O trecho em epígrafe encerra
a parábola do servo cruel (Mt 18, 23-35), em que Jesus compara o Reino dos céus
a um rei que deseja ajustar contas com seus servos. Um deles devia uma fortuna
imperial, uma soma vultuosa, sem ter como pagar o rei manda prendê-lo , no
entanto esse servo prostra-se por terra e pede um prazo para quitar a dívida : “Cheio
de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida”. (Mt 18, 27).
Prestemos atenção no
que aconteceu com esse servo, ele tinha uma dívida praticamente impossível de quitar,
ele apenas pede um prazo e o rei o liberta da dívida. A figura do rei é o
próprio Cristo, por conta do pecado devíamos a Deus uma soma incalculável, mas
o Senhor se compadeceu de nós e quitou nossa dívida, nos fez livres, ele nos
perdoou de todo coração. Nós porém, tal como o servo dessa parábola, ao invés
de libertarmos nossos irmãos com o perdão, preferimos aprisioná-los (Mt 18,28-30).
Rezamos na oração que o
senhor nos ensinou: “perdoai-nos as nossas ofensas, como nós
perdoamos a quem nos ofendeu”. Deus me perdoa muito, de maneira
abundante e eu tenho que fazer o mesmo com os meus irmãos, à medida que perdoo
sou perdoado por Deus, preciso perdoar de todo coração, sem reservas, tal como
Jesus na cruz, à maneira concreta de amar a Deus é amar meus irmãos, afinal: “Porque
aquele que não ama seu irmão a quem vê, é incapaz de amar a Deus a quem não vê (1
Jo 4, 20).
Deus é sempre
misericordioso conosco está sempre disposto a perdoar aquele que se arrepende,
por isso que nós em resposta a esse amor imenso de Deus, contando com a ação de
Seu Espírito, tenhamos um coração mais misericordioso, pronto a libertar nossos
irmãos com a graça do perdão.
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