A banalização do sagrado

Na atualidade, infelizmente, não é difícil vermos o sexo sendo tratado como algo superficial e também como instrumento de satisfação momentânea, ou seja, fora dos planos de Deus e de Sua criação.
O que nos diz nossa fé?  O Catecismo da Igreja Católica nos diz que "o prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e união" (CIC 2351).
Portanto, a Igreja nos ensina as principais finalidades do ato sexual. A primeira é a finalidade inicial pelo qual foi feito homem: a procriação do ser humano conforme a ordem de Deus. "Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra..." (Gn 1, 28).
Essa finalidade não pode ser descartada. Deus conta com cada um de nós para encher a terra, para trazer a este mundo mais seres humanos, criados a imagem e semelhança de Deus. Aqueles que têm a vocação a maternidade e paternidade são chamados a realizar o plano de Deus na vida de muitos outros através do sim a esta vocação, a vocação do matrimônio.
Outra finalidade do ato sexual é a união do casal. Deus criou o ato com prazer para que marido e mulher se unam de forma prazerosa e amorosa, para que juntos se amem e testemunhem ao mundo o amor de Deus. A Teologia do Corpo de João Paulo II diz que "a concupiscência que nasce como ato interior muda a própria intencionalidade do existir da mulher para o homem, reduzindo a riqueza do sim perene chamado à comunhão de pessoas unicamente à satisfação do impulso sexual do corpo" (TdC 43).
João Paulo II nos diz que quando usamos o prazer sexual apenas para satisfação própria, sem pensar no outro e sem a bênção de Deus, o matrimônio, estamos reduzindo seu valor e o valor do outro. Estamos desvalorizando a graça de sermos imagem e semelhança de Deus.
Se o ato sexual foi criado por Deus, com a sua bênção, é sagrado. Deve ser respeitado e assim, como tudo que é sagrado, tem o seu momento certo de ser aproveitado: após a bênção de Deus no matrimônio.
Fiquemos atentos! Em todo lugar há pessoas e situações que nos levam à viver a superficialidade do Evangelho. Porém, não é esse nosso chamado. O plano de amor de Deus para cada um de nós é que "a exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações" (I Pedro 1, 15). Viver a santidade implica também em atitudes radicais concretas como deixar de ver certos tipos de programa, ler determinados livros ou até abster-se de conversas que não nos ajudam a ser santos. E ser perseverante na oração. A oração gera intimidade com Deus,  e a intimidade com Deus nos ajuda a filtrar o que não é bom para nós. A sermos a cada dia mais configurados à Ele.

Peçamos a Deus que envie sobre nós a graça do Espírito Santo. Que em Deus possamos aspirar somente às coisas do alto e viver neste mundo testemunhando o amor de Deus através da santidade de nossas atitudes.




Saiba mais sobre a teologia do corpo:

A Teologia do Corpo do Papa João Paulo II :  https://padrepauloricardo.org/aulas/a-teologia-do-corpo-do-papa-joao-paulo-ii

http://noticias.cancaonova.com/teologia-do-corpo-ensinamentos-do-papa-joao-paulo-ii/

https://www.youtube.com/watch?v=ujs9UCVapsQ:




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