O Tempo Quaresmal se iniciou e estamos caminhando
provavelmente, com aquele desejo forte de cumprir os propósitos penitenciais e
de oração feitos diante de Deus. Vivendo-os não apenas como práticas religiosas
temporais, mas como uma busca de um profundo relacionamento com o Deus vivo que
nos conduz ao deserto quaresmal para falar ao nosso coração. (Cf Os 2,16).
As
ações quaresmais precisam gerar frutos, é próprio de uma ação de fé gerar amor
a ponto de semeá-lo em outros corações. A pessoa penitente consegue por ação da
graça divina, gerar em si, pouco a pouco, um coração caridoso e orante, que
sabe renunciar-se e tudo faz não por vaidade, mas pelo amor Deus que primeiro o
alcançou.
É tempo de conversão, tempo oportuno de se diminuir e dar
livre acesso ao Senhor para que Ele entre e faça morada. Muitos poderão dizer:
"mas a conversão de deve ser todo dia independente da Quaresma". É
uma fala compreensível, mas não completa. A Santa Mãe Igreja nos ensina a viver
cada Tempo Litúrgico, cada qual com sua beleza, objetivo e riqueza.
O Tempo Litúrgico não são memórias meramente repetidas, pelo
mistério da fé somos chamados a viver em nosso tempo tudo o que Jesus viveu, a
liturgia atualiza o mistério de Cristo, torna-o presente. Viver esse tempo da
salvação é assumir a nossa cruz e completar na carne o que faltou nas tribulações
de Cristo, por Seu corpo que é a Igreja. (conf.
Col1,24).
Que nesse breve tempo, você possa
dar livre acesso ao Senhor, no hoje de sua vida, permitindo que Sua Palavra te
toque. Seja esse um período de dar tudo o que se tem, tempo de
renunciar a si próprio, de fidelidade, obediência a Deus e de amor ao próximo.
Pois a conversão acontece quando Deus tem caminho livre ao nosso coração, quando somos terra boa a semente da palavra.
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