YouCat Online - Em que consiste a vocação dos leigos?


Os Leigos são enviados parar se comprometerem na sociedade, para que o Reino de Deus possa crescer no mundo. [897-913, 940-943]

Um Leigo não é um cristão de segunda classe, porque ele participa no ministério sacerdotal de Cristo (sacerdócio comum dos fiéis). Ele empenha-se para que as pessoas do seu meio (escola, faculdade, família e profissão) aprendam a conhecer e a amar Cristo. Ele cunha com a sua fé a sociedade, a economia e a política. Ele promove a vida eclesial assumindo ministérios, como o acolitado e o leitorado, disponibilizando-se para dirigir grupos (por exemplo, os conselhos paroquiais, pastoral ou econômico). Também os jovens devem refletir seriamente sobre o lugar em que Deus os quer.

O que é o Natal?


Catequese com o Papa sobre a Sagrada Família

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CATEQUESE

Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Sínodo dos Bispos sobre família, celebrado há pouco, foi a primeira etapa de um caminho que se concluirá em outubro próximo com a celebração de uma outra Assembleia sobre o tema: “Vocação e missão da família na Igreja e no mundo”. A oração e a reflexão que devem acompanhar este caminho envolvem todo o Povo de Deus. Gostaria que também as meditações habituais das audiências de quarta-feira se inserissem neste caminho comum. Desejei, por isso, refletir com vocês, nesse ano, justamente sobre família, sobre este grande dom que o Senhor deu ao mundo desde o princípio, quando conferiu a Adão e Eva a missão de se multiplicar e encher a terra (cfr Gen 1, 28). Aquele dom que Jesus confirmou e selou no seu Evangelho.
A proximidade do Natal acende sobre este mistério uma grande luz. A encarnação do Filho de Deus abre um novo início na história universal do homem e da mulher. E este novo início acontece no seio de uma família, em Nazaré. Jesus nasce em uma família. Ele podia vir espetacularmente, ou como um guerreiro, um imperador… Não, não: vem como um filho de família, em uma família. Isto é importante: olhar no presépio esta cena tão bela.
Deus escolheu nascer em uma família humana, que formou Ele mesmo. Ele formou em uma vila remota da periferia do Império Romano. Não em Roma, que era a capital do Império, não em uma grande cidade, mas em uma periferia quase invisível, bastante mal falada. Recordam-no também os Evangelhos, quase como um modo de dizer: “De Nazaré pode vir alguma coisa de bom?” (Jo 1, 46). Talvez, em muitas partes do mundo, nós mesmos ainda falamos assim, quando ouvimos o nome de qualquer lugar periférico de uma grande cidade. Bem, justamente dali, daquela periferia do grande Império, começou a história mais santa e melhor, aquela de Jesus entre os homens! E ali se encontrava esta família.
Jesus permaneceu naquela periferia por trinta anos. O Evangelista Lucas resume este período assim: Jesus “era seu submisso [isso é, a Maria e José]. E alguém poderia dizer: “Mas este Deus que vem nos salvar, perdeu 30 anos ali, naquela periferia mal falada?”. Perdeu 30 anos! Ele quis isso. O caminho de Jesus era naquela família. “A mãe protegia no seu coração todas as coisas e Jesus crescia em sabedoria, em idade e em graça diante de Deus e diante dos homens” (2, 51-52). Não se fala de milagres ou curas, de pregações – não fez nenhuma naquele tempo – de multidões que se reúnem; em Nazaré, tudo parecia acontecer “normalmente”, segundo os costumes de uma piedosa e trabalhadora família israelita: trabalhava-se, a mãe cozinhava, fazia todas as coisas da casa, esticava as camisas… todas as coisas da mãe. O pai, carpinteiro, trabalhava, ensinava o filho a trabalhar. Trinta anos. “Mas que desperdício, padre!”. Os caminhos de Deus são misteriosos. Mas aquilo que era importante ali era a família! E isto não era um desperdício! Eram grandes santos: Maria, a mulher mais santa, imaculada, e José, o homem mais justo… A família”.
Ficaríamos certamente comovidos com a história de como Jesus adolescente enfrentava os compromissos da comunidade religiosa e os deveres da vida social; em conhecer como, de jovem trabalhador, trabalhava com José; e depois o seu modo de participar da escuta das Escrituras, da oração dos salmos e em tantos outros costumes da vida cotidiana. Os Evangelhos, em sua sobriedade, não referem nada sobre a adolescência de Jesus e deixam esta tarefa à nossa afetuosa meditação. A arte, a literatura, a música percorreram este caminho da imaginação. De certo, não é difícil imaginar quanto as mães poderiam aprender com a atenção de Maria por aquele Filho! E quanto os pais poderiam derivar do exemplo de José, homem justo, que dedicou a sua vida a apoiar e defender o menino e a esposa – a sua família – nas passagens difíceis! Para não dizer quanto os jovens poderiam ser encorajados por Jesus adolescente a compreender a necessidade e a beleza de cultivar a sua vocação mais profunda, e de sonhar grande! E Jesus cultivou naqueles trinta anos a sua vocação para a qual o Pai O enviou. E Jesus nunca, naquele tempo, se desencorajou, mas cresceu em coragem para seguir adiante com a sua missão.
Cada família cristã – como fizeram Maria e José – pode antes de tudo acolher Jesus, escutá-Lo, falar com Ele, protegê-Lo, crescer com Ele; e assim melhorar o mundo. Demos espaço no nosso coração e no nosso dia a dia ao Senhor. Assim fizeram também Maria e José, e não foi fácil: quantas dificuldades tiveram que superar! Não era uma família falsa, não era uma família irreal. A família de Nazaré nos empenha a redescobrir a vocação e a missão da família, de cada família. E como aconteceu naqueles trinta anos em Nazaré, assim pode acontecer também para nós: fazer tornar normal o amor e não o ódio, fazer tornar comum a ajuda mútua, não a indiferença ou a inimizade. Não é acaso, então, que “Nazaré” signifique “Aquela que protege”, como Maria, que – diz o Evangelho – “protegia no seu coração todas essas coisas” (cfr Lc 2, 19.51). Desde então, cada vez que há uma família que protege este mistério, mesmo na periferia do mundo, o mistério do Filho de Deus, o mistério de Jesus que vem nos salvar, está trabalhando. E vem para salvar o mundo. E esta é a grande missão da família: dar lugar a Jesus que vem, acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós… Jesus está ali. Acolhê-Lo ali, para que cresça espiritualmente naquela família. Que o Senhor nos dê esta graça nestes últimos dias antes do Natal. Obrigado.
Fonte:http://papa.cancaonova.com/catequese-com-o-papa-sobre-a-sagrada-familia/

SEMEAR 2015


YouCat Online - Como é edificada a Igreja una, santa, católica e apostólica?



Na Igreja, há Leigos e clérigos (Clero) que, como filhos de Deus, têm a mesma dignidade. Têm tarefas de igual valor, mas distintas. A missão dos leigos é construir e reconstruir o mundo segundo o modelo do Reino de Deus. Para eles estão ordenados ministros (clérigos) com o serviço do governo eclesial, do ensino doutrinal e da santificação sacramental. Em ambos os estados também há cristãos que, de modo especial, em castidade, pobreza e obediência, se colocam à disposição de Deus (por exemplo, os membros das ordens e das congregações religiosas). [871-876, 934-935]
Cada cristão tem a missão de testemunhar o Evangelho com a própria vida. Mas Deus percorre, com cada pessoa, um caminho próprio. A uns envia como Leigos para construírem o Reino de Deus no meio do mundo, numa família e com uma profissão; para isso, concede-lhes no Batismo e na Confirmação, todos os dons do Espírito Santo necessários. A outros encarrega com o ministério pastoral, para guiar, ensinar e santificar o Seu Povo; ninguém pode reclamar a si esta missão, pois é o próprio Senhor que os envia e dá, mediante o sacramento da Ordem, a Sua força divina para o caminho, para no lugar de Cristo, atuar e celebrar os Sacramentos.

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Catequese com o Papa Francisco sobre a Família

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Praça São Pedro
Quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Boletim da Santa Sé

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Concluímos um ciclo de catequeses sobre a Igreja. Agradeçamos ao Senhor que nos fez percorrer este caminho redescobrindo a beleza e a responsabilidade de pertencer à Igreja, de ser Igreja, todos nós.
Agora iniciamos uma nova etapa, um novo ciclo, e o tema será a família; um tema que se insere neste tempo intermediário entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta realidade tão importante. Por isso, antes de entrar no percurso de diversos aspectos da vida familiar, hoje desejo partir justamente da Assembleia sinodal do mês de outubro passado, que tinha este tema: “Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização”. É importante recordar como se desenvolveu e o que produziu, como aconteceu e o que produziu.
Durante o Sínodo, a mídia fez o seu trabalho – havia muita espera, muita atenção – e a agradecemos porque o fizeram também com abundância. Tantas notícias, tantas! Isto foi possível graças à Sala de Imprensa, que cada dia fez um briefing. Mas muitas vezes a visão da mídia era um pouco no estilo de crônicas esportivas, ou políticas: falava-se muitas vezes de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria de contar aquilo que foi o Sínodo.
Antes de tudo, pedi aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e escutar com humildade, dizer com coragem tudo aquilo que tinham no coração. No Sínodo, não houve censura prévia, mas cada um podia, mais ainda, devia dizer aquilo que tinha no coração, aquilo que pensava sinceramente. “Mas isto dará discussão”. É verdade, ouvimos como os apóstolos discutiram. Diz o texto: saiu uma forte discussão. Os apóstolos repreendiam-se entre eles, porque procuravam a vontade de Deus sobre os pagãos, se podiam entrar na Igreja ou não. Era uma coisa nova. Sempre, quando se procura a vontade de Deus, em uma assembleia sinodal, há diversos pontos de vista e há a discussão e isto não é uma coisa ruim! Sempre que se faça com humildade e com alma de serviço à assembleia dos irmãos. Seria uma coisa ruim a censura prévia. Não, não. Cada um devia dizer aquilo que pensava. Depois do relatório inicial do Cardeal Erdő, houve um primeiro momento, fundamental, no qual todos os padres sinodais puderam falar e todos escutaram. E era edificante aquela atitude de escuta que tinham os padres. Um momento de grande liberdade, em que cada um expôs o seu pensamento com parresia e com confiança. Na base das intervenções estava o Instrumento de Trabalho, fruto da precedente consulta de toda a Igreja. E aqui devemos agradecer à Secretaria do Sínodo pelo grande trabalho que fez seja antes seja durante a Assembleia. Realmente foram bravíssimos.
Nenhuma intervenção colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio, isso é: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida (cfr Conc. Ecum. Vat. II Gaudium et spes, 48; Código de Direito Canônico, 1055-1056). Isso não foi tocado.
Todas as intervenções foram coletadas e assim se chegou ao segundo momento, isso é um esboço que se chama Relatório depois da discussão. Também este relatório foi desenvolvido pelo Cardeal Erdő, articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo sobre Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.
Sobre esta primeira proposta de síntese se desenvolveu a discussão nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos, como sempre, estavam divididos por línguas, porque é melhor assim, comunica-se melhor: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo, no fim do seu trabalho, apresentou um relatório e todos os relatórios dos grupos foram publicados. Tudo foi dado, para a transparência para que se soubesse o que acontecia.
Naquele ponto – é o quarto momento – uma comissão examinou todos as sugestões que surgiram dos grupos linguísticos e foi feito o Relatório final, que manteve o esquema precedente – escuta da realidade, olhar ao Evangelho e empenho pastoral – mas procurou incorporar o fruto das discussões nos grupos. Como sempre, foi aprovada também uma mensagem final do Sínodo, mais breve e mais de divulgação com relação ao Relatório.
Este foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Alguns de vocês podem me perguntar: “Os padres brigaram?”. Não sei se brigaram, mas que falaram forte, sim, é verdade. E esta é a liberdade, é justamente a liberdade que há na Igreja.  Tudo aconteceu “cum Petro et sub Petro”, isso é, com a presença do Papa, que é garantia para todos de liberdade e de confiança, garantia da ortodoxia. E no fim com a minha intervenção dei uma leitura sintética da experiência sinodal.
Então, os documentos oficiais que saíram do Sínodo são três: a mensagem final, o relatório final e o discurso final do Papa. Não há outros.
O Relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão das dioceses até aquele momento, ontem foi publicado e enviado às Conferências Episcopais, que será discutido em vista da próxima Assembleia, aquela Ordinária, em outubro de 2015. Digo que ontem foi publicada – já havia sido publicada – mas ontem foi publicada com perguntas dirigidas às Conferências Episcopais e assim se torna justamente Lineamenta do próximo Sínodo.
Devemos saber que o Sínodo não é um parlamento, vem o representante desta Igreja, desta Igreja, desta Igreja… Não, não é isto. Vem o representante, sim, mas a estrutura não é parlamentar, é totalmente diferente. O Sínodo é um espaço protegido a fim de que o Espírito Santo possa trabalhar; não houve confronto entre facções, como em parlamento onde isto é permitido, mas um confronto entre os bispos, que veio depois de um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em um outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade. É um processo, é o normal caminho sinodal. Agora este Relatório volta às Igrejas particulares e assim continua nesse trabalho de oração, reflexão e discussão fraterna a fim de preparar a próxima Assembleia. Este é o Sínodo dos Bispos. Confiemo-lo à proteção da Virgem nossa Mãe. Que ela nos ajude a seguir a vontade de Deus tomando as decisões pastorais que ajudem mais e melhor a família. Peço-vos para acompanhar este percurso sinodal até o próximo Sínodo com a oração. Que o Senhor nos ilumine, nos faça andar rumo à maturidade daquilo que, como Sínodo, devemos dizer a todas as Igrejas. E sobre isso é importante a vossa oração.

Fonte:http://papa.cancaonova.com/catequese-com-o-papa-francisco-sobre-o-sinodo-101214/

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2015

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Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial da Paz (2015)
Quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Boletim da Santa Sé
Já não escravos, mas irmãos
1. No início dum novo ano, que acolhemos como uma graça e um dom de Deus para a humanidade, desejo dirigir, a cada homem e mulher, bem como a todos os povos e nações do mundo, aos chefes de Estado e de Governo e aos responsáveis das várias religiões, os meus ardentes votos de paz, que acompanho com a minha oração a fim de que cessem as guerras, os conflitos e os inúmeros sofrimentos provocados quer pela mão do homem quer por velhas e novas epidemias e pelos efeitos devastadores das calamidades naturais. Rezo de modo particular para que, respondendo à nossa vocação comum de colaborar com Deus e com todas as pessoas de boa vontade para a promoção da concórdia e da paz no mundo, saibamos resistir à tentação de nos comportarmos de forma não digna da nossa humanidade.
Já, na minha mensagem para o 1º de Janeiro passado, fazia notar que «o anseio duma vida plena (…) contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar».1 Sendo o homem um ser relacional, destinado a realizar-se no contexto de relações interpessoais inspiradas pela justiça e a caridade, é fundamental para o seu desenvolvimento que sejam reconhecidas e respeitadas a sua dignidade, liberdade e autonomia. Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade. Tal fenómeno abominável, que leva a espezinhar os direitos fundamentais do outro e a aniquilar a sua liberdade e dignidade, assume múltiplas formas sobre as quais desejo deter-me, brevemente, para que, à luz da Palavra de Deus, possamos considerar todos os homens, «já não escravos, mas irmãos».
À escuta do projecto de Deus para a humanidade
2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filémon; nela, o Apóstolo pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filémon mas agora tornou-se cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios: «Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se cristão, Onésimo passou a ser irmão de Filémon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em Cristo constitui um novo nascimento (cf. 2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.
Lemos, no livro do Génesis (cf. 1, 27-28), que Deus criou o ser humano como homem e mulher e abençoou-os para que crescessem e se multiplicassem: a Adão e Eva, fê-los pais, que, no cumprimento da bênção de Deus para ser fecundos e multiplicar-se, geraram a primeira fraternidade: a de Caim e Abel. Saídos do mesmo ventre, Caim e Abel são irmãos e, por isso, têm a mesma origem, natureza e dignidade de seus pais, criados à imagem e semelhança de Deus.
Mas, apesar de os irmãos estarem ligados por nascimento e possuírem a mesma natureza e a mesma dignidade, a fraternidade exprime também a multiplicidade e a diferença que existe entre eles. Por conseguinte, como irmãos e irmãs, todas as pessoas estão, por natureza, relacionadas umas com as outras, cada qual com a própria especificidade e todas partilhando a mesma origem, natureza e dignidade. Em virtude disso, a fraternidade constitui a rede de relações fundamentais para a construção da família humana criada por Deus.
Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Génesis e o novo nascimento em Cristo – que torna, os crentes, irmãos e irmãs do «primogénito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros».2
Também na história da família de Noé e seus filhos (cf. Gen 9, 18-27), é a falta de piedade de Cam para com seu pai, Noé, que impele este a amaldiçoar o filho irreverente e a abençoar os outros que o tinham honrado, dando assim lugar a uma desigualdade entre irmãos nascidos do mesmo ventre.
Na narração das origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5, 20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adoptivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5).
No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (Act 2, 38). Todos aqueles que responderam com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2, 17; Act 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13, 1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7).
Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo – por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21, 5)3 – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor, pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a filiação adoptiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
As múltiplas faces da escravatura, ontem e hoje
3. Desde tempos imemoriais, as diferentes sociedades humanas conhecem o fenómeno da sujeição do homem pelo homem. Houve períodos na história da humanidade em que a instituição da escravatura era geralmente admitida e regulamentada pelo direito. Este estabelecia quem nascia livre e quem, pelo contrário, nascia escravo, bem como as condições em que a pessoa, nascida livre, podia perder a sua liberdade ou recuperá-la. Por outras palavras, o próprio direito admitia que algumas pessoas podiam ou deviam ser consideradas propriedade de outra pessoa, a qual podia dispor livremente delas; o escravo podia ser vendido e comprado, cedido e adquirido como se fosse uma mercadoria qualquer.
Hoje, na sequência duma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura – delito de lesa humanidade4 – foi formalmente abolida no mundo. O direito de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão ou servidão foi reconhecido, no direito internacional, como norma inderrogável.
Mas, apesar de a comunidade internacional ter adoptado numerosos acordos para pôr termo à escravatura em todas as suas formas e ter lançado diversas estratégias para combater este fenómeno, ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura.
Penso em tantos trabalhadores e trabalhadoras, mesmo menores, escravizados nos mais diversos sectores, a nível formal e informal, desde o trabalho doméstico ao trabalho agrícola, da indústria manufactureira à mineração, tanto nos países onde a legislação do trabalho não está conforme às normas e padrões mínimos internacionais, como – ainda que ilegalmente – naqueles cuja legislação protege o trabalhador.
Penso também nas condições de vida de muitos migrantes que, ao longo do seu trajecto dramático, padecem a fome, são privados da liberdade, despojados dos seus bens ou abusados física e sexualmente. Penso em tantos deles que, chegados ao destino depois duma viagem duríssima e dominada pelo medo e a insegurança, ficam detidos em condições às vezes desumanas. Penso em tantos deles que diversas circunstâncias sociais, políticas e económicas impelem a passar à clandestinidade, e naqueles que, para permanecer na legalidade, aceitam viver e trabalhar em condições indignas, especialmente quando as legislações nacionais criam ou permitem uma dependência estrutural do trabalhador migrante em relação ao dador de trabalho como, por exemplo, condicionando a legalidade da estadia ao contrato de trabalho… Sim! Penso no «trabalho escravo».
Penso nas pessoas obrigadas a prostituírem-se, entre as quais se contam muitos menores, e nas escravas e escravos sexuais; nas mulheres forçadas a casar-se, quer as que são vendidas para casamento quer as que são deixadas em sucessão a um familiar por morte do marido, sem que tenham o direito de dar ou não o próprio consentimento.
Não posso deixar de pensar a quantos, menores e adultos, são objecto de tráfico e comercialização para remoção de órgãos, para ser recrutados como soldados, para servir de pedintes, para actividades ilegais como a produção ou venda de drogas, ou para formas disfarçadas de adopção internacional.
Penso, enfim, em todos aqueles que são raptados e mantidos em cativeiro por grupos terroristas, servindo os seus objectivos como combatentes ou, especialmente no que diz respeito às meninas e mulheres, como escravas sexuais. Muitos deles desaparecem, alguns são vendidos várias vezes, torturados, mutilados ou mortos.
Algumas causas profundas da escravatura
4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objecto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objectos. Com a força, o engano, a coacção física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.
Juntamente com esta causa ontológica – a rejeição da humanidade no outro –, há outras causas que concorrem para se explicar as formas actuais de escravatura. Entre elas, penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na exclusão, especialmente quando os três se aliam com a falta de acesso à educação ou com uma realidade caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes, oportunidades de emprego. Não raro, as vítimas de tráfico e servidão são pessoas que procuravam uma forma de sair da condição de pobreza extrema e, dando crédito a falsas promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias informáticas modernas para atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do mundo.
Entre as causas da escravatura, deve ser incluída também a corrupção daqueles que, para enriquecer, estão dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico das pessoas humanas requerem uma cumplicidade que muitas vezes passa através da corrupção dos intermediários, de alguns membros das forças da polícia, de outros actores do Estado ou de variadas instituições, civis e militares. «Isto acontece quando, no centro de um sistema económico, está o deus dinheiro, e não o homem, a pessoa humana. Sim, no centro de cada sistema social ou económico, deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e chega o deus dinheiro, dá-se esta inversão de valores».5
Outras causas da escravidão são os conflitos armados, as violências, a criminalidade e o terrorismo. Há inúmeras pessoas raptadas para ser vendidas, recrutadas como combatentes ou exploradas sexualmente, enquanto outras se vêem obrigadas a emigrar, deixando tudo o que possuem: terra, casa, propriedades e mesmo os familiares. Estas últimas, impelidas a procurar uma alternativa a tão terríveis condições, mesmo à custa da própria dignidade e sobrevivência, arriscam-se assim a entrar naquele círculo vicioso que as torna presa da miséria, da corrupção e das suas consequências perniciosas.
Um compromisso comum para vencer a escravatura
5. Quando se observa o fenómeno do comércio de pessoas, do tráfico ilegal de migrantes e de outras faces conhecidas e desconhecidas da escravidão, fica-se frequentemente com a impressão de que o mesmo tem lugar no meio da indiferença geral.
Sem negar que isto seja, infelizmente, verdade em grande parte, apraz-me mencionar o enorme trabalho que muitas congregações religiosas, especialmente femininas, realizam silenciosamente, há tantos anos, a favor das vítimas. Tais institutos actuam em contextos difíceis, por vezes dominados pela violência, procurando quebrar as cadeias invisíveis que mantêm as vítimas presas aos seus traficantes e exploradores; cadeias, cujos elos são feitos não só de subtis mecanismos psicológicos que tornam as vítimas dependentes dos seus algozes, através de chantagem e ameaça a eles e aos seus entes queridos, mas também através de meios materiais, como a apreensão dos documentos de identidade e a violência física. A actividade das congregações religiosas está articulada a três níveis principais: o socorro às vítimas, a sua reabilitação sob o perfil psicológico e formativo e a sua reintegração na sociedade de destino ou de origem.
Este trabalho imenso, que requer coragem, paciência e perseverança, merece o aplauso da Igreja inteira e da sociedade. Naturalmente o aplauso, por si só, não basta para se pôr termo ao flagelo da exploração da pessoa humana. Faz falta também um tríplice empenho a nível institucional: prevenção, protecção das vítimas e acção judicial contra os responsáveis. Além disso, assim como as organizações criminosas usam redes globais para alcançar os seus objectivos, assim também a acção para vencer este fenómeno requer um esforço comum e igualmente global por parte dos diferentes actores que compõem a sociedade.
Os Estados deveriam vigiar por que as respectivas legislações nacionais sobre as migrações, o trabalho, as adopções, a transferência das empresas e a comercialização de produtos feitos por meio da exploração do trabalho sejam efectivamente respeitadoras da dignidade da pessoa. São necessárias leis justas, centradas na pessoa humana, que defendam os seus direitos fundamentais e, se violados, os recuperem reabilitando quem é vítima e assegurando a sua incolumidade, como são necessários também mecanismos eficazes de controle da correcta aplicação de tais normas, que não deixem espaço à corrupção e à impunidade. É preciso ainda que seja reconhecido o papel da mulher na sociedade, intervindo também no plano cultural e da comunicação para se obter os resultados esperados.
As organizações intergovernamentais são chamadas, no respeito pelo princípio da subsidiariedade, a implementar iniciativas coordenadas para combater as redes transnacionais do crime organizado que gerem o mercado de pessoas humanas e o tráfico ilegal dos migrantes. Torna-se necessária uma cooperação a vários níveis, que englobe as instituições nacionais e internacionais, bem como as organizações da sociedade civil e do mundo empresarial.
Com efeito, as empresas6 têm o dever não só de garantir aos seus empregados condições de trabalho dignas e salários adequados, mas também de vigiar por que não tenham lugar, nas cadeias de distribuição, formas de servidão ou tráfico de pessoas humanas. A par da responsabilidade social da empresa, aparece depois a responsabilidade social do consumidor. Na realidade, cada pessoa deveria ter consciência de que «comprar é sempre um acto moral, para além de económico».7
As organizações da sociedade civil, por sua vez, têm o dever de sensibilizar e estimular as consciências sobre os passos necessários para combater e erradicar a cultura da servidão.
Nos últimos anos, a Santa Sé, acolhendo o grito de sofrimento das vítimas do tráfico e a voz das congregações religiosas que as acompanham rumo à libertação, multiplicou os apelos à comunidade internacional pedindo que os diversos actores unam os seus esforços e cooperem para acabar com este flagelo.8 Além disso, foram organizados alguns encontros com a finalidade de dar visibilidade ao fenómeno do tráfico de pessoas e facilitar a colaboração entre os diferentes actores, incluindo peritos do mundo académico e das organizações internacionais, forças da polícia dos diferentes países de origem, trânsito e destino dos migrantes, e representantes dos grupos eclesiais comprometidos em favor das vítimas. Espero que este empenho continue e se reforce nos próximos anos.
Globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença
6. Na sua actividade de «proclamação da verdade do amor de Cristo na sociedade»,9 a Igreja não cessa de se empenhar em acções de carácter caritativo guiada pela verdade sobre o homem. Ela tem o dever de mostrar a todos o caminho da conversão, que induz a voltar os olhos para o próximo, a ver no outro – seja ele quem for – um irmão e uma irmã em humanidade, a reconhecer a sua dignidade intrínseca na verdade e na liberdade, como nos ensina a história de Josefina Bakhita, a Santa originária da região do Darfur, no Sudão. Raptada por traficantes de escravos e vendida a patrões desalmados desde a idade de nove anos, haveria de tornar-se, depois de dolorosas vicissitudes, «uma livre filha de Deus» mediante a fé vivida na consagração religiosa e no serviço aos outros, especialmente aos pequenos e fracos. Esta Santa, que viveu a cavalo entre os séculos XIX e XX, é também hoje testemunha exemplar de esperança10 para as numerosas vítimas da escravatura e pode apoiar os esforços de quantos se dedicam à luta contra esta «ferida no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo».11
Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões económicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa que tacteia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta realidade.
Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenómeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,12 o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45).
Sabemos que Deus perguntará a cada um de nós: Que fizeste do teu irmão? (cf. Gen 4, 9-10). A globalização da indiferença, que hoje pesa sobre a vida de tantas irmãs e de tantos irmãos, requer de todos nós que nos façamos artífices duma globalização da solidariedade e da fraternidade que possa devolver-lhes a esperança e levá-los a retomar, com coragem, o caminho através dos problemas do nosso tempo e as novas perspectivas que este traz consigo e que Deus coloca nas nossas mãos.
Vaticano, 8 de Dezembro de 2014.
FRANCISCUS
_________________
1 N. 1.
2 Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, 2.
3 Cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 11.
4 Cf. Discurso à Delegação internacional da Associação de Direito Penal (23 de Outubro de 2014): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 30/X/2014), 9.
5 Discurso aos participantes no Encontro mundial dos Movimentos Populares (28 de Outubro de 2014): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 06/XI/2014), 9.
6 Cf. PONTIFÍCIO CONSELHO «JUSTIÇA E PAZ», La vocazione del leader d’impresa. Una riflessione (Milão e Roma, 2013).
7 BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 66.
8 Cf. Mensagem ao Senhor Guy Rydes, Director-Geral da Organização Internacional do Trabalho, por ocasião da 103ª sessão da Conferência da O.I.T. (22 de Maio de 2014): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 05/VI/2014), 7.
9 BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 5.
10 «Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava “redimida”, já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus. Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes, estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus» (BENTO XVI, Carta enc. Spe salvi, 3).
11 Discurso aos participantes na II Conferência Internacional «Combating Human Trafficking: Church and Law Enforcement in partnership» (10 de Abril de 2014): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 17/IV/2014), 8; cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 270.
12 Cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 24; 270.

YouCat Online - Por que se chama a Igreja Apostólica?



 A Igreja chama-se "apostólica porque ela, fundada pelos Apóstolos, baseia-se na sua Tradição e é guiada pelos seus sucessores. [857-860, 877]."

 "Jesus chamou os > APÓSTOLOS como Seus colaboradores mais próximos. Eles eram as Suas testemunhas oculares. Após a Sua ressurreição, apareceu-lhes reiteradas vezes, deu-lhes o Espírito Santo e enviou-os ao mundo como Seus mensageiros plenipotenciários. Na Igreja jovem, eram a garantia da unidade. Através da imposição das mãos, transmitiram aos seus sucessores, os bispos, o seu envio e os seus plenos poderes. E assim foi até hoje. Este processo é designado por > SUCESSÃO APOSTÓLICA. > 92"

"DOZE APÓSTOLOS. (gr. apóstolo = enviado, mensageiro) "São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e ?Tadeu; Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O traiu." (Mt 10,2-4)"

YouCat Online - Como vê a Igreja as outras religiões?



A Igreja respeita tudo o que do bom e verdadeiro têm as outras religiões. Estima e apoia a liberdade de religião como um direito humano. Não obstante, sabe que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade. Só Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6). [841-848]
Quem incessantemente procura Deus está próximo de nós, cristãos. Existe um especial grau de “afinidade” com os muçulmanos  Tal como o Judaísmo e o Cristianismo, também o Islão pertence ao Monoteísmo. Os muçulmanos adoram igualmente o Deus Criador e veneram Abraão como pai da sua fé. Para o Corão, Jesus é um grande profeta e Maria, Sua mãe, é uma mãe-profetiza. A Igreja ensina que todas as pessoas que, sem culpa própria, desconhecem Cristo e a Sua Igreja, mas buscam Deus de coração sincero e seguem a voz da própria consciência, alcançam a salvação eterna. Quem, porém, sabe que Jesus Cristo é “o Caminho, a Verdade e a Vida”, mas não O quer seguir, não encontrará a salvação em outros caminhos. É isso que significa a frase em língua latina Extra ecclesiam nulla salus (“fora da Igreja não há salvação”). (199)


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