JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA


No dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de Maria, foi inaugurado oficialmente o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Mas para bem vivermos este tempo, precisamos compreender o que é um Jubileu, especialmente um Jubileu Extraordinário.


Na Sagrada Escritura, no capítulo 25 do livro do Levítico, encontramos a raiz dos anos jubilares: a Bíblia nos diz que o ano jubilar dos judeus era como um ano sabático, que acontecia a cada 50 anos, em que eles descansavam e restituíam a igualdade entre si, libertando os escravos, perdoando as dívidas, deixando de semear e tomando como alimento somente o que a terra lhes dava espontaneamente. A Igreja tomou como influência o jubileu dos judeus, dando, porém, um sentido mais espiritual. Um Jubileu é, portanto, um tempo especial de graça. Em 1300, foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII o primeiro jubileu, sendo estabelecido posteriormente que os seguintes jubileus seriam celebrados a cada 25 anos, para que cada geração pudesse experimentar ao menos um. Os jubileus são celebrados ordinariamente a cada 25 anos, por isto o Jubileu da Misericórdia, que estamos vivendo, é chamado “extraordinário”.
O Papa Francisco, em sua catequese do dia 9 de dezembro, nos explica o motivo deste Jubileu Extraordinário: “Por que um Jubileu da Misericórdia? O que significa isto? A Igreja tem necessidade deste momento extraordinário. Não digo: é bom para a Igreja este momento extraordinário. Digo: a Igreja tem necessidade deste momento extraordinário” [1]. Para bem viver um Ano Santo, em especial o que estamos vivendo, a Igreja nos convida a vivência das obras de misericórdia, ações pelas quais nós vamos em auxílio do próximo nas suas necessidades, sejam elas corporais ou espirituais; nos dá a graça de ganharmos indulgências, que são graças especiais que a Igreja concede e que podem ser aplicadas à remissão dos próprios pecados ou pelas almas do purgatório; e  nos convida a viver com mais fervor o jejum, oração e a caridade na Quaresma.
Neste tempo favorável de graça, em que somos convidados a experimentar da misericórdia de Deus e nos tornar suas “testemunhas mais convictas e eficazes” [1], que nós possamos nos lançar nos ternos braços do Bom Pastor, que nos busca através da Santa Igreja, e ser para o próximo local de encontro com Sua misericórdia.

REFERÊNCIAS:

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