“A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos
em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos , porque eu sou santo
(Lv 11,44)” 1 Pd 1 , 15-16
São Pedro nesse trecho
de sua carta vai falar, em especial, a comunidades de maioria composta de
cristãos convertidos do paganismo, ele vai recordá-los quem o salvou, quem os
chamou e qual é o real chamado de todos os cristãos. Pedro o príncipe dos apóstolos
, nosso primeiro papa , segue na missão que Jesus lhe confiou cuidava das
ovelhas do Senhor (Conf Jo 21, 15-19).
Na época em que foi
escrito essa carta, ser cristão não era fácil, custava à própria vida, como
custou para Pedro, além do mais o ambiente que cercava os recém- convertidos,
não favorecia o enraizamento de sua fé, viviam numa cultura pagã, não havia
ainda os evangelhos para todos lerem, os apóstolos eram itinerantes, não
ficavam muito tempo nas comunidades, havia grandes dificuldades de comunicação
que era feita por cartas, que demoravam a chegar. Dado a essas dificuldades é
muito comum vermos nas epístolas católicas, como nas cartas paulinas essa
exortação para os cristãos permanecerem firmes nas tribulações, para não
desviarem do rumo e seguir no caminho de santidade.
A palavra de Deus é
viva e nos incomoda, com isso não podemos deixar de analisar a nossa vida e
perceber o quão facilmente esmorecemos na vida de santidade, o quanto nossas
ações são pautadas por outros valores que não os do Evangelho.
Nosso Senhor veio até
nós, se encarnou, se fez igual a nós exceto no pecado, amou-nos intensamente
até a morte e morte de cruz, morreu para nos salvar, ressuscitou e subiu aos
céus , guarda-nos lá um lugar, enviou o Espírito Santo para nos auxiliar na
caminhada e nós simplesmente não fazemos a nossa parte. Não avançamos, na verdade
muitas vezes retrocedemos, ao menor obstáculo desistimos, somos chamados a
santidade, essa é meta de nossa vida, nada pode nos fazer tirar olhos desse
premio.
Na certeza de que quem
nos chama nos capacita, possamos fazer como São Paulo que consciente estava que
ainda não chegara a perfeição, se empenhava em conquistá-la: " Consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para a frente, persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo." (Fl 3,13-14).
E se já nos empenhamos que o façamos mais ainda pois : "Contudo, seja
qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente." (Fl 3, 16).
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