acreditam ser inútil. Depois, acabam reconhecendo e ficando agradecidos, pois encontram ali a ocasião para refletir sobre essa experiência.
A importância da Bíblia não passou despercebida. Francisco lembrou que nela o casal pode redescobrir momentos fundamentais para um católico, como a oração e os sacramentos, para preparar o matrimônio de maneira cristã, e não mundana.
Francisco pediu aos jovens que não pulem nenhuma dessas etapas de amadurecimento. “O período do noivado pode se tornar realmente um tempo de iniciação à surpresa dos dons espirituais com os quais o Senhor, através da Igreja, enriquece o horizonte da nova família que se dispõe a viver na sua bênção.”
Na conclusão da catequese, o Papa pediu que se rezasse uma Ave-Maria por todos os noivos, a fim de que possam entender a beleza desse caminho rumo ao matrimônio.


Fonte: http://papa.cancaonova.com/nao-ha-matrimonio-express-diz-papa-ao-falar-sobre-noivado/

Jesus ia na frente




"Naquele tempo, os discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele. (Mc 10 , 32)".


Hoje o que destacamos dessa passagem é apenas uma pequena parte : Jesus ia na frente. Sem dúvida essa subida a Jerusalém era um percurso complicado, Jesus mesmo na sequencia do texto diz o que lhe esperava, os apóstolos tiveram medo, eles permitiram o medo ser maior do que a fé naquele que ia na frente da comitiva.

Em nossa vidas, fazemos a mesma coisa e ainda mais: tememos por Jesus ir na frente , nas raras vezes que permitimos, porque o mais comum é não deixar que ele nos conduza. Tomamos conta de tudo , traçamos nosso próprio caminho , esquecemos quem é o pastor e quem é a ovelha.

Hoje o Evangelho nos lança esse convite, permitamos que o Senhor vá a frente, mesmo que nos pareça que o caminho que se aponte seja difícil, como esse da passagem de subida a Jerusalém , era um caminho de cruz , foi isso que os apóstolos viram, mas o senhor vê muito além pois esse caminho não termina com a cruz ele leva a ressurreição.

           Permitamos que a Palavra de Deus nos transforme , conceda a Jesus a condução de sua vida , deixe ele passar a frente siga as pegadas do mestre .  

YouCat Oline - Podemos ajudar os que estão no Purgatório?


Sim. Visto que todos os batizados constituem uma comunhão em Cristo e estão mutuamente ligados, os vivos também podem ajudar as almas dos falecidos que se encontram no Purgatório. [1032]

Quando uma pessoa morre, não pode fazer mais nada por si. O tempo da prova expirou. Mas nós podemos fazer algo pelos falecidos que estão no Purgatório. O nosso amor estende-se até o Além. Através do nosso jejum, da nossa oração, das nossas boas obras e, acima de tudo, da celebração da Santa Eucaristia, podemos rogar graça para os falecidos. (146)


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“Oferecer um sacrifício de expiação pelos mortos”


Em conformidade com a fé da Igreja, acreditamos que, após a morte, a alma passa por um juízo particular. Neste juízo é decidida, com base no amor, uma destinação para a alma e, consequentemente, para a ressurreição final: ou a felicidade eterna no Céu, ou a perdição eterna no inferno, ou um processo de purificação no purgatório.

O que é o purgatório?
No nº 1031 do Catecismo da Igreja Católica (CIC), podemos encontrar o que a Igreja entende por purgatório: “esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”. Aquelas pessoas que viveram uma vida de amizade com Deus, mas não estavam completamente purificadas no momento de sua morte, garantem sua salvação eterna passando por um momento de preparação, de purificação, de obtenção da santidade necessária para gozar do Céu. O purgatório aparece como uma preparação após a morte para a entrada na comunhão plena com Deus. Quem se encontra em tal purificação tem a certeza da entrada na bem-aventurança eterna. Normalmente, até porque para nossa compreensão é mais fácil, imaginamos ou nos referimos ao purgatório como um lugar. Contudo, o purgatório é um estado da alma. Ele é o estado de purificação final e de preparação da alma para a visão de Deus.

De que precisamos nos purificar?
O termo purgatório vem da palavra latina purgatiopurgationis que significa purgação, justificação, expiação, limpeza, A concepção do purgatório implica em que a alma precisa ser purgada, justificada, expiada, limpa. As consequências dos pecados cometidos nesta vida podem nos acompanhar na outra. Cada pecado gera uma necessidade de restabelecimento da justiça ferida. Assim, por exemplo, se alguém rouba algo, deve não só pedir perdão, mas restituir aquilo que foi roubado. A própria confissão sacramental implica em atos de reparação pelas faltas cometidas. Se morremos necessitando reparar faltas e erros cometidos, precisamos nos purificar antes de entrarmos em comunhão plena e eterna com Deus justo e bom. As más inclinações que nosso coração possui precisam ser reconduzidas a Deus ainda nesta vida. Se morremos necessitando reconduzir as inclinações do nosso coração para Deus, precisamos nos purificar. Esta purificação é o purgatório.

A Bíblia fala algo sobre o purgatório?
Alguns cristãos não acreditam no purgatório e afirmam que a Bíblia não nos fala nada sobre ele. Todavia, vejamos alguns exemplos na Sagrada Escritura da purificação póstuma. Em 2Mc 12,38-45, vemos Judas Macabeus mandando oferecer um sacrifício expiatório pelos mortos na batalha, pois estes precisavam se purificar da idolatria cometida. Em 1Cor 3,10-16, Paulo mostra que no dia do juízo os pregadores tíbios se salvarão, mas só depois de serem purificados.

A Tradição e o Magistério falam sobre o purgatório?
Tertuliano afirma que aqueles que não morrem mártires devem purificar suas culpas pós-batismais. Clemente de Alexandria e Orígenes creem que as manchas que os justos tiverem após a morte deverão ser purificadas num rio de fogo. Cipriano, Ambrósio, Gregório de Nissa e Cesário de Arles acreditam em penas póstumas purificadoras. Agostinho, baseado na prática da liturgia cristã de rezar pelos mortos, afirma a doutrina da purificação póstuma. No tocante à liturgia eucarística pelos mortos, são testemunhas Tertuliano, Cipriano e Cirilo de Jerusalém.
Com tudo isto, a doutrina sobre o purgatório vai ser solenemente declarada nos concílios de Florença (1439-1445) e de Trento (1547). Como sabemos, uma doutrina passa a ter necessidade de uma formulação dogmática clara quando alguma parte dos fiéis começa a se desviar da reta interpretação dela. No caso do purgatório, fez-se necessário por conta das questões com as Igrejas Orientais e a Reforma Protestante.

Podemos rezar pelas almas que estão se purificando?
A Igreja recomenda uma série de ações que podem ser oferecidas para ajudar a expiação dos pecados de nossos irmãos falecidos. Sem dúvida, a Santa Missa tem um lugar de destaque. Em todas as celebrações da missa, existe um momento na prece eucarística, no qual a Igreja pede por seus filhos e filhas, que se purificam, a entrada na comunhão plena com Deus. Além da Eucaristia, a Igreja recomenda as esmolas, as indulgências e obras de penitência em favor dos fiéis defuntos.
Os fiéis defuntos que se purificam fazem parte da Igreja padecente. Nós, Igreja militante, e os santos, Igreja triunfante, nos unimos em preces por estes irmãos para que possam, purificados, viver na contemplação de nosso Deus. Nossa união em Cristo nos permite partilhar da comunhão de bens do Céu. Nossa morte não rompe nossa comunhão com a Igreja.

Para aprofundar:
Para aprofundar o tema, indicamos a leitura do CIC, nos números 1030-1031; do Compêndio do Catecismo, pergunta 210 e 211; do YouCat, perguntas 159 e 160; da Lumen Gentium, dos parágrafos 48 ao 51 e 68 ao 69.

Fonte: http://www.radiocatedral.com.br/two/home/index.php?option=com_content&view=article&id=7171:oferecer-um-sacrificio-de-expiacao-pelos-mortos&catid=230:blog-da-radio&Itemid=158